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Obesidade masculina: entenda como o excesso de peso afeta a saúde do homem

A obesidade é um dos problemas que afeta boa parte da população brasileira.

Segundo pesquisa publicada pelo IBGE em 2015, 16,8% dos homens brasileiros está obeso, ou seja, possui o IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 30kg/m2.

Essa alta porcentagem se dá muitas vezes pela falta de exercício e pela má alimentação.

Os homens consomem, comparado às mulheres, menos verduras, saladas e frutas. Já o consumo de cerveja e bebidas destiladas é 5 vezes maior do que às mulheres.

Esses dados, também do IBGE, revelam como os homens se preocupam muito pouco com a alimentação e com os excessos em relação ao álcool. O resultado são o aumento de peso e as consequências na saúde.

Mas não é só a saúde física que é prejudicada. O sobrepeso afeta também a saúde psicológica e o desempenho sexual do homem. Muitos obesos acabam tendo disfunção erétil.

Pensando nisso, criamos uma lista com os principais riscos ocasionados pela obesidade masculina:

 

Problemas cardiovasculares

Trombose

Diabetes

Apneia do sono

Disfunção erétil

Câncer

Problemas cardiovasculares

Problemas cardiovasculares são comuns em homens diagnosticados com obesidade.

A gordura que se estabelece em volta dos órgãos da cavidade abdominal do homem pode ocasionar o entupimento das artérias, e, consequentemente, prejudicar a livre circulação do sangue pelo corpo.

As células gordurosas produzem substâncias inflamatórias que se acumulam nos vasos sanguíneos e formam placas de gordura, que impedem a passagem de sangue.

Esse processo acaba contribuindo para que o coração não desempenhe bem seu papel e que doenças como hipertensão arterial, infarto e derrame surjam.

A trombose venosa profunda é outro grave problema de saúde que é ocasionado. Por causa dos problemas relacionados ao bombeamento de sangue e ao excesso de peso, um coágulo pode se formar em uma veia nas pernas e bloquear o fluxo sanguíneo

Ocasionalmente, esse trombo pode se desprender e o mesmo processo pode acontecer nos pulmões, o que é conhecido como embolia pulmonar. Como sintoma teremos dificuldade e dor para respirar.

A embolia pulmonar é muito grave e o paciente deve ser encaminhado para o hospital o mais rápido possível aos primeiros sintomas, se não tratada pode levar a óbito.

 

Diabetes

diabetes tipo II é um dos problemas que mais afeta homens obesos.

Com o aumento do peso, o metabolismo produz mais insulina, pois o corpo está crescendo. Em contrapartida, os tecidos ficam menos sensíveis aos efeitos da substância, causando resistência à insulina.

A gordura abdominal, além de fatores genéticos e familiares, acaba sendo o fator ainda mais agravante para a diabetes.

 

Apneia do sono

O excesso de peso também pode ocasionar graves problemas com o sono, como a apneia. Homens têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.

A obesidade faz com que os músculos da língua e dos tecidos em volta da traqueia também cresçam, comprimindo a garganta e gerando dificuldade de respiração.

Durante o sono essa situação piora, pois o corpo está relaxado e o cérebro não manda grandes estímulos para respirarmos.

A apneia do sono muitas vezes pode nem ser percebida, pois os sintomas incluem roncos e cansaço após o sono.

Outros sintomas são: dor no peito, garganta seca pela manhã, sensação de sufocamento ao acordar, irritabilidade e impotência sexual.

 

Disfunção Éretil

Dentre os problemas ocasionados pela obesidade masculina, a disfunção erétil é o que mais preocupa os homens.

Isso porque a obesidade por si só não é um fator agravante para a satisfação sexual do homem. Mas alguns fatores biológicos acabam atrapalhando na hora do desempenho sexual.

O sobrepeso masculino prejudica, principalmente, o sistema circulatório do corpo, reduzindo o fluxo de sangue que chega a região peniana. Enquanto o hormônio masculino decai, ocorre a maior produção do hormônio feminino estradiol.

