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Cirurgia Bariátrica

Por que fazer a cirurgia bariátrica?

A intervenção cirúrgica é sempre a última solução para pacientes obesos. Depois de passar por diversos tratamentos, a cirurgia pode ser o caminho mais adequado para o emagrecimento eficaz e duradouro. Mas muitos se perguntam: “Por que fazer a cirurgia bariátrica?”

Quando exercícios físicos, dietas e medicações não contribuem para a perda de peso, e o paciente já adquiriu outras doenças desencadeadas pela obesidade, a cirurgia bariátrica pode ser a solução.

Para realizar a cirurgia é necessário passar por equipe multidisciplinar e atender certos critérios. Nesse post você vai entender:

  • Para quem é indicado a cirurgia bariátrica.
  • O porquê de fazer cirurgia bariátrica.
  • Quais os tipo de cirurgia bariátrica.
  • Qual a importância de manter bons hábitos após a cirurgia.

Lembrando que a leitura deste post não substitui a consulta com um profissional da saúde especializado!

Para quem é indicado a cirurgia bariátrica?

Não é todo mundo que pode fazer a cirurgia bariátrica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, a intervenção cirúrgica deve atender a certos critérios relativos ao IMC, a idade, doenças associadas e tempo de doença.

O IMC é o índice de massa corporal, que é calculado através do peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²). Esse é a primeira característica do paciente que o médico observa.

  • Pacientes com IMC acima de 40 kg/m², com grau III de obesidade, podem ser indicados para a cirurgia.

  • Aqueles com IMC entre 35 e 40 kg/m², grau de obesidade II,  podem ser encaminhados na presença de comorbidades, ou seja, doenças, associadas à obesidade.

  • Já os pacientes que possuem IMC entre 30 e 35 kg/m², grau de obesidade I, que possuem diabetes do tipo 2 de difícil controle podem se beneficiar com a cirurgia.

Lembrando que além da indicação através do IMC, o paciente tem que ter tentado tratamento clínico por, no mínimo, 2 anos.

Outro ponto a ser observado é a idade do paciente. Entre 18 a 65 anos de idade não há restrições.

Entre 16 e 18 anos deve haver indicação do médico e consenso entre os responsáveis e a equipe médica.

Acima de 65 anos, deve se avaliar diversos pontos, como riscos cirúrgicos, presença de doenças. expectativas de vida e benefícios de emagrecimento.

A cirurgia bariátrica é contraindicada para pacientes que possuem alguma limitação intelectual, que não possuem suporte familiar, quadros psiquiátricos graves e não controlados e doenças algumas genéticas.

Por que fazer a cirurgia Bariátrica?

Agora que você já sabe quais são as indicações para a cirurgia bariátrica vamos responder a nossa principal pergunta: “Por que fazer a cirurgia bariátrica”?

Os benefícios da cirurgia são inúmeros. Aumenta a qualidade de vida do paciente e melhora  a sua disposição!

A perda de peso ocorre de maneira rápida e eficaz. Com isso, a saúde do paciente melhora e existe o controle de doenças como a diabetes tipo 2, hipertensão arterial, problemas cardíacos e circulatório, problemas articulares, de infertilidade e distúrbios de sono. Aumento da autoestima, redução da depressão

A cirurgia bariátrica também contribui para melhorar as relações sociais e familiares do paciente, além de aumentar a expectativa de vida do paciente.

Importante ressaltar que depois da cirurgia, o paciente deve continuar com bons hábitos para manter o peso.

Quais os tipo de de cirurgia bariátrica?

Existem 3 técnicas para cirurgia bariátrica. São elas as Restritivas, Disabsortivas e Técnicas mistas.

As técnicas restritivas reduzem a quantidade de alimentos no estômago e proporcionam a sensação de saciedade no paciente. Elas podem ser apenas restritivas ou restritivas e metabólicas.


São consideradas técnicas restritivas o balão intragástrico, banda gástrica ajustável e a gastrectomia vertical (conhecida como Sleeve)

Já as técnicas disabsortivas alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos. Elas ocasionam desvios intestinais diminuindo a absorção de nutrientes.  Técnicas puramente disabsortivas são pouco utilizadas.

Por fim, as técnicas mistas, que reduzem a ingestão de alimentos pela redução do estômago e a causam disabsorção com o desvio de trânsito intestinal.

A principal técnica mista é o by-pass gástrico, utilizado em 75% das cirurgias realizadas no Brasil. Você pode saber mais sobre essas técnicas de cirurgia clicando aqui.

O paciente pode voltar a engordar?

A cirurgia bariátrica não é a solução definitiva. Após a cirurgia, ocorre o emagrecimento rápido. Em aproximadamente 2 anos o peso estabiliza.

Paciente que se sente motivado e cheio de energia, mantém boa alimentação e pratica exercícios físicos com frequência, geralmente consegue manter a perda de peso.

Portanto, para evitar o reganho de peso, é necessário manter hábitos saudáveis de vida e acompanhamento médico e nutricional.

Para maiores informações, agende uma consulta.

Estamos à disposição

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Obesidade

Entenda quais são os graus de obesidade e como preveni-los

A obesidade é doença crescente no Brasil e no mundo. Atualmente, cerca de 20% da população brasileira é considerada obesa. Isso significa que 1 em cada 5 brasileiros possuem o IMC maior do que 30.

É considerada um problema de saúde pública por favorecer o aparecimento de outras doenças, como diabetes e hipertensão arterial.

Sua etiologia é multifatorial, ou seja, resulta da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais.

Segundo a  Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) muitos já nascem com alterações no sistema neuroendócrino, que acaba interferindo no apetite e saciedade, além de interferir no estoque de energia do corpo.

Essas alterações associadas a uma rotina de maus hábitos do mundo moderno acaba ocasionando a obesidade.

Neste post você vai entender um pouco mais sobre quais são os graus de obesidade e como preveni-las. Alguns assuntos que iremos abordar são:

  • Quais os graus de obesidade.
  • Riscos de um IMC maior do que 30.
  • Quais hábitos modificar para diminuir o IMC.

Contudo, vale um parênteses desde já: a leitura deste post não substitui a consulta com um profissional da saúde especializado!

Preparado para aprender um pouco mais e tomar alguma atitude?

Quais são os graus da obesidade?

Para saber se uma pessoa é considerada obesa utiliza-se o cálculo do IMC. O Índice de Massa Corporal é um cálculo muito simples: o peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²).

Abaixo você pode conferir uma tabela da classificação internacional da obesidade, de acordo com o IMC:

Como você pode perceber são considerado obesos aqueles que possuem o IMC maior do que 30. Há 3 níveis de obesidade: I, II e II. As pessoas que chegam a algum desses resultados devem procurar atendimento médico.

Para saber mais sobre o IMC, baixe o nosso ebook gratuito!

O IMC pode ser utilizado como um rastreamento inicial. Sua combinação com a avaliação da circunferência abdominal pode trazer um resultado ainda mais completo.

Essa avaliação é importante pois o tamanho da barriga é consequência da gordura localizada entre os órgãos do abdômen, o que pode ser perigoso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres com medidas de circunferência abdominal maior ou igual a 80 cm possuem maior risco de doenças associadas à obesidade. Para homem, essa medida é de 94 cm.

Existem, ainda, outras formas de diagnosticar a obesidade.

Para isso, os profissionais da área de saúde poderá realizar a medição da gordura localizada nos depósitos debaixo da pele; indicarem exames que analisam a composição corporal (oferecendo a quantidade de músculos, ossos e gordura) e avaliar a espessura do tecido adiposo nas dobras de pele e outros tecidos mais profundos, como o abdômen.

