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Obesidade e problemas articulares: uma associação perigosa

Você sabia que a obesidade e problemas articulares estão profundamente relacionados?

A obesidade é um fator conhecido de risco para o surgimento de diversas doenças, como, por exemplo, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus.

No entanto, o aumento de peso em indivíduos obesos acaba sobrecarregando também as articulações, principalmente dos membros inferiores.

A obesidade já atinge 1 a cada 5 brasileiros, segundo dados da pesquisa Vigitel divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde. É considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa diversos riscos à saúde.

Um dos principais problemas articulares causados pela obesidade é a osteoartrite (OA), também conhecida como desgaste articular ou artrose.

A obesidade e problemas articulares necessitam de um tratamento orientado por uma equipe de profissionais de saúde especializada. Assim é possível evitar o aparecimento de comorbidades que prejudicam ainda mais a saúde do obeso.

Neste artigo, será possível compreender:

 

Problemas articulares causados pela obesidade;

Prevenção e tratamento da obesidade e problemas articulares;

Cirurgia bariátrica para o tratamento de problemas articulares.

 

A relação entre obesidade e problemas articulares

A obesidade é uma doença crônica multifatorial, ou seja, ela possui mais de uma causa. No entanto, ela possui uma série de fatores de risco em comum, como por exemplo:

 

Sedentarismo;

Consumo de alimentos hipercalóricos;

Problemas hormonais.

 

Ela é diagnosticada em pessoas que possuem o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m². O IMC é calculado através da divisão do peso (em kg) pelo quadrado da altura (em m). Você pode fazer o seu cálculo na nossa calculadora de IMC.

Uma das consequências da obesidade é o aumento do sobrepeso nos indivíduos que possuem essa doença. Esse excesso de peso gera diversas modificações corporais, como, por exemplo, a sobrecarga nos membros inferiores.

 

Artrose

Essa é uma das principais causas da artrose, um dos mais conhecidos problemas articulares causados pela obesidade. A sobrecarga nos membros inferiores leva à redução da absorção de impacto e maior pressão na cartilagem articular, gerando danos nas articulações.

A artrose se origina por conta da insuficiência da cartilagem. É uma doença que atinge principalmente a população idosa, em especial as mulheres. Isso acontece por conta das alterações hormonais que ocorrem com o avançar da idade.

Ela é uma doença crônica, ou seja, não possui cura. Segundo dados do Ministério da Saúde, a artrose é responsável por quase 8% dos afastamentos do trabalho.

A obesidade e problemas articulares como a artrose afetam, principalmente, as articulações do quadril e do joelho. Com isso, os indivíduos obesos podem enfrentar problemas para se locomover. Além disso, gera dificuldades para a prática de exercícios físicos e atividades do dia a dia.

 

Artrite

Outro problema articular que pode ser agravado com a obesidade é a artrite. Nesse caso, especificamente, a artrite reumatoide. Assim como a obesidade e a artrose, a artrite reumatoide é uma doença crônica.

Ela é uma patologia inflamatória autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca os tecidos do corpo, incluindo as articulações. Ela causa inchaços dolorosos, que podem levar ao desgaste dos ossos e deformidade nas articulações.

Um estudo da publicação da American College of Rheumatology, a Arthritis Care & Research, relacionou a obesidade com o agravamento da artrite reumatoide. Além de agravar a doença, a obesidade dificulta o seu tratamento.

 

Tratamento combinado de obesidade e problemas articulares

O tratamento da obesidade e problemas articulares começa pela redução do peso. Esse tratamento deve ser orientado por uma equipe ou um profissional da saúde especializado.

O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

Além de provocar o aumento do peso, a falta de exercícios físicos pode levar à atrofia muscular e rigidez, acelerando o desgaste articular.

 

obesidade e problemas articulares
O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

 

A redução de peso ajuda a diminuir a dor causada pelos problemas articulares e evitar o deterioramento do quadro geral do paciente.  

No tratamento combinado, o retorno à prática de exercícios físicos é supervisionado por um profissional especializado. Ele será responsável pela elaboração de um programa de atividades adaptado às limitações do paciente.

Exercícios de alto impacto, como por exemplo a corrida, devem ser evitados. O mais recomendado é a prática de exercícios físicos de baixo impacto, como a hidroginástica. A fisioterapia é extremamente recomendável para os pacientes que sofrem com obesidade e problemas articulares.

O tratamento também inclui a reeducação alimentar, orientada por um nutricionista. Pessoas obesas devem evitar a adesão à dietas restritivas da moda, que podem causar danos ao organismo. Além disso, já foi comprovado por um estudo francês que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo, causando o temido efeito sanfona.

 

Cirurgia bariátrica e problemas articulares

A cirurgia bariátrica também é uma opção de tratamento, tanto para a obesidade, como para os problemas articulares.

O Conselho Federal de Medicina alterou, em 2016, a lista de comorbidades (doenças associadas à obesidade) que poderiam ser tratadas com a cirurgia bariátrica. A Resolução nº 2.131/15 especifica uma lista com 21 doenças, dentre elas a osteoartrite (artrose).

A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas que apresentaram falha no tratamento clínico realizado durante, pelo menos, um ano.

Além disso, o paciente que deseja realizar a cirurgia bariátrica deve:

 

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

 

Esse procedimento diminui o excesso de peso, fator de risco para a obesidade e problemas articulares. Possui diversos tipos de procedimentos distintos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) o risco de morte é extremamente baixo: 0,2% de óbitos.

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Cirurgia Bariátrica

O que você precisa entender sobre obesidade e cirurgia bariátrica

A obesidade e cirurgia bariátrica podem ser entendidas como dois lados opostos: a obesidade é a doença, enquanto a cirurgia bariátrica é um dos tratamentos.

Essa doença foi classificada como uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1977. No Brasil, 53,7% dos beneficiários dos planos de saúde são obesos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

A obesidade é uma doença de caráter multifatorial. Ou seja: ela possui múltiplas causas. A prevenção da obesidade inclui a mudança de hábitos e controle dessas causas.

Primeiramente é necessário iniciar o tratamento clínico, onde o paciente deve seguir uma série de mudanças prescritas pelo médico especializado.

No caso de falha do tratamento clínico realizado por, no mínimo, 2 anos, o paciente pode se submeter ao procedimento cirúrgico: a cirurgia bariátrica.

