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Obesidade

Obesidade: um breve panorama sobre a doença

Obesidade é condição médica em que se verifica o acúmulo excessivo de tecido adiposo causando impacto negativo na saúde.

Antes do século XX essa era uma doença rara. Sendo reconhecida em 1997 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como epidemia.

Anteriormente considerada um problema restrito aos países industrializados, atualmente verifica-se que essa afecção afeta tanto os países desenvolvidos como os países em vias de desenvolvimento.

No Brasil, o número de obesos aumentou de 46,5% para 53,7% dos beneficiários dos planos de saúde, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde (ANS) também em 2016.

Apesar de ser um tema recorrente nos veículos de informação, a obesidade ainda está envolta em mitos e inverdades. Você saberia dizer quais as causas, por exemplo?

Se você acha que ela advém apenas de uma alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos, saiba que ela é uma doença de caráter multifatorial. Ou seja: existem diversas causas.

Nesse texto vamos compreender os seus principais aspectos, incluindo:

O que é obesidade
Causas da obesidade
Tipos e classificações da obesidade
Diagnóstico
Riscos associados

 

O que é obesidade?

A primeira coisa que devemos entender sobre a obesidade é que ela é uma doença e, simultaneamente, um fator de risco para outras patologias.

Como assim?

Para ser mais claro: essa é uma doença que pode favorecer o aparecimento de outras doenças. Esse é um dos motivos pelos quais ela preocupa tanto os profissionais da saúde.

 

Diagnóstico

O acúmulo de gordura corporal é, de fato, o principal e mais notório sintoma, no entanto, nem todo mundo que está acima do peso ideal é obeso.

Para saber se a pessoa se encontra no estado de obesidade, os profissionais de saúde utilizam o Índice de Massa Corporal – IMC. Esse índice calcula a faixa de peso em que a pessoa se encontra de acordo com a sua altura.

 

obesidade: o guia completo do imc (clique para baixar)

 

De acordo com o resultado obtido, a pessoa pode identificar se encontra-se abaixo, acima ou dentro do seu peso ideal. A patologia é diagnosticada em pessoas com IMC acima dos 30 kg/m², no que costuma ser classificada como a obesidade tipo I.

Antes desse estágio, com IMC na faixa dos 25 a 29,9 kg/m² é considerado sobrepeso, que é um estágio inicial da doença (pré-obesidade).

Esse é um sinal de alerta para a pessoa procurar um médico e tomar os devidos cuidados.

Contudo, vale lembrar que o IMC não é um índice completo. Para conseguir uma avaliação completa do seu estado nutricional, é preciso uma interpretação detalhada de um profissional da saúde.

Para saber se você está realmente saudável, existem outras técnicas e parâmetros utilizados por profissionais para a avaliação do peso, como, por exemplo, a bioimpedância e a relação da circunferência da cintura.

 

Causas

Como dito anteriormente, essa é uma doença de caráter multifatorial, ou seja, com várias causas.

 

1 – Consumo excessivo de alimentos

A principal e mais conhecida causa é, simultaneamente, um dos fatores mais conhecidos por fazer engordar: uma alimentação inadequada, com a ingestão excessiva de alimentos hipercalóricos, principalmente carboidratos.

No entanto, essa é uma meia verdade, que incorre num dos principais erros na hora de quem busca emagrecer: as dietas restritivas sem prescrição e/ou acompanhamento profissional adequado.

 

2 – Sedentarismo

A prática de atividades e exercícios físicos também é importante para garantir o peso saudável e ideal.

Com as facilidades do dia-a-dia e a redução da atividade física, o gasto energético é drasticamente reduzido. Criando um balanço energético positivo (aumento na ingestão de alimentos e redução no gasto energético) e ocasionando a patologia.

 

3 – Genética

A obesidade também sofre influência da genética. A tendência de filhos de pais obesos também sofrerem com a obesidade é maior do que quem possui pais com peso normal.

Se ambos os pais forem obesos, o risco do filho ser também obeso é aproximadamente 80%, se um dos pais é obeso, o risco gira em torno de 50%, e mesmo que nenhum dos pais sejam obesos, ainda tem o risco de 10% dos filhos serem obesos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

 

4 – Problemas hormonais

Alguns problemas de hormônio podem levar à doença. Uma das prováveis causas, por exemplo, é a alteração nas funções da glândula tireóide, como o hipotireoidismo. Entre outras.]

 

 

obesidade
A prática de atividades e exercícios físicos também é importante para garantir o peso saudável e ideal. A obesidade pode ser um fator de risco para doenças relacionadas, as chamadas comorbidades.

 

Riscos associados à obesidade

O maior problema do acúmulo excessivo de gordura é o aparecimento de outras doenças, as chamadas comorbidades.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças, tais como:

 

hipertensão;

doenças cardiovasculares;

diabetes;

problemas psicológicos, tais como diminuição da autoestima e até mesmo depressão;

câncer;

apneia do sono;

hipercolesteromia.

 

O paciente obeso com 3 ou mais doenças associadas é considerado portador da Síndrome Metabólica.

 

Tipos de obesidade

Existem três graus de obesidade e, quanto maior o número, maior o peso e mais grave se encontra o estado de saúde da pessoa.

A obesidade grau III é denominada obesidade grave e é a mais preocupante. Quanto maior o acúmulo de gordura, maior a chance de ter as comorbidades e com isso maior risco de mortalidade de causas evitáveis.

Ela possui ainda três classificações, de acordo com o acúmulo de gordura no corpo:

 

Difusa ou generalizada – como o próprio nome indica, a gordura se encontra espalhada por todo o corpo de forma quase que totalmente homogênea;

Andróide, troncular ou centrípeta – nessa classificação da obesidade, o corpo do portador se assemelha à forma de uma maçã, ou seja, maior aumento da circunferência abdominal. O risco de doenças metabólicas e cardiovasculares é acentuado;

Ginecóide – o acúmulo de gordura é maior no quadril, lembrando a forma de uma pêra. Nessa classificação, o maior risco é de artroses e varizes.

 

A doença pode ainda ser classificada de acordo com as causas, tendo, assim como a classificação de acordo com o acúmulo de gordura, riscos diferentes associadas a cada tipo.

As principais classificações são:

 

Obesidade por distúrbio nutricional

Obesidade por sedentarismo

Obesidade secundária a alterações endócrinas

Obesidades secundárias

Obesidade de causa genética.

 

Independente da classificação, essa é uma doença crônica. Consequentemente, a obesidade necessita de tratamento médico e acompanhamento contínuo.

Aliar hábitos de vida saudáveis como alimentação adequada e atividade física, ajudam a prevenir o risco de obesidade e complicações referentes à mesma. A perda de peso é fundamental no tratamento das comorbidades.

 

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