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Cirurgia Bariátrica Obesidade

Descubra como a cirurgia bariátrica contribui na remissão da hipertensão

A cirurgia bariátrica pode ser um dos tratamentos indicados para a remissão da hipertensão. Pesquisas recentes apontam a eficácia dessa intervenção cirúrgica comparada ao tratamento clínico. 

A obesidade e a hipertensão são doenças que muitas vezes andam juntas. Muitos pacientes acabam tendo pressão alta em consequência do excesso de peso. Por isso, é importante entender essa relação.

Nesse texto, você vai entender um pouco mais sobre a relação entre obesidade e hipertensão e como a cirurgia bariátrica pode contribuir no controle dessas patologias. Confira!

Qual a relação entre a Obesidade e a Hipertensão? 

A obesidade é uma doença que acaba desencadeando outros problemas de saúde, como diabetes, problemas articulares e a hipertensão. Controlando o excesso de peso, consequentemente muitas dessas doenças também são contidas. 

Segundo a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2018, 41,6 milhões de brasileiros estão acima do peso.

Isso significa que quase 20% da população é obesa e corre o risco de desenvolver a hipertensão

Afinal, estudos mostram que pessoas obesas possuem 4 vezes mais chances de serem hipertensas, comparadas aos indivíduos com peso normal. 

A Vigitel também constatou que o aumentou o número de pessoas diagnosticadas com hipertensão. Se em 2006 esse número era de 22,5% da população, em 2018, subiu para 24,7%. 

A pressão alta é uma doença que não tem cura, e é controlada, na maioria das vezes, por meio de medicamentos, perda de peso e mudança no hábito de vida. A variação média da pressão arterial é 120 por 80. 

Como a cirurgia bariátrica pode contribuir no tratamento?

Do total de obesos no brasil, um terço é elegível para realizar a cirurgia bariátrica. Essa cirurgia é indicada para pessoas com IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grau III ou obesidade mórbida).

Além disso, pacientes com IMC entre 35 e 40 (obesidade grau II) com doenças associadas, como a hipertensão, podem realizar a cirurgia bariátrica. 

Esses pacientes devem ter tentado emagrecer através de tratamento clínico por, pelo menos, 2 anos. 

Assim, a cirurgia bariátrica podem ser um grande aliado para aqueles indivíduos que não conseguem emagrecer por meio de tratamentos convencionais, como exercícios, dieta equilibrada e medicamentos.

O que dizem as pesquisas? 

Uma pesquisa brasileira apresentada no Congresso da Associação Americana de Cardiologia (AHA 2019), realizada nos EUA, dividiu 100 pacientes em dois grupos que foram monitorados durante três anos. 

Um grupo se submeteu à cirurgia bariátrica (Bypass gástrico) e o outro continuou com a tratamento clínico. 

A pesquisa mostrou que 72,7% dos pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica reduziram em pelo menos 30% os medicamentos que utilizavam antes da cirurgia. 

Além disso, os pacientes operados tiveram a redução da glicose em 14%, do LDL-colesterol em 29%, os triglicerídios em 47% e o IMC em 28%. 

No segundo grupo, 12,5% dos indivíduos reduziram o número de medicações. Porém, em média, os pacientes terminaram a pesquisa ingerindo 3 vezes mais medicações anti-hipertensivas. 

Para, Marcos Leão Vilas Bôas, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, os resultados dessa pesquisa “ se somam aos grande estudos mundiais que mostram os enormes benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica e que transcendem a perda de peso, resultando na remissão do diabetes tipo 2, da hipertensão arterial, entre outros aspectos”. 

A cirurgia bariátrica pode ser um tratamento eficaz contra a hipertensão. Mas antes de chegarmos a essa solução é necessário a avaliação médica! Apenas com o aval de um profissional é possível saber qual o melhor tratamento. 

E se você quiser entender um pouco mais sobre os graus de obesidade, baixe o nosso ebook “Entenda o que é obesidade: causas, riscos e tratamentos”. 

Fonte: https://www.sbcbm.org.br/estudo-brasileiro-aponta-remissao-da-hipertensao-em-pacientes-submetidos-cirurgia-bariatrica/

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Cirurgia Bariátrica

Cirurgia Bariátrica Videolaparoscópica: conheça o procedimento

A cirurgia bariátrica pode ser realizada por laparotomia (aberta / convencional) ou por videolaparoscopia. Essa última se caracteriza por ser uma cirurgia menos invasiva e que oferece a recuperação mais rápida para o paciente. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2010, 35% das cirurgias desse tipo realizadas no Brasil foram feitas via laparoscópica. E esse número vem aumentando a cada ano. 