Nesse texto vamos mostrar a relação da obesidade e cirurgia bariátrica, além de explicar:

 

as indicações da cirurgia bariátrica;

os benefícios desse procedimento cirúrgico;

os principais tipos de cirurgia bariátrica;

os riscos desse procedimento.

 

Obesidade e cirurgia bariátrica: doença e tratamento

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O fato de ser uma doença crônica indica que ela não possui cura. Pode ser controlada, mas não é curada.

O diagnóstico da obesidade é realizado por um médico especializado através, principalmente, do cálculo do IMC (calcule através da nossa calculadora de IMC).

O Índice de Massa Corporal é calculado através da divisão do Peso (kg) pela altura (m) ao quadrado. De acordo com os valores resultantes, é possível identificar se o indivíduo está no peso ideal.

A obesidade é diagnosticada em pessoas que possuem o IMC acima ou igual à 30 kg/m², no quadro conhecido como obesidade tipo I.

Quando a pessoa se encontra na faixa dos 25 a 29,9 kg/m² do IMC ela é diagnosticada com sobrepeso. Esse é um sinal de alerta, já que esse é um quadro de pré-obesidade.

A obesidade é um fator de risco para uma série de outras doenças relacionadas, as chamadas comorbidades, como por exemplo:

 

diabetes mellitus;

hipertensão arterial;

problemas articulares;

câncer;

apneia do sono;

alterações do colesterol e triglicérides;

gordura no fígado. 

 

Depois do diagnóstico e avaliação de um médico especializado, inicia-se o tratamento clínico. O tratamento clínico pode ser realizado por um médico ou uma equipe multidisciplinar.

Nesse tratamento, o médico ou equipe podem prescrever um processo de reeducação alimentar, a prática de atividades e exercícios físicos e/ou o uso de medicamentos.

No entanto, é válido lembrar que o uso de medicamentos deve sempre ser prescrito por um profissional de saúde especializado.

 

Indicações da cirurgia bariátrica

O tratamento cirúrgico só é indicado em situações específicas ou para pacientes que possuam um quadro clínico que atenda às características.

No caso da cirurgia bariátrica, por exemplo. É um tratamento cirúrgico indicado somente quando o paciente apresenta falha no tratamento clínico realizado.

Além disso, vale destacar que o paciente possuir características que se adequem às exigências da cirurgia, tais como:

 

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

 

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Benefícios e riscos da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico destinado a tratar os diferentes casos de obesidade e as doenças associadas ao excesso de peso.

Os principais benefícios deste procedimento cirúrgico advém da perda de peso. Com isso, há o aumento da longevidade e a elevação da qualidade de vida.

Sabe-se que o aumento de peso é um dos principais riscos para a obesidade. Em indivíduos onde o IMC esteja acima de 25 kg/m² já é necessário estar alerta para o risco de obesidade.

Além de ajudar na redução do peso, a cirurgia bariátrica é eficaz na melhora do quadro de doenças associadas à obesidade. A cirurgia, inclusive, é indicada para pacientes com obesidade grau I com dificuldades de controlar o diabetes.

Sabe-se também que a obesidade é uma doença que afeta, sobretudo, a autoestima. Por isso a cirurgia bariátrica pode ajudar com problemas nesse sentido, além de diminuir o risco de depressão.

Os riscos da cirurgia bariátrica estão intimamente associados com o número e o estado das comorbidades. Para evitar que essas doenças venham a se agravar, é necessário um acompanhamento minucioso da equipe multidisciplinar.

A incidência de complicações da cirurgia é muito baixa, mas deve ser realizada por equipe especializada a fim de reduzir tais problemas:

 

Sangramento interno;

Embolia pulmonar;

Infecções

Fístulas na linha de grampeamento da região operada.

 

Nesses casos, pode ser necessário a realização de uma nova operação para corrigir os problemas advindos do procedimento.

No entanto, a cirurgia bariátrica é um procedimento extremamente seguro. Os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) mostram que os riscos de morte são extremamente baixos: 0,2% de óbitos. É o mesmo risco de uma cirurgia de vesícula.

 

Tipos de cirurgias

As cirurgias bariátricas são divididas pelo mecanismo de funcionamento. Existem três tipos de procedimentos básicos:

 

Restritivas;

Disabsortivas;

Técnicas mistas.

 

Essas três cirurgias podem ser realizadas através de cinco principais técnicas:

 

Abordagem aberta;

Videolaparoscopia;

Robótica;

Procedimento endoscópico.

 

Vamos conhecer as principais características de cada uma delas.

 

obesidade e cirurgia bariátrica: tipos de cirurgia
Cada tipo de cirurgia bariátrica traz alterações e consequências diferentes para o corpo de quem realiza o procedimento.

Restritivas

Na cirurgia bariátrica com procedimentos restritivos há uma redução da quantidade de alimentos que o estômago absorve. Esse tipo de procedimento leva à restrição da ingestão de alimentos e ao aumento da saciedade.

Elas podem ser estritamente restritivas ou restritivas e metabólicas. As estritamente restritivas não levam à alteração da fome do paciente, enquanto as restritivas e metabólicas reduzem a fome e levam à saciedade.

 

Disabsortivas

Essas cirurgias influenciam diretamente no tamanho do estômago e, consequentemente, a sua capacidade de receber alimentos.

Assim como as restritivas, esses procedimentos podem ser classificados em dois tipos. Podem ser puramente intestinais, não alterando o tamanho do estômago. Também podem acrescentar uma parte metabólica, deixando de ser puramente disabsortivas.

Conhecidas como cirurgias de bypass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal, elas induzem ao emagrecimento pela redução da absorção dos alimentos.

No entanto, nesse tipo de cirurgia o paciente deve controlar a ingestão de micronutrientes (vitaminas).

 

Técnicas mistas

Essas são as cirurgias mais indicadas e mais realizadas no mundo todo. Tem uma série de benefícios para o paciente, tais como:

 

controle das doenças associadas extremamente eficaz;

boa manutenção do peso perdido a longo prazo;

melhores níveis de satisfação.

 

Conhecidas como cirurgia de bypass gástrico ou fobi-capella, elas causam restrição na capacidade de receber o alimento pelo estômago. Isso acontece por conta de um desvio curto do intestino.

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Obesidade e hipertensão arterial: qual a associação dessas doenças?

