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Cirurgia Bariátrica

Atividades físicas pós cirurgia: como, quando e o que fazer?

Uma das principais questões para pacientes obesos que se submeteram a cirurgia bariátrica é: quais atividades físicas pós cirurgia podem ser feitas e quando começar?

A cirurgia bariátrica é um procedimento que só pode ser realizado após a falha no tratamento clínico. Neste tratamento, o paciente deve seguir uma série de mudanças prescritas pela equipe multidisciplinar.

No caso de falha do tratamento clínico realizado por, no mínimo, 2 anos, o paciente pode se submeter à cirurgia bariátrica.

Além disso, o paciente deve possuir características específicas, como por exemplo:

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

Os principais benefícios da cirurgia advém da perda de peso. Com isso, o paciente tem o aumento da longevidade e também a melhora da qualidade de vida.

Como a obesidade pode se associar com outras doenças (as chamadas comorbidades), a cirurgia bariátrica ajuda no tratamento destas. Ela é, inclusive, indicada para pacientes com obesidade I que estejam com dificuldades de controlar o diabetes.

Com um quadro de obesidade associada às doenças, o risco da cirurgia bariátrica pode aumentar. Para evitar o agravamento dessas doenças, é necessário um acompanhamento minucioso da equipe multidisciplinar. A prática de atividades físicas no pré cirúrgico pode reduzir o risco de complicações cirúrgicas.

Nesse artigo vamos elucidar:

Atividades físicas pós cirurgia que podem ser realizadas;

Benefícios das atividades físicas pós cirurgia;

Contraindicações e recomendações das atividades.

Atividades físicas pós cirurgia

Quando é possível retornar às atividades físicas após a cirurgia? Quais atividades podem ser realizadas? A atividade física pós cirurgia diminui as chances de aumentar o peso? Quais recomendações devo seguir na realização desses exercícios?

Essas são algumas das questões que podem surgir após o procedimento cirúrgico. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Para voltar à rotina normalmente (incluindo a prática de atividades físicas) é necessário conversar com o seu médico.

Assim como no tratamento e prevenção da obesidade, a realização de exercícios físicos deverá ser acompanhada por um profissional de Educação Física, quando possível.

A realização de atividades físicas antes do procedimento cirúrgico também é uma boa prática. Ela traz diversos benefícios, como por exemplo:

melhoria da aptidão cardiorrespiratória;

facilidade na cicatrização;

favorecimento da recuperação pós-operatória;

redução do risco de complicações cirúrgicas.

No entanto, é necessário o acompanhamento da equipe multidisciplinar especializada. Algumas doenças associadas à obesidade podem exigir um acompanhamento mais próximo. Doenças cardiovasculares e osteoartrite, por exemplo, não contraindicam a prática de exercícios, mas acabam restringindo a modalidade.

atividades físicas pós cirurgia 2

Já as atividades físicas pós cirurgia recomendadas incluem práticas que não sejam de alto impacto e intensidade.  Independente da modalidade, na escolha da prática de exercícios físicos é recomendável priorizar aqueles onde haja melhor adaptação. Isso ajuda no aproveitamento do exercício e na mudança na sua rotina.

Lembre-se de descansar e evitar ultrapassar os seus limites. No caso de dor, o indicado é diminuir os exercícios, mas não deixar de fazê-los.

Confira algumas das modalidades recomendadas.

Hidroginástica

A hidroginástica é uma atividade física recomendada principalmente para quem possui problemas articulares e de coluna. É um exercício mais seguro do que modalidades de alto impacto, como por exemplo a corrida. Isso acontece porque a água atenua o impacto das reações articulares. Além disso, a água ajuda a melhorar a eficiência da prática.

Ela pode ser praticada tanto por quem já teve aulas de natação, quanto por quem não sabe nadar. Além de melhorar o condicionamento físico e cardiorrespiratório, a hidroginástica auxilia no fortalecimento da musculatura.

Caminhada

A caminhada é uma atividade física que pode ser realizada tanto no pré, quanto no pós operatório. Além disso, é uma ótima maneira de prevenção da obesidade.

Ela é extremamente recomendada por cardiologistas por ser uma atividade que ajuda a manter a saúde do coração e da mente. Um dos benefícios dessa prática é na manutenção do peso de quem realizou a cirurgia. Auxilia no fortalecimento e relaxamento da musculatura, além de promover a flexibilidade corporal.