Para ajudar você a entender um pouco mais sobre a Cirurgia Bariátrica Videolaparoscópica, nós preparamos esse conteúdo explicando como ele funciona, quais suas vantagens e para quem ele é indicado. Confira!

O que é a Cirurgia Bariátrica Videolaparoscópica?

A cirurgia bariátrica videolaparoscópica é um procedimento minimamente invasivo, não existindo a necessidade de grandes cortes no paciente. 

Ela é realizada utilizando um aparelho chamado laparoscópio. Nele, existe uma microcâmera, que é inserida dentro do paciente e permite ao médico visualizar todas as suas ações. 

As imagens da câmera são transmitidas para uma televisão ou um um monitor cirúrgico. 

O processo da cirurgia é simples. São feitos pequenos furos de 0,5 a 1,2 cm, cada um, para a introdução dos instrumentos cirúrgicos. São necessários objetos para realizar o corte, pinças, além de uma fonte de luz para observar o interior do organismo.

As cicatrizes geralmente são bem pequenas, medindo menos de 3 cm. Por isso a recuperação da cirurgia bariátrica por videolaparoscopia é mais rápida.

Após a cirurgia, o paciente geralmente fica internado por 2 dias. 

Em procedimentos convencionais, no caso as cirurgias abertas, o cirurgião chega a realizar um corte de 10 a 20 cm e o pós-operatório é mais demorado. 

E lembrando que  os cuidados pós-operatórios com alimentação continuam os mesmos. Se você quiser entender mais sobre como é feita, acesse o nosso texto: Alimentação após cirurgia bariátrica: saiba quais alimentos consumir. 

Quais as suas vantagens?

A maior vantagem da cirurgia bariátrica videolaparoscópica é a recuperação mais rápida no pós-operatório, como dito anteriormente. O tempo de internação é menor e o paciente pode voltar às suas atividades normais, em média, dentro de 10 dias. 

Além disso, as feridas são menores e mais fáceis de cuidar, e as cicatrizes não ficam muito aparentes. 

O risco de infecções, complicações pulmonares e hérnias também são reduzidas com esse tipo de cirurgia. E o tempo cirúrgico também costuma ser mais rápido.

Para quem a cirurgia é recomendada?

A cirurgia por videolaparoscopia possui as mesmas recomendações da cirurgia convencional.

É indicada para paciente que apresentam IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grave) com ou sem doenças associadas e IMC entre 35 e 40 kg/m² (obesidade grau II) com doenças associadas. 

Pacientes com IMC entre 30 e 35 kg/m² (obesidade grau I), que tenham sido diagnosticados com diabetes de difícil controle, também podem ser submetidos a cirurgia bariátrica. 

Para calcular o seu IMC, clique aqui. 

Em ambos os casos é necessário que tenha ocorrido falhas no tratamento clínico após dois anos com acompanhamento médico profissional. 

Mas lembre-se! É o cirurgião que poderá indicar a melhor técnica de cirurgia bariátrica de acordo com a individualidade de cada paciente. 

O uso da videolaparoscopia cresce a cada dia mais no país. Ela é utilizada para exames e intervenções cirúrgicas, em diversas partes do corpo, inclusive para a realização da bariátrica.

Esteja sempre em dia com sua saúde. Converse com seu médico. 

Para outras questões, baixe o nosso ebook As 20 principais dúvidas sobre cirurgia bariátrica.

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alimentação Cirurgia Bariátrica Obesidade

Confira a Entrevista do Dr. Ivan Resende no Tribuna de Minas

O Jornal Tribuna de Minas, através do programa da Alcione , publicou no último dia 21 uma entrevista com o Dr. Ivan Resende e a paciente da Clínica Babi Boni.

Na entrevista, o médico explicou um pouco sobre o processo da cirurgia de redução de bariátrica, seus benefícios na saúde, a importância do exercício físico e o monitoramento pós-cirurgia.

Babi, que fez a cirurgia a 6 anos atrás, também falou sobre a sua experiência de ter realizado o procedimento e dos benefícios que ele trouxe para a sua vida.

Abaixo você confere a entrevista completa!