A obesidade e hipertensão arterial são doenças crônicas que estão profundamente ligadas uma à outra. Ambas possuem causas em comum, como o aumento da gordura corporal causados pela má alimentação e sedentarismo, por exemplo.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), também conhecida como pressão alta ou pressão arterial elevada, é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão do sangue contra as paredes das artérias.

A hipertensão arterial atinge 1 a cada 4 brasileiros segundo a pesquisa Vigitel divulgada em 2016 pelo Ministério da Saúde. Já a obesidade atinge 1 a cada 5 brasileiros segundo a mesma pesquisa, dessa vez divulgada em 2017.

Assim como a obesidade e diabetes, a hipertensão arterial é uma doença multifatorial com causas em comum. Isso significa que existem diversas causas para essas doenças.

A obesidade e hipertensão arterial são doenças crônicas. Ou seja, são doenças que podem durar anos ou mesmo a vida toda, caso não sejam tratadas.

Nesse artigo, você vai entender:

 

O que é hipertensão arterial;

Tipos de hipertensão;

As causas em comum da obesidade e hipertensão arterial;

Prevenção e tratamento da hipertensão arterial;

A relação entre cirurgia bariátrica e hipertensão arterial.

 

O que é a hipertensão arterial?

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica causada pelo aumento da pressão arterial.

A pressão arterial, como o nome indica, é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Ela acontece como consequência do volume de sangue ejetado pelo coração e da resistência vascular.

Os valores de referência de pressão arterial do Joint National Comitee (EUA) estabelecem que a pressão ótima é de 120 x 80 mmHg (12×8 no Brasil). Valores acima de 140 x 90 mmHg (14×9) são considerados como pressão arterial, que pode ser classificada em:

 

Estágio leve – valores a partir de 140 x 90 mmHg (14×9);

Estágio moderado – valores entre 160 x 100 mmHg (16×10) e 179 x 109 mmHg;

Estágio grave – acima de 180 x 110 mmHg (18×11).

 

Para evitar o risco de adquirir pressão alta, o recomendável é aferir a pressão arterial frequentemente através do e um aparelho próprio para issomedidor de pressão. .

Caso não seja controlada, a hipertensão arterial pode causar diversos danos ao organismo, tais como:

 

Insuficiência cardíaca;

Acidente vascular cerebral (AVC);

Infarto;

Insuficiência renal.

 

Causas

A obesidade e hipertensão arterial possuem uma característica em comum: ambas são doenças multifatoriais. Isso significa que existem diversas causas para o aparecimento dessas patologias.

Existem fatores de risco que não podem ser controlados que são fatores de risco para a pressão alta, como a idade, que leva ao aumento da pressão arterial, e  e predisposição genética, influenciada por um histórico familiar de hipertensão arterial.

No entanto, fatores como o sedentarismo e o consumo excessivo de sal e álcool podem ser controlados e evitados para garantir que essa doença não seja adquirida.

 

Relação entre obesidade e hipertensão arterial

A obesidade e a hipertensão arterial são patologias que estão profundamente ligadas. Elas possuem fatores de risco em comum, como o sedentarismo e o consumo de alimentos hipercalóricos (principalmente ricos em sódio, no caso da pressão alta).

Além disso, a própria obesidade é um fator de risco para a hipertensão arterial. Isso acontece porque o excesso de massa corporal é responsável por 20 a 30% dos casos de pressão alta.

Outro fator que aumenta o risco de pressão alta, são as modificações hormonais causadas pela obesidade. O aumento da insulina e a maior retenção de sódio pelos rins podem levar ao aumento da pressão arterial e, consequentemente, à hipertensão arterial.

A obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), determinado através da divisão do peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em m). Valores acima de 30 kg/m² já são considerados obesidade grau I.

No entanto, a obesidade também pode ser melhor avaliada com o auxílio de outras formas de diagnóstico, como as medidas de circunferência da cintura.

Em relação à hipertensão arterial, valores acima de 80 cm para mulheres e 94 cm para homens indicam aumento do risco da hipertensão arterial.

 

ebook o guia completo do imc - diabetes e hipertensão arterial (clique para baixar)

 

Prevenção

Já que são doenças associadas, a prevenção da obesidade e hipertensão arterial é bem parecida.

É importante que os pacientes hipertensos e obesos tenham uma alimentação saudável e equilibrada, buscando, principalmente, reduzir o consumo de alimentos ricos em sódio.

A prescrição de dietas específicas deve SEMPRE ser realizada por um profissional da saúde especializado.

A adesão à dietas restritivas da moda pode prejudicar a saúde, principalmente quando essas duas doenças estão associadas. Ademais, essas dietas podem levar ao temido efeito sanfona.

Essa perda e ganho de peso desregulados podem deixar o metabolismo mais lento e favorecer o acúmulo de gordura corporal, fator de risco para ambas as doenças.

A prática de atividades e exercícios físicos também é uma forma de prevenção dessas patologias.

No entanto, essa prática deve ser prescrita por um médico especializado e acompanhada por um profissional de Educação Física para evitar riscos à saúde.

O controle frequente do peso e consultas regulares com um profissional da saúde também são recomendadas para prevenir a obesidade e hipertensão arterial.

No caso da hipertensão arterial, a pressão deve ser aferida frequentemente.

 

Tratamento

 

O tratamento da hipertensão arterial busca, primeiramente, reduzir a patologia através da adesão a hábitos de vida mais saudáveis com o acompanhamento de um médico especializado.

Nesse primeiro momento, as formas de prevenção e tratamento são bem parecidas. O paciente hipertenso deve:

 

Controlar o peso, mantendo-o numa faixa adequada às suas características;

Mudar os hábitos alimentares, buscando uma alimentação mais saudável;

Reduzir o consumo de sal, bebidas alcoólicas e cigarros;

Praticar atividades físicas sob a orientação de um profissional de Educação Física;

Evitar o estresse.

Caso a mudança dos hábitos não resulte em redução da pressão arterial nos pacientes com hipertensão arterial em estágio leve (fase I) ou imediatamente após o diagnóstico de pacientes hipertensos nos estágios moderado (fase II) ou grave (fase III), os médicos podem iniciar o tratamento medicamentoso.

Já que essa é uma doença que também é um fator de risco para a hipertensão arterial, o tratamento da obesidade acaba por fazer parte do tratamento da pressão alta.

 

Cirurgia bariátrica e hipertensão arterial

Em pacientes que possuem essas duas doenças associadas, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção de controle das comorbidades.