Mas é importante lembrar que o IMC pode ser usado isoladamente para calcular o grau de obesidade, de acordo com as Diretrizes Brasileira de Obesidade.

Por isso é relevante saber quais os riscos de ter um IMC maior do que 30.

Quais são os riscos de um IMC maior do que 30?

Um IMC maior do que 30, ou seja, uma pessoa obesa tem diversos problemas pontuais de saúde como falta de ar, compulsão alimentar, cansaço, autoestima baixa e dores no corpo. Além disso, estão associadas outras doenças, como:

Ainda segundo a Abeso, 80 a 85% das pessoas que apresentam diabetes tipo 2 possuem sobrepeso ou obesidade.

Outro estudo realizado em Framingham, nos EUA, mostra que 23% dos casos de doenças cardiovasculares nos homens é causada pela obesidade. Nas mulheres, esse número é de 15%.

O que fazer?

Para tratamento das comorbidades, é fundamental a perda de peso. Com mudanças no estilo de vida, alimentação balanceada e atividade física regular.

Melhore sua Alimentação

Alimentação saudável requer disciplina e persistência.

Primeiramente, é importante reduzir alimentos com muita gordura, açúcar e sal.

O excesso de sódio no organismo pode aumentar a pressão arterial e a propensão à doenças cardiovasculares. Já o açúcar, encontrado em massas e carboidratos, pode ocasionar doenças como diabetes, problemas cardiovasculares e até mesmo câncer.

Inclua verduras, legumes e frutas na sua dieta diária. Evite alimentos industrializados com muitos aditivos químicos, conservantes e corantes.

Adicione também fibras na alimentação, como aveia, linhaça, chia, gergelim e amaranto. Elas podem ser consumidas juntamente com frutas, sucos e em saladas. São ótimas para eliminar toxinas, aumentar a saciedade e ajudar no funcionamento do intestino.

É importante também seguir uma rotina e evitar ficar muito tempo sem comer. Recomenda-se fazer pequenas refeições de três em três horas. Frutas secas e nutz – como nozes, amêndoas e castanhas – podem ser opções para a hora do lanche.

Para resultados concretos consulte sempre o nutricionista.

Faça mais exercícios

Exercícios físicos são essenciais para emagrecer de forma saudável e, atualmente, existem diversas formas de realizar essas atividades.

Comece com coisas simples. Faça uma caminhada, suba mais escadas e evite utilizar elevadores. Procure se movimentar mais e fazer atividades que peçam um gasto de energia.

A orientação de profissional de educação física e a liberação do médico é importante passo para início das atividades físicas regulares.

Beba água

Pode ser uma dica simples, mas aumentar o consumo diário de água pode contribuir para um organismo mais sadio e imunizado.

A água contribui na eliminação de toxinas, diminuição de pressão e no funcionamento do intestino, além de ajudar no funcionamento do metabolismo.

Durma bem

Sabia que dormir bem também contribuiu para reduzir a obesidade?

Pesquisas comprovaram que pessoas que dormem menos do que o recomendado, de 7 a 9 horas, possuem mais chances de sobrepeso e obesidade.

Um estudo divulgado pelo The American Journal of Clinical Nutrition, realizado com 1200 voluntários, mostrou que aquelas pessoas que dormiam menos de 7 horas eram, em média, 2 quilos mais pesadas em comparação as que dormiam o recomendado.

Mas não pense que dormir muito ajuda. O mesmo estudo mostrou que aqueles que dormiam acima de 9 horas também engordaram: 4 quilos a mais.

Vá ao médico regularmente

Se o seu grau de obesidade for o nível I, II ou III,  é necessário procurar um médico e fazer um check up completo. Seu médico poderá lhe ajudar a dar os primeiros passos para emagrecer e encaminhar para os especialistas.

Lembrando que obesidade é doença crônica e requer tratamento contínuo e persistente.

Em nosso ebook sobre obesidade você encontra os principais tipos de tratamento e qual é indicado para cada caso.

Os tipos de tratamento para obesidade incluem, além de mudança no estilo de vida, tratamento medicamentoso e até cirurgia bariátrica, quando o paciente não obtém êxito com o tratamento clínico por 2 anos, em diabéticos de difícil controle e nos casos de síndrome metabólica.


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Obesidade

Obesidade masculina: entenda como o excesso de peso afeta a saúde do homem

A obesidade é um dos problemas que afeta boa parte da população brasileira.

Segundo pesquisa publicada pelo IBGE em 2015, 16,8% dos homens brasileiros está obeso, ou seja, possui o IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 30kg/m2.

Essa alta porcentagem se dá muitas vezes pela falta de exercício e pela má alimentação.

Os homens consomem, comparado às mulheres, menos verduras, saladas e frutas. Já o consumo de cerveja e bebidas destiladas é 5 vezes maior do que às mulheres.

Esses dados, também do IBGE, revelam como os homens se preocupam muito pouco com a alimentação e com os excessos em relação ao álcool. O resultado são o aumento de peso e as consequências na saúde.

Mas não é só a saúde física que é prejudicada. O sobrepeso afeta também a saúde psicológica e o desempenho sexual do homem. Muitos obesos acabam tendo disfunção erétil.

Pensando nisso, criamos uma lista com os principais riscos ocasionados pela obesidade masculina:

 

Problemas cardiovasculares

Trombose

Diabetes

Apneia do sono

Disfunção erétil

Câncer

Problemas cardiovasculares

Problemas cardiovasculares são comuns em homens diagnosticados com obesidade.

A gordura que se estabelece em volta dos órgãos da cavidade abdominal do homem pode ocasionar o entupimento das artérias, e, consequentemente, prejudicar a livre circulação do sangue pelo corpo.

As células gordurosas produzem substâncias inflamatórias que se acumulam nos vasos sanguíneos e formam placas de gordura, que impedem a passagem de sangue.

Esse processo acaba contribuindo para que o coração não desempenhe bem seu papel e que doenças como hipertensão arterial, infarto e derrame surjam.

A trombose venosa profunda é outro grave problema de saúde que é ocasionado. Por causa dos problemas relacionados ao bombeamento de sangue e ao excesso de peso, um coágulo pode se formar em uma veia nas pernas e bloquear o fluxo sanguíneo

Ocasionalmente, esse trombo pode se desprender e o mesmo processo pode acontecer nos pulmões, o que é conhecido como embolia pulmonar. Como sintoma teremos dificuldade e dor para respirar.

A embolia pulmonar é muito grave e o paciente deve ser encaminhado para o hospital o mais rápido possível aos primeiros sintomas, se não tratada pode levar a óbito.

 

Diabetes

diabetes tipo II é um dos problemas que mais afeta homens obesos.

Com o aumento do peso, o metabolismo produz mais insulina, pois o corpo está crescendo. Em contrapartida, os tecidos ficam menos sensíveis aos efeitos da substância, causando resistência à insulina.

A gordura abdominal, além de fatores genéticos e familiares, acaba sendo o fator ainda mais agravante para a diabetes.

 

Apneia do sono

O excesso de peso também pode ocasionar graves problemas com o sono, como a apneia. Homens têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.

A obesidade faz com que os músculos da língua e dos tecidos em volta da traqueia também cresçam, comprimindo a garganta e gerando dificuldade de respiração.

Durante o sono essa situação piora, pois o corpo está relaxado e o cérebro não manda grandes estímulos para respirarmos.