E se você quiser entender um pouco mais sobre a Cirurgia Bariátrica baixe o nosso ebook As 20 principais dúvidas sobre Cirurgia Bariátrica.

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alimentação Cirurgia Bariátrica

Síndrome de Dumping: o que é e como tratar

A síndrome de Dumping, também conhecido como esvaziamento gástrico rápido, é uma consequência comum em pessoas que realizaram a cirurgia bariátrica. 

Essa síndrome faz com que os alimentos passem de forma rápida pelo estômago, não ocorrendo a digestão corretamente, causando certas reações no corpo quando o bolo alimentar chega no intestino. 

A estimativa é de que 25% a 50% dos pacientes que passam por algum tipo de cirurgia bariátrica possuem sintomas do dumping. Mas esse problema não prejudica a vida do paciente bariátrico quando é diagnosticado e tratado rapidamente. 

Quer tirar suas dúvidas sobre a síndrome de dumping? Vamos te ajudar! Fizemos um texto explicando o que é síndrome, quais os seus sintomas e tratamentos. Confira!

O que é a Síndrome de Dumping?

A síndrome de dumping é um problema que ocorre quando a ingestão de alimentos ricos em açúcar ocasiona sintomas de mal estar no paciente, como dores abdominais e sensação de desmaio. 

Isso acontece pois, na cirurgia bariátrica, o processo do sistema digestivo é alterado. Assim, os alimentos passam de forma rápida pelo estômago e caem no intestino ainda com grandes quantidade de açúcar.

Como consequência, o pâncreas acaba liberando muita insulina e outros hormônios no sangue, o que provoca hipoglicemia no paciente. 

Quais os principais sintomas?

Os sintomas da síndrome de dumping podem aparecer em três fases distintas. Lembrando que nem todo o paciente possui todos os sintomas ou passam por todas as fases.

Primeiro Estágio 

Esses sintomas aparecem após 10 a 20 minutos após a refeição. O indivíduo pode sentir dor abdominal, náuseas, sensação de rubor em face, taquicardia, sensação de desmaio e sudorese. 

Segundo estágio 

São sintomas que aparecem de 20 minutos a 1 hora após a ingestão dos alimentos. O paciente pode apresentar distensão abdominal, flatulência e diarreia. 

Esses sintomas ocorrem no momento em que há dificuldade do intestino para absorver os nutrientes dos alimentos ingeridos. 

Terceiro Estágio 

Nesse estágio, 1 a 3 horas após a refeição, o paciente podem apresentar sudorese, ansiedade, fome, tremores e fraquezas, além da dificuldade de concentração. Esses são sintomas característicos da hipoglicemia alimentar.

Como tratar a síndrome de dumping?

A síndrome de dumping deve ser tratada através de dieta e modificações nos hábitos alimentares do paciente. Mas lembre-se de que a alimentação pós-bariátrica deve ser sempre acompanhada por profissionais de saúde. 

Primeiramente, a dieta pós-cirurgia bariátrica deve ser seguida à risca. Ela possui 4 fases: Dieta Líquida, Dieta Cremosa, Dieta Pastosa e Dieta Branda. Essas dietas devem ser acompanhadas por um nutricionista. 

Além disso é recomendado fazer pequenas refeições durante o dia, fracionando a alimentação. Não ingerir líquidos durante a refeição, uma hora antes e uma hora depois, também pode ajudar para evitar o problema. 

É necessário realizar as refeições de maneira calma, mastigando bem os alimentos e descansando os talheres, ou seja, comendo sem pressa. 

Outra dica é evitar o consumo de açúcar, doces e alimentos gordurosos, pois são esses os alimentos que desencadeiam a síndrome. Observe as comidas que contém lactose, sacarose e dextrose podem agravar os sintomas. É bom evitá-los. 

É recomendado o consumo de alimentos ricos em proteínas, como carne, ovo e peixe. Também pode ser adicionado na dieta fibras, como sementes e vegetais, pois eles ajudam na diminuição da absorção da glicose. 

Faça um diário alimentar para observar quais alimentos podem desencadear a síndrome de dumping. Se ele for identificado, o melhor a fazer é retirá-lo da dieta. 

A síndrome de dumping e a cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é um tratamento necessário para muitos pacientes que necessitam perder peso. 

Mas é importante entender que esse procedimento é uma modificação que traz mudanças para toda a vida do paciente. Após a cirurgia é necessário um acompanhamento clínico e nutricional, principalmente no período pós-cirúrgico. 