A cirurgia bariátrica pode resultar na remissão de 60% dos casos de pressão alta em pacientes com obesidade, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

cirurgia bariátrica ajuda na redução do peso, um dos principais fatores de risco tanto da obesidade e hipertensão arterial. Além disso, ela ajuda no controle de ambas as doenças.

No entanto, esse procedimento cirúrgico segue uma série de critérios específicos de recomendações. Não são todos os pacientes que podem se submeter à cirurgia.

Ela é recomendada para pacientes a partir de 16 anos que possuem o Índice de Massa Corporal, o chamado IMC:

 

acima de 40 kg/m², com ou sem doenças associadas, como diabetes, hipertensão;

entre 35 e 40 kg/m², com doenças associadas;

entre 30-35, com diabetes de difícil controle.


É preciso também que o paciente tenha tentado emagrecer sem sucesso por dois anos, em média, com dieta, exercícios físicos e medicamentos (tratamento clínico).

Nessas próprias recomendações, é possível perceber que a cirurgia bariátrica é uma forma de tratamento eficaz para a obesidade e hipertensão arterial.

 

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Entenda a relação entre obesidade e diabetes

Diabetes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o termo diabetes mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica de várias causas.

O diabetes é caracterizado por uma hiperglicemia crônica (ou seja, o aumento da glicose no sangue) com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.

Isso é resultado de deficiências na secreção ou ação da insulina, ou ambas as alterações.

 

Causas e consequências

Em primeiro lugar, o que é diabetes?

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Do mesmo modo, quando o corpo não pode utilizar eficazmente a insulina que produz (resistência à insulina), é possível que essa doença ocorra.

A saber que a insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue.

Já a hiperglicemia é um efeito comum da diabetes não controlada. Ao longo do tempo, leva sérios danos a muitos dos sistemas do corpo, especialmente o sistema nervoso e vasos sanguíneos.

 

obesidade e diabetes
O acúmulo de gordura no abdômen (obesidade visceral/central) é um dos principais riscos para o surgimento de diabetes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes baseia-se nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. Ou ainda, através da hemoglobina glicada.

 

Obesidade

obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo.

Nos últimos anos tem sido verificada transição nutricional, caracterizada pela redução do número de casos de desnutrição e o aumento significativo de sobrepeso e obesidade.

Esse fenômeno vem sendo observado não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes.

O sobrepeso e a obesidade vem preocupando autoridade em saúde público. Isso acontece, principalmente, por conta da associação dessas alterações do corpo com outras doenças relacionadas, conhecidas como comorbidades.

Algumas dessas comorbidades são:

 

hipertensão arterial,
elevação de colesterol,
doenças coronarianas,
diabetes mellitus.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado (Você pode através da nossa calculadora de IMC).

ebook o guia completo do imc - obesidade e diabetes (clique para baixar)

 

Relação entre obesidade e diabetes

A obesidade e diabetes possuem uma relação próxima. A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Isso acontece principalmente com a obesidade visceral/central, na qual há maior acúmulo de gordura no abdômen.

Estresse, hábitos alimentares não saudáveis e vida sedentária são as principais causas de incidência do diabetes.

Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver diabetes três vezes superior ao de pessoas com peso normal.

Tratamento do diabetes tipo 2

Obesidade e diabetes são doenças crônicas. Portanto, não existe cura, mas sim controle.

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida como, por exemplo:

 

reeducação alimentar;
atividade física;
terapia medicamentosa, com hipoglicemiantes orais ou até mesmo insulina;
perda de peso, sendo essa a principal forma de controle da doença.

 

Curiosidade

Atualmente, o Conselho Federal de Medicina reconhece a Cirurgia Metabólica para tratamento de pacientes com Diabetes tipo 2 resistentes ao tratamento clínico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução número 2.172 em dezembro de 2017. Ela trouxe novas regras e ampliou a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes.

Cirurgia Metabólica, então, poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que atendam às características:

possuam diabetes mellitus Tipo 2,
IMC entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m²,
sem resposta ao tratamento clínico,
com idade entre 30 a 70 anos,
com menos de 10 anos de diagnóstico de diabetes.

 

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Tratamento da obesidade: conheça cada uma das etapas

O tratamento da obesidade depende de vários fatores. Por exemplo: o grau da doença e a presença ou não de patologias relacionadas (comorbidades).

Deve-se levar em conta que a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, possui várias causas. Então o tratamento busca controlar esses diferentes fatores.

Não é um processo fácil e, em hipótese alguma, o tratamento deve ser iniciado sem a avaliação e orientação de um profissional de saúde especializado.

O tratamento visa garantir mais do que a perda de peso. Concomitantemente é necessário a mudança dos hábitos para que a pessoa retorne à condição de saúde ideal.

Hábitos como o controle de peso frequente e a prática de atividade e exercícios físicos ajudam a prevenir essa doença que afeta 1 a cada 5 brasileiros.

Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito levando em conta o IMC – Índice de Massa Corporal. Esse índice é calculado através da divisão do peso pela altura ao quadrado.

Depois do diagnóstico, tem início o tratamento, que pode passar por diversas etapas. Vamos falar um pouco mais sobre cada uma delas.

 

Como é o tratamento da obesidade

Tratamento inicial

O tratamento inicial começa logo após o diagnóstico, sob a orientação de um profissional da saúde especializado ou uma equipe multidisciplinar.

 

Reeducação alimentar

É necessário distinguir a dieta da reeducação alimentar: apesar de ambas terem como objetivo a redução do acúmulo de gordura, a primeira tem um prazo de validade determinado, a segunda visa o processo de (re)aprendizado para se alimentar melhor ao longo de toda a vida.

Geralmente vendidas como “milagrosas”, as dietas da moda podem causar danos ao organismo, além de nem sempre serem realmente eficazes.

O processo de reeducação alimentar é trabalhoso, mas garante melhores resultados.

A relação com a comida é permeada por alguns fatores de risco para muitas pessoas que sofrem com a obesidade. Para aliviar a ansiedade, o estresse ou até mesmo a depressão, muitas pessoas podem se alimentar em excesso ou de maneira errada.

O processo de reeducação alimentar realiza o diagnóstico desses gatilhos e tenta criar uma percepção de como contorná-los.

Consiste no aprendizado de quais alimentos fazem bem para o corpo e quais devem ser evitados. Nada de restrição de nutrientes, privação de comida ou coisas do tipo. A chave é o equilíbrio.