É importante tomar alguns cuidados durante a caminhada, como por exemplo, a utilização de um vestuário leve e confortável e o consumo de água durante a prática.

Musculação leve

Essa atividade auxilia no fortalecimento da musculatura. Com isso, ajuda a proteger as articulações, diminuindo a chance de lesões. Essa atividade também é importante, já que promove o aumento metabólico em repouso. Isso é extremamente importante para a manutenção e perda de peso após a cirurgia.

De todas as atividades, a musculação é a que exige maior supervisão. Como é totalmente focada na realização sistêmica e coordenada de movimentos, ela deve ser orientada para evitar problemas na musculatura e postura corporal.

Benefícios das atividades físicas pós cirurgia

Como dito anteriormente, um dos principais benefícios da cirurgia bariátrica advém da redução do peso, visto que esse é um dos quadros de diagnóstico da obesidade. Após a realização do procedimento cirúrgico, o paciente começa a perder peso já nos primeiros meses.

No entanto, além de reduzir a gordura, o paciente também perde parte da massa muscular. Esta é extremamente essencial para vários processos importantes para a saúde, tais como:

a manutenção da boa postura corporal;

aumento da taxa metabólica basal;

regulação do sistema imunológico.

Um dos principais benefícios das atividades físicas pós cirurgia é a manutenção e melhora da composição corporal. Assim há um equilíbrio saudável entre a gordura e a massa muscular. Para que isso aconteça modalidades de exercícios que envolvam o treinamento de força, como por exemplo a musculação, são essenciais.

Outro benefício da prática de exercícios físicos é a manutenção da estabilidade do peso, fazendo com que o paciente não volte a engordar. Porém, para garantir que a realização dessas atividades traga benefícios e não danos à saúde, o paciente deve seguir as recomendações.

Para que o paciente não engorde novamente, é necessário que também altere os seus hábitos alimentares. O processo de reeducação alimentar envolve:

a redução de alimentos hipercalóricos,

diminuição ou interrupção do consumo de bebidas alcoólicas;

o tratamento de possíveis transtornos alimentares.

Além disso, o paciente deve realizar o acompanhamento pós cirurgia. Isso é feito com uma equipe multidisciplinar especializada, que inclui nutricionistas, psicólogos e médicos. Esse acompanhamento é vitalício, evitando que os resultados alcançados sejam perdidos.

Recomendações e contraindicações

Um dos principais cuidados a serem tomados é a observação do tempo de repouso prescrito pelo médico responsável. Diferentes métodos de cirurgia exigem diferentes períodos de repouso.

As cirurgias realizadas por videolaparoscopia geralmente favorecem o retorno ou o início da prática de atividades físicas após a cirurgia. Já as cirurgias “abertas” podem dificultar um pouco mais esse processo.  

Passado esse período de repouso, é necessário avaliar a modalidade esportiva que o paciente deseja iniciar. Nessa etapa, algumas questões devem ser analisadas:

A modalidade que deseja iniciar se adapta ao peso atual do paciente?

O paciente já conseguiu recuperar parte da massa muscular perdida durante a cirurgia?

O sistema cardiorrespiratório do paciente consegue se adequar às necessidades físicas da prática?

Existem lesões que comprometam a prática da atividade física?

De acordo com a análise dessas questões, a equipe especializada estará apta a recomendar modalidades que mais se adequem às necessidades do paciente. Via de regra, no entanto, as atividades de alto impacto não são recomendadas nos primeiros meses após a realização da cirurgia.

Vale lembrar que a prática de exercícios físicos é para a vida toda! As atividades físicas pós cirurgia são essenciais para a recuperação, mas o hábito de se exercitar ajuda. E muito! O corpo necessita de movimento para o bom funcionamento. A realização contínua e sistemática de atividades físicas pode dificultar o aparecimento de doenças e garantir uma vida longa e saudável.

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Obesidade

Obesidade e problemas articulares: uma associação perigosa

Você sabia que a obesidade e problemas articulares estão profundamente relacionados?

A obesidade é um fator conhecido de risco para o surgimento de diversas doenças, como, por exemplo, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus.

No entanto, o aumento de peso em indivíduos obesos acaba sobrecarregando também as articulações, principalmente dos membros inferiores.

A obesidade já atinge 1 a cada 5 brasileiros, segundo dados da pesquisa Vigitel divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde. É considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa diversos riscos à saúde.