A síndrome de dumping é um dos problemas mais frequentes após essa intervenção cirúrgica. Seus sintomas podem ser evitados e minimizados através da identificação precoce deste problema e a modificação alimentar do paciente. 

A síndrome de dumping é uma consequência normal da cirurgia bariátrica e deve ser discutida com o paciente antes dele realizar a cirurgia. 

Porém, quando o indivíduo possui um atendimento multidisciplinar, ele terá mais chances de evitar e tratar de forma rápido esse problema. 

Tem mais alguma dúvida sobre a cirurgia bariátrica? Produzimos um ebook com as “20 principais dúvidas da cirurgia bariátrica”. Não deixe de baixar!

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Cirurgia Bariátrica

Reganho de peso após a cirurgia bariátrica: entenda porque isso acontece

A cirurgia bariátrica e metabólica também é conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago. Ela é destinada ao tratamento da obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

Após a cirurgia, ocorre rápida e progressiva perda de peso.

E se o paciente mantiver o acompanhamento pós-operatório corretamente, alterar os hábitos de vida com alimentação equilibrada e atividade física, após 2 anos de cirurgia, aproximadamente, ocorre a estabilização do peso corporal.

Porém, após o procedimento, muitos pacientes não conseguem seguir as recomendações médicas. Assim, acabam tendo reganho de peso após a cirurgia bariátrica.

Outros podem sentir o efeito platô, que são períodos onde o peso se estabiliza e permanece estável por um determinado tempo.

Você quer entender um pouco mais sobre esse assunto? Nós vamos te ajudar:

É normal engordar após a cirurgia?

A Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), revela que mais de 50% dos pacientes que passam por algum tipo de cirurgia bariátrica acabam tendo reganho de peso.

Recuperar de 5 a 10% do peso reduzido após os 2 anos de cirurgia é considerado normal por especialistas. Ou seja, se o indivíduo, perdeu 60 kg, pode engordar novamente até 6 kg.  Esse reganho deve acontecer de forma gradual e sem causar problemas de saúde.

Se o reganho ultrapassar 10% e ocorrer no primeiro ano após a cirurgia ou de forma rápida, associada à outros problemas, você deve ficar atento.

Doenças como diabetes, colesterol e triglicerídeos elevado, apneia de sono e gordura no fígado são alguns das comorbidades que devem causar preocupação.

Caso  a redução de peso após a cirurgia bariátrica for inferior a 50%, o tratamento também deve ser avaliado.

O que leva ao reganho de peso após a cirurgia bariátrica?

Cada paciente que se submeteu a intervenção cirúrgica terá um tratamento pós-operatório individualizado.

Mas, seguir a dieta indicada pelo nutricionista, fazer exercícios físicos e tomar as polivitaminas prescritas são procedimentos essenciais para a perda constante de peso de forma saudável.

O reganho de peso após a cirurgia bariátrica está associado, muitas vezes, ao retorno de maus hábitos alimentares.

A compulsão por alimentos, a ingestão de bebidas alcoólicas e bebidas doces são grandes vilões para o reganho de peso após a cirurgia bariátrica.

Além disso, o padrão de “beliscador”, que consiste em comer biscoitos, salgadinhos e doces em pequenas porções várias vezes ao dia, traz graves consequências. Esses tipos de alimentos são muitos calóricos e não saciam.

Ressaltamos também que a falta de exercício físico contribui para a volta do peso.

Muitas vezes, o paciente está se controlando durante o pós-operatório, mas acaba perdendo a disciplina com o tempo.

Como tratar o reganho de peso?

O tratamento do reganho de peso será definido após a análise do paciente por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, de preferência, a mesma que realizou a cirurgia.

Serão solicitados exame e haverá uma avaliação clínica, nutricional e psicológica. A equipe irá buscar entender como o paciente está se comportando em questões alimentares e se está praticando exercícios físicos suficientes.

Em alguns casos poderão ser prescritos alguns medicamentos para contribuir na redução do peso, assim como antidepressivos e estabilizadores de humor.

Em outros, se observado alterações anatômicas que possam causar o reganho de peso é considerável o uso do plasma de Argônio, a técnica da plicatura gástrica e, em último caso, uma “revisão da cirurgia”.

E o efeito Platô?

Você já ouviu falar no efeito platô? Ele pode ser percebido quando o paciente estagnou o seu peso e não emagrece, mesmo se alimentando bem e fazendo exercícios.