 

Uso de medicamentos

O tratamento da obesidade com o uso de medicamentos só é realizado quando a pessoa atende alguns critérios específicos, como:

a dificuldade de redução de peso, mesmo com a mudança de hábitos;
necessidade de tratamento de comportamentos alimentares;
presença de doenças associadas que dificultam a perda de peso.

Obviamente, o uso de medicamentos deverá sempre ser prescrito por um profissional da saúde especializado.

 

Tratamento cirúrgico

A Cirurgia Bariátrica e Metabólica é indicada quando o paciente apresenta falha ao tratamento clínico após dois anos com acompanhamento profissional.

Em indivíduos com IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave) com ou sem doenças associadas e IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com doenças associadas.

Pacientes com IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) que tenham sido diagnosticados com diabetes e apresentaram grande dificuldade de controlá-la também podem realizar a cirurgia bariátrica.

 

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Existem diferentes técnicas de cirurgia bariátrica indicadas de acordo com a individualidade de cada paciente.

Para concluir: por ser uma doença multifatorial, o tratamento da obesidade é multidisciplinar. A cirurgia é indicada após a falha ao tratamento clínico de acordo com o grau de obesidade e as comorbidades, com indicação precisa e individualizada.

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5 hábitos para prevenir a obesidade

2020 chegou e que tal começar novo ano com o pé direito? Existem simples hábitos para prevenir a obesidade que você pode começar a aplicar agora mesmo!

Já que é uma doença multifatorial, os métodos de prevenir a obesidade incluem uma série de fatores. Por exemplo: a genética. Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados.

No entanto, a genética é uma causa que não pode ser controlada. Mas existem fatores que podem ser administrados, como por exemplo, a ingestão de alimentos hipercalóricos.

É importante tomar os devidos cuidados para evitar o acúmulo excessivo de gordura. Já que esse é um fator de risco para outras doenças, o cuidado deve ser redobrado.

Para garantir uma vida saudável, prevenir a obesidade e, consequentemente, diminuir os riscos de doenças, é necessária a mudança de hábitos.

Embora o acúmulo de gordura seja um fator presente em todas as pessoas que possuam obesidade, o diagnóstico da doença não é meramente “visual”.

Para saber se você está acima ou não do peso ideal, um primeiro passo é calcular o IMC – Índice de Massa Corporal. Através do cálculo desse índice, é possível avaliar a sua faixa de peso.

Contudo, a melhor forma de saber é através do diagnóstico de um profissional da saúde especializado!

 

Como prevenir a obesidade?

1. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada

 

A alimentação desequilibrada, rica em alimentos hipercalóricos, é um dos principais fatores que levam uma pessoa a engordar.

Por outro lado, uma alimentação saudável e equilibrada garante diversos benefícios, tais como:

Aumento da imunidade;
Redução do risco de doenças (neste caso, ajudando a prevenir a obesidade, por exemplo);
Melhora da recuperação das patologias;
Ampliação da expectativa de vida.

O Ministério da Saúde reforça que a alimentação saudável precisa ser balanceada. Em outras palavras, é preciso priorizar o consumo de nutrientes diversificados.

No Guia Alimentar, que o Ministério da Saúde divulgou foram estabelecidos 10 passos para uma alimentação mais saudável. Dentre os passos, podemos destacar a limitação de alimentos processados e ultraprocessados e priorizar o consumo de alimentos in natura.

Para garantir uma dieta ainda mais adaptada às suas necessidades personalizadas, o ideal é contratar um profissional especializado.

Caso esteja lutando contra a balança, vale lembrar de evitar a adesão às dietas restritivas da moda. Na maioria das vezes, essas dietas não duram muito, não é mesmo?

Um estudo francês demonstrou que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo. Os resultados garantem satisfação no começo, mas logo o peso retorna, causando prejuízos à saúde.

Essa perda e ganho de peso repentinos podem deixar o seu metabolismo mais lento e dificultar a sua perda de peso a longo prazo, favorecendo a obesidade.

 

prevenir a obesidade
Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais. Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

 

2. Pratique atividades e exercícios físicos

 

Sim, nós estamos cientes de que você logicamente sabe que a prática regular de exercícios físicos é essencial para prevenir a obesidade.

Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais.

Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

Antes de iniciar qualquer exercício físico é importante consultar um médico para verificar se existe algum risco à saúde com essa mudança da rotina.

Dependendo do peso, o corpo pode sofrer muito mais os impactos dos exercícios. Se existirem doenças associadas ao ganho de peso, os riscos são ainda maiores.

Com o check-up realizado, é altamente recomendável que você inicie a prática de exercícios físicos sob a supervisão de um profissional de Educação Física especializado.

Ele será responsável por orientar e acompanhar a realização dos exercícios, garantindo que você consiga realizá-los sem prejudicar a sua saúde.

Essa pode parecer uma recomendação boba, mas uma roupa adequada facilita e ajuda na execução dos exercícios. Uma roupa inadequada pode prejudicar o seu desempenho.

As melhores vestimentas para a execução dos exercícios físicos são roupas leves, com tecidos flexíveis para não atrapalhar os movimentos e de preferência impermeáveis, para diminuir a transpiração e, consequentemente, o desconforto.

 

3. Procurar um profissional de saúde regularmente

 

Falamos sobre a importância de realizar um check-up antes de iniciar a prática de exercícios físicos e para estabelecer uma dieta saudável e equilibrada.

No entanto, para prevenir a obesidade e o aparecimento de outras doenças, o mais indicado é fazer o check-up regularmente, independentemente da idade.

Por exemplo: as crianças devem se consultar pelo menos uma vez ao ano com o pediatra e as adolescentes devem ir ao ginecologista a partir da puberdade.

As consultas preventivas são ainda mais indicadas para quem possui histórico familiar de doenças ou que já foram diagnosticados com doenças crônicas. Nesse caso, os exames devem ser realizados ao menos de 6 em 6 meses.

Existem dois tipos de check-up, de acordo com os objetivos específicos da análise:

Check-up executivo: nesse tipo de consulta preventiva, são realizados diversos exames e consultas de diferentes especialidades em um mesmo dia;
Check-up individualizado: já nesse check-up, o profissional da saúde especializado solicita os exames relacionados às características do indivíduo.