A apneia do sono muitas vezes pode nem ser percebida, pois os sintomas incluem roncos e cansaço após o sono.

Outros sintomas são: dor no peito, garganta seca pela manhã, sensação de sufocamento ao acordar, irritabilidade e impotência sexual.

 

Disfunção Éretil

Dentre os problemas ocasionados pela obesidade masculina, a disfunção erétil é o que mais preocupa os homens.

Isso porque a obesidade por si só não é um fator agravante para a satisfação sexual do homem. Mas alguns fatores biológicos acabam atrapalhando na hora do desempenho sexual.

O sobrepeso masculino prejudica, principalmente, o sistema circulatório do corpo, reduzindo o fluxo de sangue que chega a região peniana. Enquanto o hormônio masculino decai, ocorre a maior produção do hormônio feminino estradiol.

Além disso, ocorre o descontrole da produção de espermatozoides e testosterona.

Assim, um homem obeso pode apresentar diminuição de libido, problemas com a ereção, dificuldade de ejacular, baixa contagem de espermatozóide no sêmen, baixo nível de testosterona e não responder prontamente aos estimulantes sexuais.

Se não bastassem todos problemas, baixa autoestima e problemas psicológicos também prejudicam a vida sexual.

 

Câncer

A obesidade aumenta a chance, em até 3 vezes, do indivíduo desenvolver alguns tipos de câncer.

Nos homens, a maior incidência de câncer ocasionado pela gordura acontece no cólon, na próstata e no fígado.

 

Tem alguns dos sintomas? Saiba o que fazer:

A obesidade masculina pode ocasionar diversas afecções, por isso é importante que o homem esteja atento a sua saúde.

A perda de peso, muitas vezes, é a melhor medida terapêutica. Para tanto, é importante manter estilo de vida saudável com exercícios físicos regulares, alimentação adequada e consultas médicas periódicas.

 

Quer saber mais sobre a obesidade? Acesse o nosso ebook:

 

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Cirurgia Bariátrica

Atividades físicas pós cirurgia: como, quando e o que fazer?

Uma das principais questões para pacientes obesos que se submeteram a cirurgia bariátrica é: quais atividades físicas pós cirurgia podem ser feitas e quando começar?

A cirurgia bariátrica é um procedimento que só pode ser realizado após a falha no tratamento clínico. Neste tratamento, o paciente deve seguir uma série de mudanças prescritas pela equipe multidisciplinar.

No caso de falha do tratamento clínico realizado por, no mínimo, 2 anos, o paciente pode se submeter à cirurgia bariátrica.

Além disso, o paciente deve possuir características específicas, como por exemplo:

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

Os principais benefícios da cirurgia advém da perda de peso. Com isso, o paciente tem o aumento da longevidade e também a melhora da qualidade de vida.

Como a obesidade pode se associar com outras doenças (as chamadas comorbidades), a cirurgia bariátrica ajuda no tratamento destas. Ela é, inclusive, indicada para pacientes com obesidade I que estejam com dificuldades de controlar o diabetes.

Com um quadro de obesidade associada às doenças, o risco da cirurgia bariátrica pode aumentar. Para evitar o agravamento dessas doenças, é necessário um acompanhamento minucioso da equipe multidisciplinar. A prática de atividades físicas no pré cirúrgico pode reduzir o risco de complicações cirúrgicas.

Nesse artigo vamos elucidar:

Atividades físicas pós cirurgia que podem ser realizadas;

Benefícios das atividades físicas pós cirurgia;

Contraindicações e recomendações das atividades.

Atividades físicas pós cirurgia

Quando é possível retornar às atividades físicas após a cirurgia? Quais atividades podem ser realizadas? A atividade física pós cirurgia diminui as chances de aumentar o peso? Quais recomendações devo seguir na realização desses exercícios?

Essas são algumas das questões que podem surgir após o procedimento cirúrgico. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Para voltar à rotina normalmente (incluindo a prática de atividades físicas) é necessário conversar com o seu médico.

Assim como no tratamento e prevenção da obesidade, a realização de exercícios físicos deverá ser acompanhada por um profissional de Educação Física, quando possível.

A realização de atividades físicas antes do procedimento cirúrgico também é uma boa prática. Ela traz diversos benefícios, como por exemplo:

melhoria da aptidão cardiorrespiratória;

facilidade na cicatrização;

favorecimento da recuperação pós-operatória;

redução do risco de complicações cirúrgicas.

No entanto, é necessário o acompanhamento da equipe multidisciplinar especializada. Algumas doenças associadas à obesidade podem exigir um acompanhamento mais próximo. Doenças cardiovasculares e osteoartrite, por exemplo, não contraindicam a prática de exercícios, mas acabam restringindo a modalidade.

atividades físicas pós cirurgia 2

Já as atividades físicas pós cirurgia recomendadas incluem práticas que não sejam de alto impacto e intensidade.  Independente da modalidade, na escolha da prática de exercícios físicos é recomendável priorizar aqueles onde haja melhor adaptação. Isso ajuda no aproveitamento do exercício e na mudança na sua rotina.

Lembre-se de descansar e evitar ultrapassar os seus limites. No caso de dor, o indicado é diminuir os exercícios, mas não deixar de fazê-los.

Confira algumas das modalidades recomendadas.

Hidroginástica

A hidroginástica é uma atividade física recomendada principalmente para quem possui problemas articulares e de coluna. É um exercício mais seguro do que modalidades de alto impacto, como por exemplo a corrida. Isso acontece porque a água atenua o impacto das reações articulares. Além disso, a água ajuda a melhorar a eficiência da prática.

Ela pode ser praticada tanto por quem já teve aulas de natação, quanto por quem não sabe nadar. Além de melhorar o condicionamento físico e cardiorrespiratório, a hidroginástica auxilia no fortalecimento da musculatura.

Caminhada

A caminhada é uma atividade física que pode ser realizada tanto no pré, quanto no pós operatório. Além disso, é uma ótima maneira de prevenção da obesidade.

Ela é extremamente recomendada por cardiologistas por ser uma atividade que ajuda a manter a saúde do coração e da mente. Um dos benefícios dessa prática é na manutenção do peso de quem realizou a cirurgia. Auxilia no fortalecimento e relaxamento da musculatura, além de promover a flexibilidade corporal.

É importante tomar alguns cuidados durante a caminhada, como por exemplo, a utilização de um vestuário leve e confortável e o consumo de água durante a prática.

Musculação leve

Essa atividade auxilia no fortalecimento da musculatura. Com isso, ajuda a proteger as articulações, diminuindo a chance de lesões. Essa atividade também é importante, já que promove o aumento metabólico em repouso. Isso é extremamente importante para a manutenção e perda de peso após a cirurgia.

De todas as atividades, a musculação é a que exige maior supervisão. Como é totalmente focada na realização sistêmica e coordenada de movimentos, ela deve ser orientada para evitar problemas na musculatura e postura corporal.

Benefícios das atividades físicas pós cirurgia

Como dito anteriormente, um dos principais benefícios da cirurgia bariátrica advém da redução do peso, visto que esse é um dos quadros de diagnóstico da obesidade. Após a realização do procedimento cirúrgico, o paciente começa a perder peso já nos primeiros meses.

No entanto, além de reduzir a gordura, o paciente também perde parte da massa muscular. Esta é extremamente essencial para vários processos importantes para a saúde, tais como:

a manutenção da boa postura corporal;

aumento da taxa metabólica basal;

regulação do sistema imunológico.