O efeito platô é muito comum para as pessoas que fazem a cirurgia bariátrica e não deve ser causa de grande preocupação. Ele consiste em uma reação de adaptação do organismo ao emagrecimento rápido após o procedimento cirúrgico.

O metabolismo começa a funcionar mais lentamente e armazenar mais calorias ao perceber que está recebendo menos calorias do que antes.

É importante que o paciente não desanime e busque ajuda de sua equipe médica. Se o efeito persistir, a dieta e as atividades físicas podem ser repensadas para o indivíduo continuar a emagrecer.

O reganho de peso após a cirurgia bariátrica deve ser sempre controlado.

Por isso, é fundamental os cuidados no pós-operatório, os retornos nas datas estabelecidas com a equipe médica e multiprofissional e a manutenção de estilo de vida mais saudável com bons hábitos alimentares e exercícios físicos.

Ganhou mais peso do que devia após a cirurgia? Está sofrendo efeito platô? Não deixe de agendar uma avaliação médica.

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Saúde mental e o tratamento da obesidade: um enfoque psicológico

A obesidade é uma doença crônica, de evolução lenta que acarreta uma série de complicações psíquicas, físicas e emocionais.

Hoje, nos deparamos com muitos tratamentos que objetivam a perda de peso e a retomada de saúde.

A cirurgia bariátrica tem sido atualmente uma das alternativas mais vistas, para aqueles que almejam alcançar o tão sonhado corpo “magro”.  

Esses indivíduos crescem influenciados por uma sociedade faminta de afeto, de cuidado, de escuta e de compreensão.

Percebemos uma competitividade exacerbada, empobrecida de significados e, contaminada pelo mito da beleza física como retrato de prestígio social e poder.

Por isso a importância de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade. Buscamos esclarecer o porquê as pessoas obesas necessitam de um acompanhamento psicológico.

Saúde mental e tratamento da obesidade


Aqueles que distanciam dos padrões estipulados pela sociedade, em especial os obesos, carregam uma tarefa inglória e mutiladora.

Eles são obrigados a superar o preconceito e buscar o reconhecimento a todo custo, a fim de que sua condição física possa ter menos impacto diante do coletivo.

O problema alimentar vem, assim, como muitos outros sintomas perturbadores desta doença, assinalar a necessidade de que a psiquê tem de ser vista e amada.

A obesidade é reflexo de um sintoma de fome de amor não saciada, de raiva não expressada, do medo de rejeição e solidão, escondidas por um silêncio “recheado” de comida.

Assim, o alimento é visto como além dos aspectos fisiológicos, um substituto e compensação.

As normas impostas pela sociedade atual, pela mídia é de que, hoje, só é feliz quem é “magro”. Esse pensamento exerce fortes influências sobre a percepção da imagem corporal.

Dessa forma, a distorção desta imagem, é uma das consequências pós-cirurgia bariátrica.

E isto porque muitos obesos recorrem ao procedimento cirúrgico. Eles acreditam que ele será a solução de todos os seus problemas, uma “luz no fim do túnel”. Por isso a necessidade de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade.

A cirurgia bariátrica e a saúde psicológica

A cirurgia é apenas uma das alternativas para a redução do peso, melhora da qualidade de vida e saúde.

Isso porquê, a obesidade mórbida e suas comorbidades associadas podem levar o paciente à morte, se não bem tratada e diagnosticada.

O preparo psicológico envolve o levantamento de dados históricos pessoais e dados da história familiar.  Ocorre uma análise do que é pertinente ao fator obesidade do indivíduo e o que está sendo projetado na obesidade e na verdade não lhe pertence.

Muitas vezes, os pacientes colocam expectativas depositadas no emagrecimento que não serão cumpridas com a perda de peso.

Isso porque elas dizem respeito ao tratamento de um quadro depressivo, ansioso, ou mesmo de um processo de imaturidade diante da vida.

Frustrações com os resultados cirúrgicos devido às expectativas mal colocadas tendem, a atribuir à cirurgia culpabilidades que não lhe cabem.

Não é raro ouvir um comentário de que alguém deprimiu com a cirurgia bariátrica quando a depressão já estava na entrevista pré-operatória.

O paciente deve saber que cirurgia para perda de peso não trata pânico, depressão ou transtorno bipolar. Esses transtornos devem receber tratamento paralelo à cirurgia.