Geralmente durante essas consultas preventivas são solicitados exames como o eletrocardiograma e análise de fezes, urina e/ou sangue. Eles dão informações sobre o funcionamento dos órgãos e sistemas e ajudam a verificar a existência de parasitas ou vírus.

 

como prevenir a obesidade pesando na balança
Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

 

4 – Controle o seu peso frequentemente

 

O peso é um dos principais fatores que indicam se a sua saúde está em dia. Um dos índices mais utilizados para saber o peso ideal é o IMC – Índice de Massa Corporal.

Esse índice é calculado através da divisão do peso, em quilogramas, pela altura, em metros, ao quadrado (p x a²). Dependendo do resultado, é possível verificar se a pessoa está abaixo do peso, no peso ideal ou acima do peso.

ebook o guia completo do imc - como prevenir a obesidade (clique para baixar)

Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

O ideal é utilizar uma balança aferida pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. O selo do INMETRO indica que o equipamento é controlado.

 

5 – Prestar atenção às horas de sono

 

Sim, pode acreditar: dormir pouco faz com que o seu corpo consuma menos calorias. Essa é uma conclusão de um estudo de uma universidade da Alemanha.

Além de fazer com que o corpo consuma menos calorias, poucas horas de sono fazem com que, a longo prazo, o nosso corpo diminua a capacidade de queimar calorias.

O estudo mostra que noites mal dormidas podem aumentar a fome e o cansaço, além de fazer com que a pessoa gaste menos energia durante o repouso.

Uma boa noite de sono ajuda a diminuir o grelina, hormônio responsável por aumentar a fome e aumenta a produção de leptina, hormônio responsável por aumentar a nossa saciedade.

Ainda: o sono ajuda a diminuir problemas advindos de uma rotina muito corrida, tais como o stress, enxaqueca, ansiedade, dentre outros.

 

Cuidado com os excessos!

Contudo, o excesso também é prejudicial. Uma pesquisa desenvolvida em Québec demonstrou que pessoas que dormem mais de 8 horas têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.

Essa mesma pesquisa trouxe evidências de que dormir muito pode aumentar o sobrepeso. Mesmo controlando a alimentação e realizando exercícios, pessoas que dormiram de nove a dez horas por noite tinham 25% a mais de chance de engordar 5 quilos.

O ideal de horas que você precisa dormir para um desenvolvimento e uma manutenção saudável do seu organismo depende muito da sua idade. Especialistas de um instituto de pesquisa dos Estados Unidos definiram o seguinte número de horas:

Recém nascidos (0 a 3 meses): de 14 a 17 horas por dia, sem passar de 18 horas;
Bebês (4 a 11 meses): entre 12 e 15 horas, sem ultrapassar 16 ou 18 horas;
Crianças de 1 a 2 anos: entre 11 e 14 horas. Não é recomendável dormir mais de 15 ou 16 horas;
Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos): 10 a 13 horas, sem ultrapassar 12 horas de sono;
Adolescentes (14 a 17 anos): devem dormir cerca de 10 horas por dia;
Jovens adultos (18 a 25 anos): 7 a 9 horas por dia, buscando não dormir menos que 6 e mais que 10 ou 11 horas;
Adultos (26 a 64 anos): nessa faixa de idade, o ideal é dormir entre 7 a 9 horas;
Idosos (65 anos ou mais): recomendável dormir de 7 a 8 horas por dia.

Dessa maneira, a atenção às horas de sono é importante para você prevenir a obesidade!

Atualizado em janeiro de 2020

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Obesidade: um breve panorama sobre a doença

Obesidade é condição médica em que se verifica o acúmulo excessivo de tecido adiposo causando impacto negativo na saúde.

Antes do século XX essa era uma doença rara. Sendo reconhecida em 1997 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como epidemia.

Anteriormente considerada um problema restrito aos países industrializados, atualmente verifica-se que essa afecção afeta tanto os países desenvolvidos como os países em vias de desenvolvimento.

No Brasil, o número de obesos aumentou de 46,5% para 53,7% dos beneficiários dos planos de saúde, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde (ANS) também em 2016.

Apesar de ser um tema recorrente nos veículos de informação, a obesidade ainda está envolta em mitos e inverdades. Você saberia dizer quais as causas, por exemplo?

Se você acha que ela advém apenas de uma alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos, saiba que ela é uma doença de caráter multifatorial. Ou seja: existem diversas causas.

Nesse texto vamos compreender os seus principais aspectos, incluindo:

O que é obesidade
Causas da obesidade
Tipos e classificações da obesidade
Diagnóstico
Riscos associados

 

O que é obesidade?

A primeira coisa que devemos entender sobre a obesidade é que ela é uma doença e, simultaneamente, um fator de risco para outras patologias.

Como assim?

Para ser mais claro: essa é uma doença que pode favorecer o aparecimento de outras doenças. Esse é um dos motivos pelos quais ela preocupa tanto os profissionais da saúde.

 

Diagnóstico

O acúmulo de gordura corporal é, de fato, o principal e mais notório sintoma, no entanto, nem todo mundo que está acima do peso ideal é obeso.

Para saber se a pessoa se encontra no estado de obesidade, os profissionais de saúde utilizam o Índice de Massa Corporal – IMC. Esse índice calcula a faixa de peso em que a pessoa se encontra de acordo com a sua altura.

 

obesidade: o guia completo do imc (clique para baixar)

 

De acordo com o resultado obtido, a pessoa pode identificar se encontra-se abaixo, acima ou dentro do seu peso ideal. A patologia é diagnosticada em pessoas com IMC acima dos 30 kg/m², no que costuma ser classificada como a obesidade tipo I.

Antes desse estágio, com IMC na faixa dos 25 a 29,9 kg/m² é considerado sobrepeso, que é um estágio inicial da doença (pré-obesidade).

Esse é um sinal de alerta para a pessoa procurar um médico e tomar os devidos cuidados.

Contudo, vale lembrar que o IMC não é um índice completo. Para conseguir uma avaliação completa do seu estado nutricional, é preciso uma interpretação detalhada de um profissional da saúde.

Para saber se você está realmente saudável, existem outras técnicas e parâmetros utilizados por profissionais para a avaliação do peso, como, por exemplo, a bioimpedância e a relação da circunferência da cintura.

 

Causas

Como dito anteriormente, essa é uma doença de caráter multifatorial, ou seja, com várias causas.

