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Síndrome de Dumping: o que é e como tratar

A síndrome de Dumping, também conhecido como esvaziamento gástrico rápido, é uma consequência comum em pessoas que realizaram a cirurgia bariátrica. 

Essa síndrome faz com que os alimentos passem de forma rápida pelo estômago, não ocorrendo a digestão corretamente, causando certas reações no corpo quando o bolo alimentar chega no intestino. 

A estimativa é de que 25% a 50% dos pacientes que passam por algum tipo de cirurgia bariátrica possuem sintomas do dumping. Mas esse problema não prejudica a vida do paciente bariátrico quando é diagnosticado e tratado rapidamente. 

Quer tirar suas dúvidas sobre a síndrome de dumping? Vamos te ajudar! Fizemos um texto explicando o que é síndrome, quais os seus sintomas e tratamentos. Confira!

O que é a Síndrome de Dumping?

A síndrome de dumping é um problema que ocorre quando a ingestão de alimentos ricos em açúcar ocasiona sintomas de mal estar no paciente, como dores abdominais e sensação de desmaio. 

Isso acontece pois, na cirurgia bariátrica, o processo do sistema digestivo é alterado. Assim, os alimentos passam de forma rápida pelo estômago e caem no intestino ainda com grandes quantidade de açúcar.

Como consequência, o pâncreas acaba liberando muita insulina e outros hormônios no sangue, o que provoca hipoglicemia no paciente. 

Quais os principais sintomas?

Os sintomas da síndrome de dumping podem aparecer em três fases distintas. Lembrando que nem todo o paciente possui todos os sintomas ou passam por todas as fases.

Primeiro Estágio 

Esses sintomas aparecem após 10 a 20 minutos após a refeição. O indivíduo pode sentir dor abdominal, náuseas, sensação de rubor em face, taquicardia, sensação de desmaio e sudorese. 

Segundo estágio 

São sintomas que aparecem de 20 minutos a 1 hora após a ingestão dos alimentos. O paciente pode apresentar distensão abdominal, flatulência e diarreia. 

Esses sintomas ocorrem no momento em que há dificuldade do intestino para absorver os nutrientes dos alimentos ingeridos. 

Terceiro Estágio 

Nesse estágio, 1 a 3 horas após a refeição, o paciente podem apresentar sudorese, ansiedade, fome, tremores e fraquezas, além da dificuldade de concentração. Esses são sintomas característicos da hipoglicemia alimentar.

Como tratar a síndrome de dumping?

A síndrome de dumping deve ser tratada através de dieta e modificações nos hábitos alimentares do paciente. Mas lembre-se de que a alimentação pós-bariátrica deve ser sempre acompanhada por profissionais de saúde. 

Primeiramente, a dieta pós-cirurgia bariátrica deve ser seguida à risca. Ela possui 4 fases: Dieta Líquida, Dieta Cremosa, Dieta Pastosa e Dieta Branda. Essas dietas devem ser acompanhadas por um nutricionista. 

Além disso é recomendado fazer pequenas refeições durante o dia, fracionando a alimentação. Não ingerir líquidos durante a refeição, uma hora antes e uma hora depois, também pode ajudar para evitar o problema. 

É necessário realizar as refeições de maneira calma, mastigando bem os alimentos e descansando os talheres, ou seja, comendo sem pressa. 

Outra dica é evitar o consumo de açúcar, doces e alimentos gordurosos, pois são esses os alimentos que desencadeiam a síndrome. Observe as comidas que contém lactose, sacarose e dextrose podem agravar os sintomas. É bom evitá-los. 

É recomendado o consumo de alimentos ricos em proteínas, como carne, ovo e peixe. Também pode ser adicionado na dieta fibras, como sementes e vegetais, pois eles ajudam na diminuição da absorção da glicose. 

Faça um diário alimentar para observar quais alimentos podem desencadear a síndrome de dumping. Se ele for identificado, o melhor a fazer é retirá-lo da dieta. 