Qualquer psicólogo que já tenha atuado no campo das cirurgias e, em especial, na cirurgia bariátrica, recebe pacientes que chegam como quem busca retirar um mal. Ou como quem quer reformar uma roupa que não lhe cai bem.

O paciente muitas vezes quer sair da sessão sem aquele defeito, ou mazela. Ele quer fugir de questões maiores ou reflexões sobre causas ou efeitos das reformas realizadas.

Este tipo de paciente exige do psicólogo um trabalho bem específico.

Ele inclui: o estudo da fisiologia, da psicopatologia, da genética, dos modelos relacionais de casal e familiares e também do trabalho em equipes multidisciplinares.

E é na avaliação feita pelo profissional que o paciente pode falar dos seus sentimentos. Suas angústias, expectativas e a buscar dentro de si a compreensão de sua doença.

Além de reduzir a angústia do indivíduo relacionada à cirurgia, esse processo aumenta a possibilidade de que o paciente vincule ao tratamento psicológico pós-operatório.

A avaliação psicológica tem também um caráter preventivo, pois pode indicar riscos nestes pacientes.

Por exemplo, ele não ter tendência a respeitar as orientações médicas com relação à algumas orientações. Como alimentação, atividades físicas e acompanhamento após a cirurgia.

Por isso a saúde mental e o tratamento da obesidade necessitam de um acompanhamento direto e minucioso.

O pós operatório e o tratamento psicológico

No pós-operatório ocorrem mudanças rápidas tanto relacionadas aos hábitos alimentares. Já as mudanças na própria imagem corporal exigem do paciente uma reflexão, emergindo as próprias questões emocionais.

Para emagrecer, efetivamente, é preciso preparação e reorganização da vida.

Eliminar a obesidade mórbida e permanecer não-obeso é uma condição que exige aptidão, habilidade e aceitação para lidar com a nova realidade corporal.

Após a intervenção cirúrgica é preciso uma nova corporeidade, mais consciente, mais responsável.

As pessoas poderão beneficiar-se da cirurgia, desde que, consigam desenvolver maior autonomia e responsabilidade pelo cuidado com a própria vida.

Elas devem compreender que tornar-se magro e com um corpo “aceito” pela sociedade não implica a solução final de todos seus problemas.

O tratamento psicológico irá contribuir durante todo o processo de emagrecimento. Antes e depois da cirurgia bariátrica é necessário que o paciente seja acompanhado por um psicólogo.

A saúde mental e o tratamento da obesidade devem ser analisadas em conjunto. Esse é um ponto crucial antes da realização de qualquer cirurgia ou recurso médico contra a obesidade.

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Obesidade Mórbida: descubra a importância do tratamento

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo humano. Quando ela se apresenta em indivíduos com o IMC maior ou igual a 40 kg/m², ela é chamada de obesidade mórbida.

Essa doença é a mais severa quando se trata de obesidade. Ela coloca em risco a saúde do indivíduo, podendo levar à morte. Por isso a importância de um tratamento efetivo.

A obesidade mórbida é uma grave doença, mas que possui controle! O tratamento requer esforço do próprio indivíduo juntamente com profissionais qualificados. É de extrema importância que haja o acompanhamento de médicos, nutricionistas e outros especialistas.

Preparamos esse texto para você entender um pouco mais sobre essa doença, suas principais causas, consequências e tratamentos. Confira:

Quais as causas da obesidade?

A obesidade pode se desenvolver em um indivíduo por uma série de fatores.

A ingestão de alimentos com alto teor de gordura e açúcar contribuem para a evolução da doença. O sedentarismo, ou seja, a falta de atividades físicas também ajudam o corpo a ficar parado. Não há o estímulo da queima da gordura, que se acumula.

Do mesmo modo, os fatores emocionais e distúrbios emocionais, como depressão e  ansiedade, podem contribuir para a compulsão alimentar do indivíduo. Quanto mais come, mais engorda.

Outro ponto que contribui para a obesidade é o fator genético. Quando os pais ou a família é obesa, maior a chance do indivíduo também apresentar essa doença.

Por fim, as alterações hormonais também podem desencadear a obesidade. Alterações nas funções da glândula tireóide, como o hipotireoidismo, a síndrome dos ovários policísticos e a síndrome de Cushing são algumas delas.

Quais as principais consequências da Obesidade Mórbida?