 

1 – Consumo excessivo de alimentos

A principal e mais conhecida causa é, simultaneamente, um dos fatores mais conhecidos por fazer engordar: uma alimentação inadequada, com a ingestão excessiva de alimentos hipercalóricos, principalmente carboidratos.

No entanto, essa é uma meia verdade, que incorre num dos principais erros na hora de quem busca emagrecer: as dietas restritivas sem prescrição e/ou acompanhamento profissional adequado.

 

2 – Sedentarismo

A prática de atividades e exercícios físicos também é importante para garantir o peso saudável e ideal.

Com as facilidades do dia-a-dia e a redução da atividade física, o gasto energético é drasticamente reduzido. Criando um balanço energético positivo (aumento na ingestão de alimentos e redução no gasto energético) e ocasionando a patologia.

 

3 – Genética

A obesidade também sofre influência da genética. A tendência de filhos de pais obesos também sofrerem com a obesidade é maior do que quem possui pais com peso normal.

Se ambos os pais forem obesos, o risco do filho ser também obeso é aproximadamente 80%, se um dos pais é obeso, o risco gira em torno de 50%, e mesmo que nenhum dos pais sejam obesos, ainda tem o risco de 10% dos filhos serem obesos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

 

4 – Problemas hormonais

Alguns problemas de hormônio podem levar à doença. Uma das prováveis causas, por exemplo, é a alteração nas funções da glândula tireóide, como o hipotireoidismo. Entre outras.]

 

 

obesidade
A prática de atividades e exercícios físicos também é importante para garantir o peso saudável e ideal. A obesidade pode ser um fator de risco para doenças relacionadas, as chamadas comorbidades.

 

Riscos associados à obesidade

O maior problema do acúmulo excessivo de gordura é o aparecimento de outras doenças, as chamadas comorbidades.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças, tais como:

 

hipertensão;

doenças cardiovasculares;

diabetes;

problemas psicológicos, tais como diminuição da autoestima e até mesmo depressão;

câncer;

apneia do sono;

hipercolesteromia.

 

O paciente obeso com 3 ou mais doenças associadas é considerado portador da Síndrome Metabólica.

 

Tipos de obesidade

Existem três graus de obesidade e, quanto maior o número, maior o peso e mais grave se encontra o estado de saúde da pessoa.

A obesidade grau III é denominada obesidade grave e é a mais preocupante. Quanto maior o acúmulo de gordura, maior a chance de ter as comorbidades e com isso maior risco de mortalidade de causas evitáveis.

Ela possui ainda três classificações, de acordo com o acúmulo de gordura no corpo:

 

Difusa ou generalizada – como o próprio nome indica, a gordura se encontra espalhada por todo o corpo de forma quase que totalmente homogênea;

Andróide, troncular ou centrípeta – nessa classificação da obesidade, o corpo do portador se assemelha à forma de uma maçã, ou seja, maior aumento da circunferência abdominal. O risco de doenças metabólicas e cardiovasculares é acentuado;

Ginecóide – o acúmulo de gordura é maior no quadril, lembrando a forma de uma pêra. Nessa classificação, o maior risco é de artroses e varizes.

 

A doença pode ainda ser classificada de acordo com as causas, tendo, assim como a classificação de acordo com o acúmulo de gordura, riscos diferentes associadas a cada tipo.

As principais classificações são:

 

Obesidade por distúrbio nutricional

Obesidade por sedentarismo

Obesidade secundária a alterações endócrinas

Obesidades secundárias

Obesidade de causa genética.

 

Independente da classificação, essa é uma doença crônica. Consequentemente, a obesidade necessita de tratamento médico e acompanhamento contínuo.

Aliar hábitos de vida saudáveis como alimentação adequada e atividade física, ajudam a prevenir o risco de obesidade e complicações referentes à mesma. A perda de peso é fundamental no tratamento das comorbidades.

 

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O que faz engordar: conheça os 6 principais fatores

O peso é um dos fatores que indicam se a sua saúde está em dia ou não. Existem diversas maneiras de saber se você está no peso certo. Um dos índices mais conhecidos é o IMC – Índice de Massa Corporal, que calcula a relação do peso com a altura ao quadrado. Através desse cálculo, é possível saber se você precisa emagrecer, engordar ou está no peso correto.

O que a maioria das pessoas não sabe é que a alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos são apenas dois dos motivos que podem fazer uma pessoa engordar.

Você sabe o que faz uma pessoa engordar?

Nesse texto você vai saber as principais informações sobre o ganho de peso e entender como esses fatores podem levar ao sobrepeso ou até mesmo à obesidade.

Veja os principais tópicos abordados:

O que faz engordar?

Fatores que determinam o nosso peso

Pronto para conhecer mais sobre os fatores que levam uma pessoa a engordar?

 

O que faz engordar?

Definitivamente essa é uma das questões mais debatidas pelas pessoas. A preocupação com o peso também é um assunto relacionado à saúde. Contudo, ela está muito associada à estética.

Existem diversos motivos que levam uma pessoa a engordar. Os principais são: a alimentação, o sedentarismo, doenças que favorecem o ganho de peso, uso de medicamentos, genética e idade.

Entenda melhor cada um deles:

 

1 – Alimentação

É de conhecimento geral que uma alimentação desequilibrada pode fazer uma pessoa engordar. Mas, o que é uma alimentação desequilibrada?

Já ouviu falar que o nosso corpo é uma máquina? A máquina precisa de combustível para funcionar corretamente. Do mesmo modo que os automóveis, os alimentos são os combustíveis que colocam a nossa máquina – corpo – para funcionar.

Assim como existem diferentes tipos de combustíveis, existem diferentes tipos de alimentos. O nosso corpo necessita de uma quantidade suficiente de todos os tipos para engordar ou emagrecer da forma correta.

Existem duas grandes classificações de acordo com a composição de nutrientes dos alimentos: os macronutrientes e os micronutrientes.

Os nutrientes são substâncias encontradas nos alimentos e possuem funções específicas para o nosso organismo.

Todos os nutrientes são necessários para o organismo, mas os macronutrientes devem ser consumidos em quantidades maiores, diariamente.

Os micronutrientes são encontrados em menor quantidade nos alimentos e a falta deles pode fazer com que o organismo fique desnutrido, deixando-o mais suscetível a doenças.

 

homem segurando hamburguer - o que faz engordar
Quando uma pessoa se alimenta com alimentos hipercalóricos, aumenta suas chances de engordar.