Um dos principais problemas articulares causados pela obesidade é a osteoartrite (OA), também conhecida como desgaste articular ou artrose.

A obesidade e problemas articulares necessitam de um tratamento orientado por uma equipe de profissionais de saúde especializada. Assim é possível evitar o aparecimento de comorbidades que prejudicam ainda mais a saúde do obeso.

Neste artigo, será possível compreender:

 

Problemas articulares causados pela obesidade;

Prevenção e tratamento da obesidade e problemas articulares;

Cirurgia bariátrica para o tratamento de problemas articulares.

 

A relação entre obesidade e problemas articulares

A obesidade é uma doença crônica multifatorial, ou seja, ela possui mais de uma causa. No entanto, ela possui uma série de fatores de risco em comum, como por exemplo:

 

Sedentarismo;

Consumo de alimentos hipercalóricos;

Problemas hormonais.

 

Ela é diagnosticada em pessoas que possuem o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m². O IMC é calculado através da divisão do peso (em kg) pelo quadrado da altura (em m). Você pode fazer o seu cálculo na nossa calculadora de IMC.

Uma das consequências da obesidade é o aumento do sobrepeso nos indivíduos que possuem essa doença. Esse excesso de peso gera diversas modificações corporais, como, por exemplo, a sobrecarga nos membros inferiores.

 

Artrose

Essa é uma das principais causas da artrose, um dos mais conhecidos problemas articulares causados pela obesidade. A sobrecarga nos membros inferiores leva à redução da absorção de impacto e maior pressão na cartilagem articular, gerando danos nas articulações.

A artrose se origina por conta da insuficiência da cartilagem. É uma doença que atinge principalmente a população idosa, em especial as mulheres. Isso acontece por conta das alterações hormonais que ocorrem com o avançar da idade.

Ela é uma doença crônica, ou seja, não possui cura. Segundo dados do Ministério da Saúde, a artrose é responsável por quase 8% dos afastamentos do trabalho.

A obesidade e problemas articulares como a artrose afetam, principalmente, as articulações do quadril e do joelho. Com isso, os indivíduos obesos podem enfrentar problemas para se locomover. Além disso, gera dificuldades para a prática de exercícios físicos e atividades do dia a dia.

 

Artrite

Outro problema articular que pode ser agravado com a obesidade é a artrite. Nesse caso, especificamente, a artrite reumatoide. Assim como a obesidade e a artrose, a artrite reumatoide é uma doença crônica.

Ela é uma patologia inflamatória autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca os tecidos do corpo, incluindo as articulações. Ela causa inchaços dolorosos, que podem levar ao desgaste dos ossos e deformidade nas articulações.

Um estudo da publicação da American College of Rheumatology, a Arthritis Care & Research, relacionou a obesidade com o agravamento da artrite reumatoide. Além de agravar a doença, a obesidade dificulta o seu tratamento.

 

Tratamento combinado de obesidade e problemas articulares

O tratamento da obesidade e problemas articulares começa pela redução do peso. Esse tratamento deve ser orientado por uma equipe ou um profissional da saúde especializado.

O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

Além de provocar o aumento do peso, a falta de exercícios físicos pode levar à atrofia muscular e rigidez, acelerando o desgaste articular.

 

obesidade e problemas articulares
O sobrepeso causado pela obesidade e as dificuldades originadas pelos problemas articulares podem levar a pessoa a ter dificuldades de locomoção. Assim, os obesos podem deixar de praticar exercícios e atividades físicas e aumentar ainda mais o peso.

 

A redução de peso ajuda a diminuir a dor causada pelos problemas articulares e evitar o deterioramento do quadro geral do paciente.  

No tratamento combinado, o retorno à prática de exercícios físicos é supervisionado por um profissional especializado. Ele será responsável pela elaboração de um programa de atividades adaptado às limitações do paciente.

Exercícios de alto impacto, como por exemplo a corrida, devem ser evitados. O mais recomendado é a prática de exercícios físicos de baixo impacto, como a hidroginástica. A fisioterapia é extremamente recomendável para os pacientes que sofrem com obesidade e problemas articulares.

O tratamento também inclui a reeducação alimentar, orientada por um nutricionista. Pessoas obesas devem evitar a adesão à dietas restritivas da moda, que podem causar danos ao organismo. Além disso, já foi comprovado por um estudo francês que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo, causando o temido efeito sanfona.