Um dos principais benefícios das atividades físicas pós cirurgia é a manutenção e melhora da composição corporal. Assim há um equilíbrio saudável entre a gordura e a massa muscular. Para que isso aconteça modalidades de exercícios que envolvam o treinamento de força, como por exemplo a musculação, são essenciais.

Outro benefício da prática de exercícios físicos é a manutenção da estabilidade do peso, fazendo com que o paciente não volte a engordar. Porém, para garantir que a realização dessas atividades traga benefícios e não danos à saúde, o paciente deve seguir as recomendações.

Para que o paciente não engorde novamente, é necessário que também altere os seus hábitos alimentares. O processo de reeducação alimentar envolve:

a redução de alimentos hipercalóricos,

diminuição ou interrupção do consumo de bebidas alcoólicas;

o tratamento de possíveis transtornos alimentares.

Além disso, o paciente deve realizar o acompanhamento pós cirurgia. Isso é feito com uma equipe multidisciplinar especializada, que inclui nutricionistas, psicólogos e médicos. Esse acompanhamento é vitalício, evitando que os resultados alcançados sejam perdidos.

Recomendações e contraindicações

Um dos principais cuidados a serem tomados é a observação do tempo de repouso prescrito pelo médico responsável. Diferentes métodos de cirurgia exigem diferentes períodos de repouso.

As cirurgias realizadas por videolaparoscopia geralmente favorecem o retorno ou o início da prática de atividades físicas após a cirurgia. Já as cirurgias “abertas” podem dificultar um pouco mais esse processo.  

Passado esse período de repouso, é necessário avaliar a modalidade esportiva que o paciente deseja iniciar. Nessa etapa, algumas questões devem ser analisadas:

A modalidade que deseja iniciar se adapta ao peso atual do paciente?

O paciente já conseguiu recuperar parte da massa muscular perdida durante a cirurgia?

O sistema cardiorrespiratório do paciente consegue se adequar às necessidades físicas da prática?

Existem lesões que comprometam a prática da atividade física?

De acordo com a análise dessas questões, a equipe especializada estará apta a recomendar modalidades que mais se adequem às necessidades do paciente. Via de regra, no entanto, as atividades de alto impacto não são recomendadas nos primeiros meses após a realização da cirurgia.

Vale lembrar que a prática de exercícios físicos é para a vida toda! As atividades físicas pós cirurgia são essenciais para a recuperação, mas o hábito de se exercitar ajuda. E muito! O corpo necessita de movimento para o bom funcionamento. A realização contínua e sistemática de atividades físicas pode dificultar o aparecimento de doenças e garantir uma vida longa e saudável.

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Obesidade

Obesidade e problemas articulares: uma associação perigosa

Você sabia que a obesidade e problemas articulares estão profundamente relacionados?

A obesidade é um fator conhecido de risco para o surgimento de diversas doenças, como, por exemplo, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus.

No entanto, o aumento de peso em indivíduos obesos acaba sobrecarregando também as articulações, principalmente dos membros inferiores.

A obesidade já atinge 1 a cada 5 brasileiros, segundo dados da pesquisa Vigitel divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde. É considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa diversos riscos à saúde.

Um dos principais problemas articulares causados pela obesidade é a osteoartrite (OA), também conhecida como desgaste articular ou artrose.

A obesidade e problemas articulares necessitam de um tratamento orientado por uma equipe de profissionais de saúde especializada. Assim é possível evitar o aparecimento de comorbidades que prejudicam ainda mais a saúde do obeso.

Neste artigo, será possível compreender:

 

Problemas articulares causados pela obesidade;

Prevenção e tratamento da obesidade e problemas articulares;

Cirurgia bariátrica para o tratamento de problemas articulares.

 

A relação entre obesidade e problemas articulares

A obesidade é uma doença crônica multifatorial, ou seja, ela possui mais de uma causa. No entanto, ela possui uma série de fatores de risco em comum, como por exemplo:

 

Sedentarismo;

Consumo de alimentos hipercalóricos;

Problemas hormonais.

 

Ela é diagnosticada em pessoas que possuem o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m². O IMC é calculado através da divisão do peso (em kg) pelo quadrado da altura (em m). Você pode fazer o seu cálculo na nossa calculadora de IMC.

Uma das consequências da obesidade é o aumento do sobrepeso nos indivíduos que possuem essa doença. Esse excesso de peso gera diversas modificações corporais, como, por exemplo, a sobrecarga nos membros inferiores.

 

Artrose

Essa é uma das principais causas da artrose, um dos mais conhecidos problemas articulares causados pela obesidade. A sobrecarga nos membros inferiores leva à redução da absorção de impacto e maior pressão na cartilagem articular, gerando danos nas articulações.

A artrose se origina por conta da insuficiência da cartilagem. É uma doença que atinge principalmente a população idosa, em especial as mulheres. Isso acontece por conta das alterações hormonais que ocorrem com o avançar da idade.

Ela é uma doença crônica, ou seja, não possui cura. Segundo dados do Ministério da Saúde, a artrose é responsável por quase 8% dos afastamentos do trabalho.

A obesidade e problemas articulares como a artrose afetam, principalmente, as articulações do quadril e do joelho. Com isso, os indivíduos obesos podem enfrentar problemas para se locomover. Além disso, gera dificuldades para a prática de exercícios físicos e atividades do dia a dia.

 

Artrite

Outro problema articular que pode ser agravado com a obesidade é a artrite. Nesse caso, especificamente, a artrite reumatoide. Assim como a obesidade e a artrose, a artrite reumatoide é uma doença crônica.

Ela é uma patologia inflamatória autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca os tecidos do corpo, incluindo as articulações. Ela causa inchaços dolorosos, que podem levar ao desgaste dos ossos e deformidade nas articulações.

Um estudo da publicação da American College of Rheumatology, a Arthritis Care & Research, relacionou a obesidade com o agravamento da artrite reumatoide. Além de agravar a doença, a obesidade dificulta o seu tratamento.

 

Tratamento combinado de obesidade e problemas articulares

O tratamento da obesidade e problemas articulares começa pela redução do peso. Esse tratamento deve ser orientado por uma equipe ou um profissional da saúde especializado.

O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

Além de provocar o aumento do peso, a falta de exercícios físicos pode levar à atrofia muscular e rigidez, acelerando o desgaste articular.

 

obesidade e problemas articulares
O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

 

A redução de peso ajuda a diminuir a dor causada pelos problemas articulares e evitar o deterioramento do quadro geral do paciente.  

No tratamento combinado, o retorno à prática de exercícios físicos é supervisionado por um profissional especializado. Ele será responsável pela elaboração de um programa de atividades adaptado às limitações do paciente.

Exercícios de alto impacto, como por exemplo a corrida, devem ser evitados. O mais recomendado é a prática de exercícios físicos de baixo impacto, como a hidroginástica. A fisioterapia é extremamente recomendável para os pacientes que sofrem com obesidade e problemas articulares.

O tratamento também inclui a reeducação alimentar, orientada por um nutricionista. Pessoas obesas devem evitar a adesão à dietas restritivas da moda, que podem causar danos ao organismo. Além disso, já foi comprovado por um estudo francês que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo, causando o temido efeito sanfona.

 

Cirurgia bariátrica e problemas articulares

A cirurgia bariátrica também é uma opção de tratamento, tanto para a obesidade, como para os problemas articulares.

O Conselho Federal de Medicina alterou, em 2016, a lista de comorbidades (doenças associadas à obesidade) que poderiam ser tratadas com a cirurgia bariátrica. A Resolução nº 2.131/15 especifica uma lista com 21 doenças, dentre elas a osteoartrite (artrose).