A síndrome de dumping e a cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é um tratamento necessário para muitos pacientes que necessitam perder peso. 

Mas é importante entender que esse procedimento é uma modificação que traz mudanças para toda a vida do paciente. Após a cirurgia é necessário um acompanhamento clínico e nutricional, principalmente no período pós-cirúrgico. 

A síndrome de dumping é um dos problemas mais frequentes após essa intervenção cirúrgica. Seus sintomas podem ser evitados e minimizados através da identificação precoce deste problema e a modificação alimentar do paciente. 

A síndrome de dumping é uma consequência normal da cirurgia bariátrica e deve ser discutida com o paciente antes dele realizar a cirurgia. 

Porém, quando o indivíduo possui um atendimento multidisciplinar, ele terá mais chances de evitar e tratar de forma rápido esse problema. 

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Obesidade

O que é diabetes?

A diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pela má produção de insulina pelo organismo ou por resistência da sua ação nos tecidos corporais.

Como consequência, ocorre o aumento do açúcar no sangue e surgimento de diversos problemas de saúde. 

Pessoas obesas estão no grupo de risco dessa doença que atinge mais 6,9% da população brasileira, cerca de 13 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes

Nesse texto você vai entender um pouco mais sobre o que é a diabetes, os seus tipos, os sintomas mais comuns e tratamentos da doença.

Entenda o que é diabetes

Dentre os diversos hormônios que encontramos no corpo humano, existe um responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue: a insulina. 

O pâncreas fabrica a insulina, que possui a função de ajudar a glicose a penetrar nas células. Dessa forma, o excesso desse nutriente é retirado do sangue. 

Porém, quando a produção de insulina é nula ou insuficiente, ou há algum problema no processo de retirada da glicose no sangue, essa glicose começa a se acumular e provoca a diabetes.

Se esse quadro permanecer por um período longo de tempo, há o risco de diversos problemas no corpo, nos órgãos, vasos sanguíneos e nervos. 

Conheça os fatores de risco do diabetes

A Diabetes Melittius, como é chamada, se desenvolve a partir de fatores genéticos e hábitos do estilo de vida do indivíduo. E apresenta relação, também, com outras doenças. 

  • Pressão alta;
  • Colesterol e taxa de triglicérides no sangue altas;
  • Apneia do sono;
  • Desenvolvimento de doenças renais crônicas;
  • Má alimentação (ingestão excessiva de gordura, massa e a açúcar);
  • Sedentarismo.

Além desses fatores, são considerados grupos de risco:

  • Pessoas com sobrepeso ou obesidade;
  • Mulheres grávidas de crianças com mais de 4 kilos;
  • Indivíduos com parentes próximos que desenvolveram diabetes;
  • Mulheres com síndrome do ovário policístico;
  • Indivíduos com distúrbios psiquiátricos (esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar).

Descubra quais os tipos de diabetes 

Existem 4 tipos principais de tipos de diabetes:

Pré-Diabetes – resistência à insulina.

Indivíduos pré-diabéticos ainda não desenvolveram a doença, mas já apresentam altos níveis de glicose no sangue. Essas pessoas tem grandes chances desenvolverem a diabetes tipo 2 se não se cuidarem.

Normalmente, pessoas pré-diabéticas são alertadas para o problema através de exames de sangue. Um dos sinais é a taxa de glicemia de jejum alterada, ou seja, maior que 100 e menor do que 126mg/dL. 

Outro sinal é a hemoglobina glicada (HbA1c) entre 5,7% e 6,4%.

Além disso, o acúmulo de gordura abdominal, com cintura acima de 94 cm para os homens e 80 cm para as mulheres, pode ser um alerta. 

Pessoas que apresentam esse sinais e são obesos, hipertensos ou possuem alterações na taxa de triglicerídeos podem ser considerados pré-diabéticos. 