Além disso, ocorre o descontrole da produção de espermatozoides e testosterona.

Assim, um homem obeso pode apresentar diminuição de libido, problemas com a ereção, dificuldade de ejacular, baixa contagem de espermatozóide no sêmen, baixo nível de testosterona e não responder prontamente aos estimulantes sexuais.

Se não bastassem todos problemas, baixa autoestima e problemas psicológicos também prejudicam a vida sexual.

 

Câncer

A obesidade aumenta a chance, em até 3 vezes, do indivíduo desenvolver alguns tipos de câncer.

Nos homens, a maior incidência de câncer ocasionado pela gordura acontece no cólon, na próstata e no fígado.

 

Tem alguns dos sintomas? Saiba o que fazer:

A obesidade masculina pode ocasionar diversas afecções, por isso é importante que o homem esteja atento a sua saúde.

A perda de peso, muitas vezes, é a melhor medida terapêutica. Para tanto, é importante manter estilo de vida saudável com exercícios físicos regulares, alimentação adequada e consultas médicas periódicas.

 

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Entenda a relação entre obesidade e diabetes

Diabetes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o termo diabetes mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica de várias causas.

O diabetes é caracterizado por uma hiperglicemia crônica (ou seja, o aumento da glicose no sangue) com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.

Isso é resultado de deficiências na secreção ou ação da insulina, ou ambas as alterações.

 

Causas e consequências

Em primeiro lugar, o que é diabetes?

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Do mesmo modo, quando o corpo não pode utilizar eficazmente a insulina que produz (resistência à insulina), é possível que essa doença ocorra.

A saber que a insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue.

Já a hiperglicemia é um efeito comum da diabetes não controlada. Ao longo do tempo, leva sérios danos a muitos dos sistemas do corpo, especialmente o sistema nervoso e vasos sanguíneos.

 

obesidade e diabetes
O acúmulo de gordura no abdômen (obesidade visceral/central) é um dos principais riscos para o surgimento de diabetes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes baseia-se nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. Ou ainda, através da hemoglobina glicada.

 

Obesidade

obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo.

Nos últimos anos tem sido verificada transição nutricional, caracterizada pela redução do número de casos de desnutrição e o aumento significativo de sobrepeso e obesidade.

Esse fenômeno vem sendo observado não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes.

O sobrepeso e a obesidade vem preocupando autoridade em saúde público. Isso acontece, principalmente, por conta da associação dessas alterações do corpo com outras doenças relacionadas, conhecidas como comorbidades.

Algumas dessas comorbidades são:

 

hipertensão arterial,
elevação de colesterol,
doenças coronarianas,
diabetes mellitus.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado (Você pode através da nossa calculadora de IMC).

ebook o guia completo do imc - obesidade e diabetes (clique para baixar)

 

Relação entre obesidade e diabetes

A obesidade e diabetes possuem uma relação próxima. A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Isso acontece principalmente com a obesidade visceral/central, na qual há maior acúmulo de gordura no abdômen.

Estresse, hábitos alimentares não saudáveis e vida sedentária são as principais causas de incidência do diabetes.

Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver diabetes três vezes superior ao de pessoas com peso normal.

Tratamento do diabetes tipo 2

Obesidade e diabetes são doenças crônicas. Portanto, não existe cura, mas sim controle.

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida como, por exemplo:

 

reeducação alimentar;
atividade física;
terapia medicamentosa, com hipoglicemiantes orais ou até mesmo insulina;
perda de peso, sendo essa a principal forma de controle da doença.

 

Curiosidade

Atualmente, o Conselho Federal de Medicina reconhece a Cirurgia Metabólica para tratamento de pacientes com Diabetes tipo 2 resistentes ao tratamento clínico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução número 2.172 em dezembro de 2017. Ela trouxe novas regras e ampliou a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes.

Cirurgia Metabólica, então, poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que atendam às características:

possuam diabetes mellitus Tipo 2,
IMC entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m²,
sem resposta ao tratamento clínico,
com idade entre 30 a 70 anos,
com menos de 10 anos de diagnóstico de diabetes.