A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas que apresentaram falha no tratamento clínico realizado durante, pelo menos, um ano.

Além disso, o paciente que deseja realizar a cirurgia bariátrica deve:

 

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

 

Esse procedimento diminui o excesso de peso, fator de risco para a obesidade e problemas articulares. Possui diversos tipos de procedimentos distintos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) o risco de morte é extremamente baixo: 0,2% de óbitos.

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Cirurgia Bariátrica

O que você precisa entender sobre obesidade e cirurgia bariátrica

A obesidade e cirurgia bariátrica podem ser entendidas como dois lados opostos: a obesidade é a doença, enquanto a cirurgia bariátrica é um dos tratamentos.

Essa doença foi classificada como uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1977. No Brasil, 53,7% dos beneficiários dos planos de saúde são obesos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

A obesidade é uma doença de caráter multifatorial. Ou seja: ela possui múltiplas causas. A prevenção da obesidade inclui a mudança de hábitos e controle dessas causas.

Primeiramente é necessário iniciar o tratamento clínico, onde o paciente deve seguir uma série de mudanças prescritas pelo médico especializado.

No caso de falha do tratamento clínico realizado por, no mínimo, 2 anos, o paciente pode se submeter ao procedimento cirúrgico: a cirurgia bariátrica.

Nesse texto vamos mostrar a relação da obesidade e cirurgia bariátrica, além de explicar:

 

as indicações da cirurgia bariátrica;

os benefícios desse procedimento cirúrgico;

os principais tipos de cirurgia bariátrica;

os riscos desse procedimento.

 

Obesidade e cirurgia bariátrica: doença e tratamento

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O fato de ser uma doença crônica indica que ela não possui cura. Pode ser controlada, mas não é curada.

O diagnóstico da obesidade é realizado por um médico especializado através, principalmente, do cálculo do IMC (calcule através da nossa calculadora de IMC).

O Índice de Massa Corporal é calculado através da divisão do Peso (kg) pela altura (m) ao quadrado. De acordo com os valores resultantes, é possível identificar se o indivíduo está no peso ideal.

A obesidade é diagnosticada em pessoas que possuem o IMC acima ou igual à 30 kg/m², no quadro conhecido como obesidade tipo I.

Quando a pessoa se encontra na faixa dos 25 a 29,9 kg/m² do IMC ela é diagnosticada com sobrepeso. Esse é um sinal de alerta, já que esse é um quadro de pré-obesidade.

A obesidade é um fator de risco para uma série de outras doenças relacionadas, as chamadas comorbidades, como por exemplo:

 

diabetes mellitus;

hipertensão arterial;

problemas articulares;

câncer;

apneia do sono;

alterações do colesterol e triglicérides;

gordura no fígado. 

 

Depois do diagnóstico e avaliação de um médico especializado, inicia-se o tratamento clínico. O tratamento clínico pode ser realizado por um médico ou uma equipe multidisciplinar.

Nesse tratamento, o médico ou equipe podem prescrever um processo de reeducação alimentar, a prática de atividades e exercícios físicos e/ou o uso de medicamentos.

No entanto, é válido lembrar que o uso de medicamentos deve sempre ser prescrito por um profissional de saúde especializado.

 

Indicações da cirurgia bariátrica

O tratamento cirúrgico só é indicado em situações específicas ou para pacientes que possuam um quadro clínico que atenda às características.

No caso da cirurgia bariátrica, por exemplo. É um tratamento cirúrgico indicado somente quando o paciente apresenta falha no tratamento clínico realizado.

Além disso, vale destacar que o paciente possuir características que se adequem às exigências da cirurgia, tais como:

 

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

 

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Benefícios e riscos da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico destinado a tratar os diferentes casos de obesidade e as doenças associadas ao excesso de peso.

Os principais benefícios deste procedimento cirúrgico advém da perda de peso. Com isso, há o aumento da longevidade e a elevação da qualidade de vida.

Sabe-se que o aumento de peso é um dos principais riscos para a obesidade. Em indivíduos onde o IMC esteja acima de 25 kg/m² já é necessário estar alerta para o risco de obesidade.

Além de ajudar na redução do peso, a cirurgia bariátrica é eficaz na melhora do quadro de doenças associadas à obesidade. A cirurgia, inclusive, é indicada para pacientes com obesidade grau I com dificuldades de controlar o diabetes.

Sabe-se também que a obesidade é uma doença que afeta, sobretudo, a autoestima. Por isso a cirurgia bariátrica pode ajudar com problemas nesse sentido, além de diminuir o risco de depressão.

Os riscos da cirurgia bariátrica estão intimamente associados com o número e o estado das comorbidades. Para evitar que essas doenças venham a se agravar, é necessário um acompanhamento minucioso da equipe multidisciplinar.

A incidência de complicações da cirurgia é muito baixa, mas deve ser realizada por equipe especializada a fim de reduzir tais problemas:

 

Sangramento interno;

Embolia pulmonar;

Infecções

Fístulas na linha de grampeamento da região operada.

 

Nesses casos, pode ser necessário a realização de uma nova operação para corrigir os problemas advindos do procedimento.

No entanto, a cirurgia bariátrica é um procedimento extremamente seguro. Os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) mostram que os riscos de morte são extremamente baixos: 0,2% de óbitos. É o mesmo risco de uma cirurgia de vesícula.

 

Tipos de cirurgias

As cirurgias bariátricas são divididas pelo mecanismo de funcionamento. Existem três tipos de procedimentos básicos:

 

Restritivas;

Disabsortivas;

Técnicas mistas.

 

Essas três cirurgias podem ser realizadas através de cinco principais técnicas:

 

Abordagem aberta;

Videolaparoscopia;

Robótica;

Procedimento endoscópico.

 

Vamos conhecer as principais características de cada uma delas.

 

obesidade e cirurgia bariátrica: tipos de cirurgia
Cada tipo de cirurgia bariátrica traz alterações e consequências diferentes para o corpo de quem realiza o procedimento.

Restritivas

Na cirurgia bariátrica com procedimentos restritivos há uma redução da quantidade de alimentos que o estômago absorve. Esse tipo de procedimento leva à restrição da ingestão de alimentos e ao aumento da saciedade.

Elas podem ser estritamente restritivas ou restritivas e metabólicas. As estritamente restritivas não levam à alteração da fome do paciente, enquanto as restritivas e metabólicas reduzem a fome e levam à saciedade.

 

Disabsortivas

Essas cirurgias influenciam diretamente no tamanho do estômago e, consequentemente, a sua capacidade de receber alimentos.

Assim como as restritivas, esses procedimentos podem ser classificados em dois tipos. Podem ser puramente intestinais, não alterando o tamanho do estômago. Também podem acrescentar uma parte metabólica, deixando de ser puramente disabsortivas.

Conhecidas como cirurgias de bypass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal, elas induzem ao emagrecimento pela redução da absorção dos alimentos.

No entanto, nesse tipo de cirurgia o paciente deve controlar a ingestão de micronutrientes (vitaminas).

 

Técnicas mistas

Essas são as cirurgias mais indicadas e mais realizadas no mundo todo. Tem uma série de benefícios para o paciente, tais como:

 

controle das doenças associadas extremamente eficaz;

boa manutenção do peso perdido a longo prazo;

melhores níveis de satisfação.

 

Conhecidas como cirurgia de bypass gástrico ou fobi-capella, elas causam restrição na capacidade de receber o alimento pelo estômago. Isso acontece por conta de um desvio curto do intestino.