Pesquisas mostram que 50% dos pacientes diagnosticados desenvolvem a doença pois continuam a cometer os mesmos erros, como consumo alto de açúcar e sedentarismo. Por isso, é necessário diagnóstico precoce e alteração no hábito de vida.

Diabetes Tipo 1: 

A Diabetes Tipo 1 é caracterizada por ser autoimune. O sistema imunológico ataca erroneamente as células betas presentes no pâncreas e que produzem a insulina. 

Assim, sem a fabricação correta da insulina, a glicose permanece no sangue e não é usada para produzir energia para o corpo. 

A diabetes tipo 1 concentra de 5 e 10% dos casos  da doença e normalmente aparece na infância e adolescência. 

Diabetes tipo 2

Na Diabetes tipo 2, o organismo do indivíduo acaba ganhando resistência à insulina e, dessa forma, a glicose se mantém alta no sangue.

Esse tipo de diabetes se desenvolve geralmente em pessoas adultas obesas, sedentárias, com história familiar positiva para diabetes melitos do tipo 2 e com hábitos alimentares ruins.

O consumo de refrigerantes, doces, gorduras e similares contribuem para o avanço da patologia. 90% dos diabéticos se enquadram nesse tipo. 

Diabetes gestacional

A Diabetes gestacional é aquela desenvolvida por mulheres durante a gravidez. 

Quando a mulher está grávida, os hormônios da placenta reduzem a ação da insulina no sangue e, como consequência, o pâncreas aumenta a sua produção. 

Porém, essa reação do pâncreas não acontece com algumas mulheres, que acabam acumulando a glicose e desenvolvendo uma diabetes temporária. 

Por isso, é importante acompanhar de perto o sangue das gestantes. 2 a 4% de mulheres desenvolvem esse tipo de diabetes na gravidez, sendo necessário a atenção para a doença não permanecer após o nascimento da criança.

Saiba quais são os sintomas da diabetes

Os principais sintomas da diabetes são:

  • Sede excessivas
  • Aumento do Apetite;
  • Cansaço, fraqueza e/ou fadiga. 
  • Nervosismo.
  • Mudanças bruscas de humor.
  • Presença de náusea e vômito.
  • Perda de peso rápida e involuntária;
  • Hálito modificado;
  • Visão embaçada ou turvas;
  • Vontade de urinar várias vezes ao dia;
  • Frequentes infecções;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Formigamento nos pés e mãos.
o que é diabetes

Conheça os tratamentos

A diabetes tipo 1 e 2 não possuem cura. O mais importante, assim, é manter o controle da glicose no sangue.

As principais recomendações são a prática de exercícios físicos, pois quando nos exercitamos, o corpo consegue consumir parte do açúcar sem ação da insulina. Além disso, mudanças de hábitos alimentares são essenciais. 

Para os diabéticos do tipo 1, além do tratamento não medicamentoso, os pacientes necessitam fazer uso da insulina em injeções diárias. 

Paciente com diabetes do tipo 2 podem controlar a doença apenas com alterações de hábitos de vida com dieta adequada e atividade física.

Muitas vezes é recomendado uso de medicamentos orais e outros, em alguns casos, uso de insulina também se faz necessário. 

A cirurgia metabólica é indicada em casos de pacientes com índice de massa corporal acima de 30 kg/m2 e diabetes de difícil controle. 

É importante, e faz parte do tratamento, o controle da glicemia em casa (com o glicosímetro – aparelho capaz de medir a glicose através de uma gota de sangue). 

A especialidade médica responsável pelo tratamento do paciente diabético é a endocrinologia.

Mas, também, é importante acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, educador físico, entre outros. Para auxiliar na mudança e manutenção da terapia. 

A diabetes é uma doença grave mas pode ser controlada. Diabéticos podem ter vida normal se mantiverem bons hábitos e serem acompanhados por especialistas. 

Visite seu médico regularmente!

Se você é obeso ou possui sobrepeso, a atenção é redobrada! 

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