 

Cirurgia bariátrica e problemas articulares

A cirurgia bariátrica também é uma opção de tratamento, tanto para a obesidade, como para os problemas articulares.

O Conselho Federal de Medicina alterou, em 2016, a lista de comorbidades (doenças associadas à obesidade) que poderiam ser tratadas com a cirurgia bariátrica. A Resolução nº 2.131/15 especifica uma lista com 21 doenças, dentre elas a osteoartrite (artrose).

A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas que apresentaram falha no tratamento clínico realizado durante, pelo menos, um ano.

Além disso, o paciente que deseja realizar a cirurgia bariátrica deve:

 

ter IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave ou grau III) com ou sem comorbidades ou;

ter IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades ou;

ter IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I) com dificuldades de controle do diabetes.

 

Esse procedimento diminui o excesso de peso, fator de risco para a obesidade e problemas articulares. Possui diversos tipos de procedimentos distintos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) o risco de morte é extremamente baixo: 0,2% de óbitos.

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Obesidade

Entenda a relação entre obesidade e diabetes

Diabetes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o termo diabetes mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica de várias causas.

O diabetes é caracterizado por uma hiperglicemia crônica (ou seja, o aumento da glicose no sangue) com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.

Isso é resultado de deficiências na secreção ou ação da insulina, ou ambas as alterações.

 

Causas e consequências

Em primeiro lugar, o que é diabetes?

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Do mesmo modo, quando o corpo não pode utilizar eficazmente a insulina que produz (resistência à insulina), é possível que essa doença ocorra.

A saber que a insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue.

Já a hiperglicemia é um efeito comum da diabetes não controlada. Ao longo do tempo, leva sérios danos a muitos dos sistemas do corpo, especialmente o sistema nervoso e vasos sanguíneos.

 

obesidade e diabetes
O acúmulo de gordura no abdômen (obesidade visceral/central) é um dos principais riscos para o surgimento de diabetes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes baseia-se nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. Ou ainda, através da hemoglobina glicada.

 

Obesidade

obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo.

Nos últimos anos tem sido verificada transição nutricional, caracterizada pela redução do número de casos de desnutrição e o aumento significativo de sobrepeso e obesidade.

Esse fenômeno vem sendo observado não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes.

O sobrepeso e a obesidade vem preocupando autoridade em saúde público. Isso acontece, principalmente, por conta da associação dessas alterações do corpo com outras doenças relacionadas, conhecidas como comorbidades.

Algumas dessas comorbidades são:

 

hipertensão arterial,
elevação de colesterol,
doenças coronarianas,
diabetes mellitus.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado (Você pode através da nossa calculadora de IMC).

ebook o guia completo do imc - obesidade e diabetes (clique para baixar)

 

Relação entre obesidade e diabetes

A obesidade e diabetes possuem uma relação próxima. A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Isso acontece principalmente com a obesidade visceral/central, na qual há maior acúmulo de gordura no abdômen.

Estresse, hábitos alimentares não saudáveis e vida sedentária são as principais causas de incidência do diabetes.

Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver diabetes três vezes superior ao de pessoas com peso normal.

Tratamento do diabetes tipo 2

Obesidade e diabetes são doenças crônicas. Portanto, não existe cura, mas sim controle.

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida como, por exemplo:

 

reeducação alimentar;
atividade física;
terapia medicamentosa, com hipoglicemiantes orais ou até mesmo insulina;
perda de peso, sendo essa a principal forma de controle da doença.

 

Curiosidade

Atualmente, o Conselho Federal de Medicina reconhece a Cirurgia Metabólica para tratamento de pacientes com Diabetes tipo 2 resistentes ao tratamento clínico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução número 2.172 em dezembro de 2017. Ela trouxe novas regras e ampliou a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes.

Cirurgia Metabólica, então, poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que atendam às características:

possuam diabetes mellitus Tipo 2,
IMC entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m²,
sem resposta ao tratamento clínico,
com idade entre 30 a 70 anos,
com menos de 10 anos de diagnóstico de diabetes.

 

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5 hábitos para prevenir a obesidade

2020 chegou e que tal começar novo ano com o pé direito? Existem simples hábitos para prevenir a obesidade que você pode começar a aplicar agora mesmo!

Já que é uma doença multifatorial, os métodos de prevenir a obesidade incluem uma série de fatores. Por exemplo: a genética. Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados.