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Obesidade e hipertensão arterial: qual a associação dessas doenças?

A obesidade e hipertensão arterial são doenças crônicas que estão profundamente ligadas uma à outra. Ambas possuem causas em comum, como o aumento da gordura corporal causados pela má alimentação e sedentarismo, por exemplo.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), também conhecida como pressão alta ou pressão arterial elevada, é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão do sangue contra as paredes das artérias.

A hipertensão arterial atinge 1 a cada 4 brasileiros segundo a pesquisa Vigitel divulgada em 2016 pelo Ministério da Saúde. Já a obesidade atinge 1 a cada 5 brasileiros segundo a mesma pesquisa, dessa vez divulgada em 2017.

Assim como a obesidade e diabetes, a hipertensão arterial é uma doença multifatorial com causas em comum. Isso significa que existem diversas causas para essas doenças.

A obesidade e hipertensão arterial são doenças crônicas. Ou seja, são doenças que podem durar anos ou mesmo a vida toda, caso não sejam tratadas.

Nesse artigo, você vai entender:

 

O que é hipertensão arterial;

Tipos de hipertensão;

As causas em comum da obesidade e hipertensão arterial;

Prevenção e tratamento da hipertensão arterial;

A relação entre cirurgia bariátrica e hipertensão arterial.

 

O que é a hipertensão arterial?

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica causada pelo aumento da pressão arterial.

A pressão arterial, como o nome indica, é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Ela acontece como consequência do volume de sangue ejetado pelo coração e da resistência vascular.

Os valores de referência de pressão arterial do Joint National Comitee (EUA) estabelecem que a pressão ótima é de 120 x 80 mmHg (12×8 no Brasil). Valores acima de 140 x 90 mmHg (14×9) são considerados como pressão arterial, que pode ser classificada em:

 

Estágio leve – valores a partir de 140 x 90 mmHg (14×9);

Estágio moderado – valores entre 160 x 100 mmHg (16×10) e 179 x 109 mmHg;

Estágio grave – acima de 180 x 110 mmHg (18×11).

 

Para evitar o risco de adquirir pressão alta, o recomendável é aferir a pressão arterial frequentemente através do e um aparelho próprio para issomedidor de pressão. .

Caso não seja controlada, a hipertensão arterial pode causar diversos danos ao organismo, tais como:

 

Insuficiência cardíaca;

Acidente vascular cerebral (AVC);

Infarto;

Insuficiência renal.

 

Causas

A obesidade e hipertensão arterial possuem uma característica em comum: ambas são doenças multifatoriais. Isso significa que existem diversas causas para o aparecimento dessas patologias.

Existem fatores de risco que não podem ser controlados que são fatores de risco para a pressão alta, como a idade, que leva ao aumento da pressão arterial, e  e predisposição genética, influenciada por um histórico familiar de hipertensão arterial.

No entanto, fatores como o sedentarismo e o consumo excessivo de sal e álcool podem ser controlados e evitados para garantir que essa doença não seja adquirida.

 

Relação entre obesidade e hipertensão arterial

A obesidade e a hipertensão arterial são patologias que estão profundamente ligadas. Elas possuem fatores de risco em comum, como o sedentarismo e o consumo de alimentos hipercalóricos (principalmente ricos em sódio, no caso da pressão alta).

Além disso, a própria obesidade é um fator de risco para a hipertensão arterial. Isso acontece porque o excesso de massa corporal é responsável por 20 a 30% dos casos de pressão alta.

Outro fator que aumenta o risco de pressão alta, são as modificações hormonais causadas pela obesidade. O aumento da insulina e a maior retenção de sódio pelos rins podem levar ao aumento da pressão arterial e, consequentemente, à hipertensão arterial.

A obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), determinado através da divisão do peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em m). Valores acima de 30 kg/m² já são considerados obesidade grau I.

No entanto, a obesidade também pode ser melhor avaliada com o auxílio de outras formas de diagnóstico, como as medidas de circunferência da cintura.

Em relação à hipertensão arterial, valores acima de 80 cm para mulheres e 94 cm para homens indicam aumento do risco da hipertensão arterial.

 

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Prevenção

Já que são doenças associadas, a prevenção da obesidade e hipertensão arterial é bem parecida.

É importante que os pacientes hipertensos e obesos tenham uma alimentação saudável e equilibrada, buscando, principalmente, reduzir o consumo de alimentos ricos em sódio.

A prescrição de dietas específicas deve SEMPRE ser realizada por um profissional da saúde especializado.

A adesão à dietas restritivas da moda pode prejudicar a saúde, principalmente quando essas duas doenças estão associadas. Ademais, essas dietas podem levar ao temido efeito sanfona.

Essa perda e ganho de peso desregulados podem deixar o metabolismo mais lento e favorecer o acúmulo de gordura corporal, fator de risco para ambas as doenças.

A prática de atividades e exercícios físicos também é uma forma de prevenção dessas patologias.

No entanto, essa prática deve ser prescrita por um médico especializado e acompanhada por um profissional de Educação Física para evitar riscos à saúde.

O controle frequente do peso e consultas regulares com um profissional da saúde também são recomendadas para prevenir a obesidade e hipertensão arterial.

No caso da hipertensão arterial, a pressão deve ser aferida frequentemente.

 

Tratamento

 

O tratamento da hipertensão arterial busca, primeiramente, reduzir a patologia através da adesão a hábitos de vida mais saudáveis com o acompanhamento de um médico especializado.

Nesse primeiro momento, as formas de prevenção e tratamento são bem parecidas. O paciente hipertenso deve:

 

Controlar o peso, mantendo-o numa faixa adequada às suas características;

Mudar os hábitos alimentares, buscando uma alimentação mais saudável;

Reduzir o consumo de sal, bebidas alcoólicas e cigarros;

Praticar atividades físicas sob a orientação de um profissional de Educação Física;

Evitar o estresse.

Caso a mudança dos hábitos não resulte em redução da pressão arterial nos pacientes com hipertensão arterial em estágio leve (fase I) ou imediatamente após o diagnóstico de pacientes hipertensos nos estágios moderado (fase II) ou grave (fase III), os médicos podem iniciar o tratamento medicamentoso.

Já que essa é uma doença que também é um fator de risco para a hipertensão arterial, o tratamento da obesidade acaba por fazer parte do tratamento da pressão alta.

 

Cirurgia bariátrica e hipertensão arterial

Em pacientes que possuem essas duas doenças associadas, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção de controle das comorbidades.

A cirurgia bariátrica pode resultar na remissão de 60% dos casos de pressão alta em pacientes com obesidade, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

cirurgia bariátrica ajuda na redução do peso, um dos principais fatores de risco tanto da obesidade e hipertensão arterial. Além disso, ela ajuda no controle de ambas as doenças.

No entanto, esse procedimento cirúrgico segue uma série de critérios específicos de recomendações. Não são todos os pacientes que podem se submeter à cirurgia.

Ela é recomendada para pacientes a partir de 16 anos que possuem o Índice de Massa Corporal, o chamado IMC:

 

acima de 40 kg/m², com ou sem doenças associadas, como diabetes, hipertensão;

entre 35 e 40 kg/m², com doenças associadas;

entre 30-35, com diabetes de difícil controle.


É preciso também que o paciente tenha tentado emagrecer sem sucesso por dois anos, em média, com dieta, exercícios físicos e medicamentos (tratamento clínico).

Nessas próprias recomendações, é possível perceber que a cirurgia bariátrica é uma forma de tratamento eficaz para a obesidade e hipertensão arterial.