 

Uma alimentação saudável se baseia no equilíbrio entre estes dois grupos com base nas suas necessidades nutricionais.

Essas necessidades mudam de pessoa para pessoa. É preciso conhecer as suas necessidades (e se você possui tendência para engordar ou emagrecer) para estabelecer uma dieta adequada e equilibrada.

Mas é preciso se atentar: é necessário o acompanhamento de um profissional especializado!

Por meio da digestão, o corpo retira a energia dos alimentos. A quantidade de energia destes alimentos é o que chamamos de caloria. Os diferentes tipos de macronutrientes têm valores calóricos diferentes, o que se reflete na capacidade de engordar.

 

2 – Sedentarismo

As calorias obtidas através da alimentação tem de ser “queimadas” através da prática de atividades e exercícios físicos. Tudo conta: subir e descer escadas, transportar objetos ou praticar algum exercício físico, como natação, musculação, por exemplo.

No entanto, o que acontece é que, cada vez mais, as pessoas tendem a praticar menos atividades físicas e se movimentar menos, devido às facilidades e confortos da vida moderna.

Computadores, celulares, controles remotos e afins facilitam a nossa rotina, mas também aumentam o sedentarismo.

Além de ajudar a engordar, o sedentarismo é um fator de risco para o aparecimento e ampliação de diversas doenças, como:

  • pressão alta;
  • doenças cardiovasculares;

 

prática de exercícios físicos - o que faz engordar
Diferentes idades necessitam de diferentes estímulos com atividades e exercícios físicos para alcançar o peso ideal. E, consequentemente, diminuir as chances de engordar!

 

A OMS – Organização Mundial da Saúde – recomenda a prática de atividades físicas para a redução de doenças. De acordo com a OMS, diferentes faixas de idade possuem níveis recomendáveis diferentes:

 

  • Idosos (maiores de 64 anos): pelo menos 150 minutos de atividades físicas aeróbicas moderadas durante a semana ou 75 minutos de atividades físicas aeróbicas de alta intensidade por semana.

Para garantir ainda mais benefícios à saúde dos idosos, são recomendados 300 minutos de atividades aeróbicas moderadas ou 150 minutos de atividades aeróbicas de alta intensidade, ambos de frequência semanal.

3 – Doenças que aumentem a tendência de engordar

Mesmo quando seguem uma dieta nutricional elaborada por um profissional especializado e realizam atividades físicas sob a orientação de um preparador físico, algumas pessoas não conseguem deixar de engordar.

Nesse caso, o mais indicado é procurar um médico para verificar se possui alguma doença que aumente as chances de engordar.

Uma das principais é o hipotireoidismo, doença causada pela baixa produção de hormônios pela tireoide. Ela é responsável por secretar hormônios que regulam o metabolismo, chamados T3 e T4.

Quando há uma baixa secreção desses hormônios, o hipotireoidismo, o metabolismo tende a ficar mais lento, podendo fazer a pessoa engordar e até levar à obesidade.

Outra doença que pode fazer engordar é a presença da síndrome de ovários policísticos em mulheres. Assim como o hipotireoidismo, essa síndrome desregula a produção de hormônios.

No caso da síndrome dos ovários policísticos, os hormônios afetados são alguns dos responsáveis pelo funcionamento da insulina no corpo humano (LH, FSH, estrógeno, progesterona e testosterona).

A insulina é um dos responsáveis pela sensação de fome e pelo armazenamento de energia nas células de gordura, principalmente na região abdominal.

Com essa disfunção na produção da insulina, a mulher enfrenta maior facilidade em engordar, além de apresentar sintomas de irregularidade menstrual e aumento de pelos no corpo.

Outras doenças que também causam obesidade são a Síndrome de Cushing, Depressão, além de algumas doenças genéticas.

 

caixa de remédios que fazem engordar
Alguns medicamentos específicos podem fazer a pessoa engordar.

 

 

4 – Uso de medicamentos

Existem medicamentos que fazem com que a pessoa tenha mais facilidade em engordar. A maioria desses medicamentos tem esse efeito por conta do aumento do apetite, do cansaço e a maior retenção de líquidos.

Confira abaixo alguns desses remédios:

Antialérgicos: existem alguns antialérgicos que levam ao aumento do apetite, fazendo com que a pessoa tenha mais facilidade em engordar. O motivo disso é que esse tipo de medicação reduz o efeito da histamina, substância responsável por diminuir o apetite.

Antipsicóticos: esses medicamentos são os maiores vilões. No entanto, não são todos os medicamentos que podem fazer a pessoa engordar. Um exemplo é a Olanpazina.

O efeito é resultado do aumento da proteína cerebral, responsável por regular a sensação de fome.

Antidepressivos tricíclicos: são usados para tratar depressão e enxaqueca e possuem uma ação de redução da histamina.

5 – Genética

Mais uma pra conta dos pais: a tendência de engordar também sofre influência dos genes passados de geração para geração. A tendência de filhos de pais obesos também sofrerem com a obesidade é maior do que quem possui pais com peso normal.

A chance aumenta quando ambos os pais são obesos.  Nesse caso a chance de adquirir obesidade é de cerca de 80%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Já quando apenas um dos pais é obeso, a chance de adquirir obesidade é de 50%. Entretanto, a genética não influencia somente nos casos onde a pessoa tem a tendência a engordar: quem tem o biotipo mais magro pode ter herdado dos pais.

Nesse caso, é preciso tentar driblar a genética para conseguir emagrecer ou engordar. A recomendação é consultar um profissional de saúde especializado, que poderá recomendar uma dieta de acordo com as suas necessidades energéticas, a prática de atividades físicas e a mudança de hábitos.

 

ebook o guia completo do imc - o que faz engordar (clique para baixar)

6 – Idade

A idade também influencia na tendência de engordar ou emagrecer. O processo de envelhecimento gera mudanças que provocam variações no nosso corpo.

Por exemplo: os idosos acabam passando por mudanças no peso, por conta da redução da massa magra.

Já os bebês possuem o cálculo do peso diferenciado, de acordo com o ritmo de crescimento da criança.

Os pediatras utilizam as curvas de crescimento, que são medidas por uma tabela internacional criada e atualizada pela OMS.

Elas possibilitam monitorar o estado nutricional dessa faixa etária (a curva é utilizada para crianças e adolescentes de 0 a 19 anos) e verificar se precisam engordar ou emagrecer.