No entanto, a genética é uma causa que não pode ser controlada. Mas existem fatores que podem ser administrados, como por exemplo, a ingestão de alimentos hipercalóricos.

É importante tomar os devidos cuidados para evitar o acúmulo excessivo de gordura. Já que esse é um fator de risco para outras doenças, o cuidado deve ser redobrado.

Para garantir uma vida saudável, prevenir a obesidade e, consequentemente, diminuir os riscos de doenças, é necessária a mudança de hábitos.

Embora o acúmulo de gordura seja um fator presente em todas as pessoas que possuam obesidade, o diagnóstico da doença não é meramente “visual”.

Para saber se você está acima ou não do peso ideal, um primeiro passo é calcular o IMC – Índice de Massa Corporal. Através do cálculo desse índice, é possível avaliar a sua faixa de peso.

Contudo, a melhor forma de saber é através do diagnóstico de um profissional da saúde especializado!

 

Como prevenir a obesidade?

1. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada

 

A alimentação desequilibrada, rica em alimentos hipercalóricos, é um dos principais fatores que levam uma pessoa a engordar.

Por outro lado, uma alimentação saudável e equilibrada garante diversos benefícios, tais como:

Aumento da imunidade;
Redução do risco de doenças (neste caso, ajudando a prevenir a obesidade, por exemplo);
Melhora da recuperação das patologias;
Ampliação da expectativa de vida.

O Ministério da Saúde reforça que a alimentação saudável precisa ser balanceada. Em outras palavras, é preciso priorizar o consumo de nutrientes diversificados.

No Guia Alimentar, que o Ministério da Saúde divulgou foram estabelecidos 10 passos para uma alimentação mais saudável. Dentre os passos, podemos destacar a limitação de alimentos processados e ultraprocessados e priorizar o consumo de alimentos in natura.

Para garantir uma dieta ainda mais adaptada às suas necessidades personalizadas, o ideal é contratar um profissional especializado.

Caso esteja lutando contra a balança, vale lembrar de evitar a adesão às dietas restritivas da moda. Na maioria das vezes, essas dietas não duram muito, não é mesmo?

Um estudo francês demonstrou que as dietas restritivas só funcionam a curto prazo. Os resultados garantem satisfação no começo, mas logo o peso retorna, causando prejuízos à saúde.

Essa perda e ganho de peso repentinos podem deixar o seu metabolismo mais lento e dificultar a sua perda de peso a longo prazo, favorecendo a obesidade.

 

prevenir a obesidade
Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais. Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

 

2. Pratique atividades e exercícios físicos

 

Sim, nós estamos cientes de que você logicamente sabe que a prática regular de exercícios físicos é essencial para prevenir a obesidade.

Nós também sabemos que nem sempre é fácil. Principalmente quando você não consegue emagrecer, o acúmulo de peso pode dificultar ainda mais.

Porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados para sair do sedentarismo sem prejudicar a sua saúde.

Antes de iniciar qualquer exercício físico é importante consultar um médico para verificar se existe algum risco à saúde com essa mudança da rotina.

Dependendo do peso, o corpo pode sofrer muito mais os impactos dos exercícios. Se existirem doenças associadas ao ganho de peso, os riscos são ainda maiores.

Com o check-up realizado, é altamente recomendável que você inicie a prática de exercícios físicos sob a supervisão de um profissional de Educação Física especializado.

Ele será responsável por orientar e acompanhar a realização dos exercícios, garantindo que você consiga realizá-los sem prejudicar a sua saúde.

Essa pode parecer uma recomendação boba, mas uma roupa adequada facilita e ajuda na execução dos exercícios. Uma roupa inadequada pode prejudicar o seu desempenho.

As melhores vestimentas para a execução dos exercícios físicos são roupas leves, com tecidos flexíveis para não atrapalhar os movimentos e de preferência impermeáveis, para diminuir a transpiração e, consequentemente, o desconforto.

 

3. Procurar um profissional de saúde regularmente

 

Falamos sobre a importância de realizar um check-up antes de iniciar a prática de exercícios físicos e para estabelecer uma dieta saudável e equilibrada.

No entanto, para prevenir a obesidade e o aparecimento de outras doenças, o mais indicado é fazer o check-up regularmente, independentemente da idade.