 

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Obesidade

Entenda a relação entre obesidade e diabetes

Diabetes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o termo diabetes mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica de várias causas.

O diabetes é caracterizado por uma hiperglicemia crônica (ou seja, o aumento da glicose no sangue) com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.

Isso é resultado de deficiências na secreção ou ação da insulina, ou ambas as alterações.

 

Causas e consequências

Em primeiro lugar, o que é diabetes?

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Do mesmo modo, quando o corpo não pode utilizar eficazmente a insulina que produz (resistência à insulina), é possível que essa doença ocorra.

A saber que a insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue.

Já a hiperglicemia é um efeito comum da diabetes não controlada. Ao longo do tempo, leva sérios danos a muitos dos sistemas do corpo, especialmente o sistema nervoso e vasos sanguíneos.

 

obesidade e diabetes
O acúmulo de gordura no abdômen (obesidade visceral/central) é um dos principais riscos para o surgimento de diabetes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes baseia-se nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. Ou ainda, através da hemoglobina glicada.

 

Obesidade

obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo.

Nos últimos anos tem sido verificada transição nutricional, caracterizada pela redução do número de casos de desnutrição e o aumento significativo de sobrepeso e obesidade.

Esse fenômeno vem sendo observado não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes.

O sobrepeso e a obesidade vem preocupando autoridade em saúde público. Isso acontece, principalmente, por conta da associação dessas alterações do corpo com outras doenças relacionadas, conhecidas como comorbidades.

Algumas dessas comorbidades são:

 

hipertensão arterial,
elevação de colesterol,
doenças coronarianas,
diabetes mellitus.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado (Você pode através da nossa calculadora de IMC).

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Relação entre obesidade e diabetes

A obesidade e diabetes possuem uma relação próxima. A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Isso acontece principalmente com a obesidade visceral/central, na qual há maior acúmulo de gordura no abdômen.

Estresse, hábitos alimentares não saudáveis e vida sedentária são as principais causas de incidência do diabetes.

Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver diabetes três vezes superior ao de pessoas com peso normal.

Tratamento do diabetes tipo 2

Obesidade e diabetes são doenças crônicas. Portanto, não existe cura, mas sim controle.

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida como, por exemplo:

 

reeducação alimentar;
atividade física;
terapia medicamentosa, com hipoglicemiantes orais ou até mesmo insulina;
perda de peso, sendo essa a principal forma de controle da doença.

 

Curiosidade

Atualmente, o Conselho Federal de Medicina reconhece a Cirurgia Metabólica para tratamento de pacientes com Diabetes tipo 2 resistentes ao tratamento clínico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução número 2.172 em dezembro de 2017. Ela trouxe novas regras e ampliou a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes.

Cirurgia Metabólica, então, poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que atendam às características:

possuam diabetes mellitus Tipo 2,
IMC entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m²,
sem resposta ao tratamento clínico,
com idade entre 30 a 70 anos,
com menos de 10 anos de diagnóstico de diabetes.

 

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Tratamento da obesidade: conheça cada uma das etapas

O tratamento da obesidade depende de vários fatores. Por exemplo: o grau da doença e a presença ou não de patologias relacionadas (comorbidades).

Deve-se levar em conta que a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, possui várias causas. Então o tratamento busca controlar esses diferentes fatores.

Não é um processo fácil e, em hipótese alguma, o tratamento deve ser iniciado sem a avaliação e orientação de um profissional de saúde especializado.

O tratamento visa garantir mais do que a perda de peso. Concomitantemente é necessário a mudança dos hábitos para que a pessoa retorne à condição de saúde ideal.

Hábitos como o controle de peso frequente e a prática de atividade e exercícios físicos ajudam a prevenir essa doença que afeta 1 a cada 5 brasileiros.

Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito levando em conta o IMC – Índice de Massa Corporal. Esse índice é calculado através da divisão do peso pela altura ao quadrado.

Depois do diagnóstico, tem início o tratamento, que pode passar por diversas etapas. Vamos falar um pouco mais sobre cada uma delas.

 

Como é o tratamento da obesidade

Tratamento inicial

O tratamento inicial começa logo após o diagnóstico, sob a orientação de um profissional da saúde especializado ou uma equipe multidisciplinar.

 

Reeducação alimentar

É necessário distinguir a dieta da reeducação alimentar: apesar de ambas terem como objetivo a redução do acúmulo de gordura, a primeira tem um prazo de validade determinado, a segunda visa o processo de (re)aprendizado para se alimentar melhor ao longo de toda a vida.

Geralmente vendidas como “milagrosas”, as dietas da moda podem causar danos ao organismo, além de nem sempre serem realmente eficazes.

O processo de reeducação alimentar é trabalhoso, mas garante melhores resultados.

A relação com a comida é permeada por alguns fatores de risco para muitas pessoas que sofrem com a obesidade. Para aliviar a ansiedade, o estresse ou até mesmo a depressão, muitas pessoas podem se alimentar em excesso ou de maneira errada.

O processo de reeducação alimentar realiza o diagnóstico desses gatilhos e tenta criar uma percepção de como contorná-los.

Consiste no aprendizado de quais alimentos fazem bem para o corpo e quais devem ser evitados. Nada de restrição de nutrientes, privação de comida ou coisas do tipo. A chave é o equilíbrio.

 

Uso de medicamentos

O tratamento da obesidade com o uso de medicamentos só é realizado quando a pessoa atende alguns critérios específicos, como:

a dificuldade de redução de peso, mesmo com a mudança de hábitos;
necessidade de tratamento de comportamentos alimentares;
presença de doenças associadas que dificultam a perda de peso.

Obviamente, o uso de medicamentos deverá sempre ser prescrito por um profissional da saúde especializado.

 

Tratamento cirúrgico

A Cirurgia Bariátrica e Metabólica é indicada quando o paciente apresenta falha ao tratamento clínico após dois anos com acompanhamento profissional.

Em indivíduos com IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave) com ou sem doenças associadas e IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com doenças associadas.

Pacientes com IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) que tenham sido diagnosticados com diabetes e apresentaram grande dificuldade de controlá-la também podem realizar a cirurgia bariátrica.

 

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Existem diferentes técnicas de cirurgia bariátrica indicadas de acordo com a individualidade de cada paciente.

Para concluir: por ser uma doença multifatorial, o tratamento da obesidade é multidisciplinar. A cirurgia é indicada após a falha ao tratamento clínico de acordo com o grau de obesidade e as comorbidades, com indicação precisa e individualizada.

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5 hábitos para prevenir a obesidade

2020 chegou e que tal começar novo ano com o pé direito? Existem simples hábitos para prevenir a obesidade que você pode começar a aplicar agora mesmo!

Já que é uma doença multifatorial, os métodos de prevenir a obesidade incluem uma série de fatores. Por exemplo: a genética. Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados.

No entanto, a genética é uma causa que não pode ser controlada. Mas existem fatores que podem ser administrados, como por exemplo, a ingestão de alimentos hipercalóricos.

É importante tomar os devidos cuidados para evitar o acúmulo excessivo de gordura. Já que esse é um fator de risco para outras doenças, o cuidado deve ser redobrado.

Para garantir uma vida saudável, prevenir a obesidade e, consequentemente, diminuir os riscos de doenças, é necessária a mudança de hábitos.

Embora o acúmulo de gordura seja um fator presente em todas as pessoas que possuam obesidade, o diagnóstico da doença não é meramente “visual”.

Para saber se você está acima ou não do peso ideal, um primeiro passo é calcular o IMC – Índice de Massa Corporal. Através do cálculo desse índice, é possível avaliar a sua faixa de peso.

Contudo, a melhor forma de saber é através do diagnóstico de um profissional da saúde especializado!

 

Como prevenir a obesidade?

1. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada

 

A alimentação desequilibrada, rica em alimentos hipercalóricos, é um dos principais fatores que levam uma pessoa a engordar.

Por outro lado, uma alimentação saudável e equilibrada garante diversos benefícios, tais como:

Aumento da imunidade;
Redução do risco de doenças (neste caso, ajudando a prevenir a obesidade, por exemplo);
Melhora da recuperação das patologias;
Ampliação da expectativa de vida.

O Ministério da Saúde reforça que a alimentação saudável precisa ser balanceada. Em outras palavras, é preciso priorizar o consumo de nutrientes diversificados.

No Guia Alimentar, que o Ministério da Saúde divulgou foram estabelecidos 10 passos para uma alimentação mais saudável. Dentre os passos, podemos destacar a limitação de alimentos processados e ultraprocessados e priorizar o consumo de alimentos in natura.

Para garantir uma dieta ainda mais adaptada às suas necessidades personalizadas, o ideal é contratar um profissional especializado.

Caso esteja lutando contra a balança, vale lembrar de evitar a adesão às dietas restritivas da moda. Na maioria das vezes, essas dietas não duram muito, não é mesmo?

Um estudo francês demonstrou que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo. Os resultados garantem satisfação no começo, mas logo o peso retorna, causando prejuízos à saúde.

Essa perda e ganho de peso repentinos podem deixar o seu metabolismo mais lento e dificultar a sua perda de peso a longo prazo, favorecendo a obesidade.

 

prevenir a obesidade
Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais. Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

 

2. Pratique atividades e exercícios físicos

 

Sim, nós estamos cientes de que você logicamente sabe que a prática regular de exercícios físicos é essencial para prevenir a obesidade.

Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais.

Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

Antes de iniciar qualquer exercício físico é importante consultar um médico para verificar se existe algum risco à saúde com essa mudança da rotina.

Dependendo do peso, o corpo pode sofrer muito mais os impactos dos exercícios. Se existirem doenças associadas ao ganho de peso, os riscos são ainda maiores.

Com o check-up realizado, é altamente recomendável que você inicie a prática de exercícios físicos sob a supervisão de um profissional de Educação Física especializado.

Ele será responsável por orientar e acompanhar a realização dos exercícios, garantindo que você consiga realizá-los sem prejudicar a sua saúde.

Essa pode parecer uma recomendação boba, mas uma roupa adequada facilita e ajuda na execução dos exercícios. Uma roupa inadequada pode prejudicar o seu desempenho.

As melhores vestimentas para a execução dos exercícios físicos são roupas leves, com tecidos flexíveis para não atrapalhar os movimentos e de preferência impermeáveis, para diminuir a transpiração e, consequentemente, o desconforto.

 

3. Procurar um profissional de saúde regularmente

 

Falamos sobre a importância de realizar um check-up antes de iniciar a prática de exercícios físicos e para estabelecer uma dieta saudável e equilibrada.

No entanto, para prevenir a obesidade e o aparecimento de outras doenças, o mais indicado é fazer o check-up regularmente, independentemente da idade.

Por exemplo: as crianças devem se consultar pelo menos uma vez ao ano com o pediatra e as adolescentes devem ir ao ginecologista a partir da puberdade.

As consultas preventivas são ainda mais indicadas para quem possui histórico familiar de doenças ou que já foram diagnosticados com doenças crônicas. Nesse caso, os exames devem ser realizados ao menos de 6 em 6 meses.

Existem dois tipos de check-up, de acordo com os objetivos específicos da análise:

Check-up executivo: nesse tipo de consulta preventiva, são realizados diversos exames e consultas de diferentes especialidades em um mesmo dia;
Check-up individualizado: já nesse check-up, o profissional da saúde especializado solicita os exames relacionados às características do indivíduo.

Geralmente durante essas consultas preventivas são solicitados exames como o eletrocardiograma e análise de fezes, urina e/ou sangue. Eles dão informações sobre o funcionamento dos órgãos e sistemas e ajudam a verificar a existência de parasitas ou vírus.

 

como prevenir a obesidade pesando na balança
Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

 

4 – Controle o seu peso frequentemente

 

O peso é um dos principais fatores que indicam se a sua saúde está em dia. Um dos índices mais utilizados para saber o peso ideal é o IMC – Índice de Massa Corporal.

Esse índice é calculado através da divisão do peso, em quilogramas, pela altura, em metros, ao quadrado (p x a²). Dependendo do resultado, é possível verificar se a pessoa está abaixo do peso, no peso ideal ou acima do peso.

ebook o guia completo do imc - como prevenir a obesidade (clique para baixar)

Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

O ideal é utilizar uma balança aferida pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. O selo do INMETRO indica que o equipamento é controlado.

 

5 – Prestar atenção às horas de sono

 

Sim, pode acreditar: dormir pouco faz com que o seu corpo consuma menos calorias. Essa é uma conclusão de um estudo de uma universidade da Alemanha.

Além de fazer com que o corpo consuma menos calorias, poucas horas de sono fazem com que, a longo prazo, o nosso corpo diminua a capacidade de queimar calorias.

O estudo mostra que noites mal dormidas podem aumentar a fome e o cansaço, além de fazer com que a pessoa gaste menos energia durante o repouso.

Uma boa noite de sono ajuda a diminuir o grelina, hormônio responsável por aumentar a fome e aumenta a produção de leptina, hormônio responsável por aumentar a nossa saciedade.

Ainda: o sono ajuda a diminuir problemas advindos de uma rotina muito corrida, tais como o stress, enxaqueca, ansiedade, dentre outros.

 

Cuidado com os excessos!

Contudo, o excesso também é prejudicial. Uma pesquisa desenvolvida em Québec demonstrou que pessoas que dormem mais de 8 horas têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.

Essa mesma pesquisa trouxe evidências de que dormir muito pode aumentar o sobrepeso. Mesmo controlando a alimentação e realizando exercícios, pessoas que dormiram de nove a dez horas por noite tinham 25% a mais de chance de engordar 5 quilos.

O ideal de horas que você precisa dormir para um desenvolvimento e uma manutenção saudável do seu organismo depende muito da sua idade. Especialistas de um instituto de pesquisa dos Estados Unidos definiram o seguinte número de horas:

Recém nascidos (0 a 3 meses): de 14 a 17 horas por dia, sem passar de 18 horas;
Bebês (4 a 11 meses): entre 12 e 15 horas, sem ultrapassar 16 ou 18 horas;
Crianças de 1 a 2 anos: entre 11 e 14 horas. Não é recomendável dormir mais de 15 ou 16 horas;
Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos): 10 a 13 horas, sem ultrapassar 12 horas de sono;
Adolescentes (14 a 17 anos): devem dormir cerca de 10 horas por dia;
Jovens adultos (18 a 25 anos): 7 a 9 horas por dia, buscando não dormir menos que 6 e mais que 10 ou 11 horas;
Adultos (26 a 64 anos): nessa faixa de idade, o ideal é dormir entre 7 a 9 horas;
Idosos (65 anos ou mais): recomendável dormir de 7 a 8 horas por dia.

Dessa maneira, a atenção às horas de sono é importante para você prevenir a obesidade!

Atualizado em janeiro de 2020