Por exemplo: as crianças devem se consultar pelo menos uma vez ao ano com o pediatra e as adolescentes devem ir ao ginecologista a partir da puberdade.

As consultas preventivas são ainda mais indicadas para quem possui histórico familiar de doenças ou que já foram diagnosticados com doenças crônicas. Nesse caso, os exames devem ser realizados ao menos de 6 em 6 meses.

Existem dois tipos de check-up, de acordo com os objetivos específicos da análise:

Check-up executivo: nesse tipo de consulta preventiva, são realizados diversos exames e consultas de diferentes especialidades em um mesmo dia;
Check-up individualizado: já nesse check-up, o profissional da saúde especializado solicita os exames relacionados às características do indivíduo.

Geralmente durante essas consultas preventivas são solicitados exames como o eletrocardiograma e análise de fezes, urina e/ou sangue. Eles dão informações sobre o funcionamento dos órgãos e sistemas e ajudam a verificar a existência de parasitas ou vírus.

 

como prevenir a obesidade pesando na balança
Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

 

4 – Controle o seu peso frequentemente

 

O peso é um dos principais fatores que indicam se a sua saúde está em dia. Um dos índices mais utilizados para saber o peso ideal é o IMC – Índice de Massa Corporal.

Esse índice é calculado através da divisão do peso, em quilogramas, pela altura, em metros, ao quadrado (p x a²). Dependendo do resultado, é possível verificar se a pessoa está abaixo do peso, no peso ideal ou acima do peso.

ebook o guia completo do imc - como prevenir a obesidade (clique para baixar)

Pessoas que pesam ao menos uma vez por semana conseguem controlar o excesso de peso e, por consequência, prevenir a obesidade. Com isso, os pequenos ganhos de peso podem ser detectados antes que se tornem um problema maior.

O ideal é utilizar uma balança aferida pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. O selo do INMETRO indica que o equipamento é controlado.

 

5 – Prestar atenção às horas de sono

 

Sim, pode acreditar: dormir pouco faz com que o seu corpo consuma menos calorias. Essa é uma conclusão de um estudo de uma universidade da Alemanha.

Além de fazer com que o corpo consuma menos calorias, poucas horas de sono fazem com que, a longo prazo, o nosso corpo diminua a capacidade de queimar calorias.

O estudo mostra que noites mal dormidas podem aumentar a fome e o cansaço, além de fazer com que a pessoa gaste menos energia durante o repouso.

Uma boa noite de sono ajuda a diminuir o grelina, hormônio responsável por aumentar a fome e aumenta a produção de leptina, hormônio responsável por aumentar a nossa saciedade.

Ainda: o sono ajuda a diminuir problemas advindos de uma rotina muito corrida, tais como o stress, enxaqueca, ansiedade, dentre outros.

 

Cuidado com os excessos!

Contudo, o excesso também é prejudicial. Uma pesquisa desenvolvida em Québec demonstrou que pessoas que dormem mais de 8 horas têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.

Essa mesma pesquisa trouxe evidências de que dormir muito pode aumentar o sobrepeso. Mesmo controlando a alimentação e realizando exercícios, pessoas que dormiram de nove a dez horas por noite tinham 25% a mais de chance de engordar 5 quilos.

O ideal de horas que você precisa dormir para um desenvolvimento e uma manutenção saudável do seu organismo depende muito da sua idade. Especialistas de um instituto de pesquisa dos Estados Unidos definiram o seguinte número de horas:

Recém nascidos (0 a 3 meses): de 14 a 17 horas por dia, sem passar de 18 horas;
Bebês (4 a 11 meses): entre 12 e 15 horas, sem ultrapassar 16 ou 18 horas;
Crianças de 1 a 2 anos: entre 11 e 14 horas. Não é recomendável dormir mais de 15 ou 16 horas;
Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos): 10 a 13 horas, sem ultrapassar 12 horas de sono;
Adolescentes (14 a 17 anos): devem dormir cerca de 10 horas por dia;
Jovens adultos (18 a 25 anos): 7 a 9 horas por dia, buscando não dormir menos que 6 e mais que 10 ou 11 horas;
Adultos (26 a 64 anos): nessa faixa de idade, o ideal é dormir entre 7 a 9 horas;
Idosos (65 anos ou mais): recomendável dormir de 7 a 8 horas por dia.

Dessa maneira, a atenção às horas de sono é importante para você prevenir a obesidade!

Atualizado em janeiro de 2020