A obesidade pode desencadear diversas outras doenças graves. Entre elas, encontramos o Diabetes Mellitus, problemas cardíacos e nas articulações, apneia do sono, trombose, infertilidade e câncer.

Além dos problemas físicos, existe o risco do desenvolvimento de depressão e outros distúrbios psicológicos. Eles acabam encontrando dificuldades de fazer atividades do dia a dia que normalmente uma pessoa com boa saúde faria.

Os obesos mórbidos podem encontrar dificuldades em subir escadas, amarrar seus cadarços e sentar em uma cadeira, por exemplo. Além disso, possuem dificuldades em manter relações sexuais e afetivas.

Esse é um fator importante a ser considerado é que constantemente o obeso mórbido é discriminado. Eles encontram dificuldades em encontrar roupas do tamanho correto e utilizar o transporte público.

Ações do dia a dia,  que para a maioria seria fácil, causam fadiga e cansaço para o obeso mórbido. Isso pode desencadear problemas psicológicos, como a ansiedade.

Qual o melhor tratamento para a Obesidade Mórbida?

O tratamento da obesidade depende de vários fatores. O grau da doença e a presença ou não de comorbidades (de outras doenças associadas) são os principais pontos que devem ser observados pelos especialistas.

Normalmente, o tratamento da obesidade segue etapas. A primeira é a reeducação alimentar em conjunto com exercícios físicos. Depois, se necessário, utiliza-se medicamentos.

O tratamento cirúrgico é indicado para aqueles pacientes que possuem 40 kg/m², obesos mórbidos, e aqueles com IMC maior ou igual a 35 kg/m² e alguma comorbidade grave.

A cirurgia bariátrica só é realizada quando é extremamente necessária e quando o paciente já tentou todos os outros tratamentos.  

Existem 3 técnicas para cirurgia bariátrica: Restritivas, Disabsortivas e Técnicas mistas.

Restritivas

As técnicas restritivas/hormonais reduzem a quantidade de alimentos no estômago e proporcionam a sensação de saciedade no paciente.

Aquelas que são apenas restritivas não alteram a fome do paciente: balão intragástrico e banda gástrica ajustável.

As que são restritivas e metabólicas induzem à saciedade precoce reduzindo, também, o grau de fome. A gastrectomia vertical, conhecida como Sleeve, é uma dessas.

Disabsortivas

Já as técnicas disabsortivas alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos, dificultando a absorção pelo intestino delgado.

Essas cirurgias causam um grande desvio intestinal. Isso faz com que haja redução do tempo do alimento no trânsito pelo intestino delgado e a capacidade de absorção do mesmo. A diminuição de absorção acaba induzindo ao emagrecimento.

Neste tipo de cirurgia o paciente deve estar ciente da necessidade e da importância do controle dos micronutrientes (vitaminas).

Técnicas puramente disabsortivas são pouco utilizadas devido às complicações inerentes dos procedimentos.

Mistas

Por fim, temos as técnicas mistas, que reduzem a ingestão de alimentos pela redução do estômago e a causam disabsorção com o desvio de trânsito intestinal.

A principal técnica mista é o by-pass gástrico em Yde Roux, utilizado em 75% das cirurgias realizadas no Brasil. Também é considerada uma cirurgia metabólica.

Você pode saber mais sobre essas técnicas de cirurgia baixando o nosso ebook.

A cirurgia bariátrica é o principal tratamento para a obesidade mórbida. É necessário ficar atento ao seu IMC para não chegar a um nível de gordura que atrapalhe a sua saúde. Você pode medir o seu IMC em nossa calculadora!

Faça sempre exames periódicos e, se já estiver com sobrepeso, procure um médico. A obesidade é uma doença grave e deve-se ficar atento as doenças a ela relacionadas.


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alimentação Cirurgia Bariátrica

Alimentação após cirurgia bariátrica: saiba quais alimentos consumir

Ter uma alimentação saudável é necessário para qualquer pessoa viver bem. Porém, quando o assunto é a cirurgia bariátrica, uma dieta sadia é questão vital.

As orientações da dieta no pós-operatório da cirurgia bariátrica devem ser feita por profissional capacitado que possa elaborar dieta personalizada.

Cada paciente possui certas especificidades em relação às condições de saúde, tipo de cirurgia, velocidade de perda de peso e hábitos alimentares. Assim, pode ser necessário a inclusão ou exclusão de determinados alimentos.

Mas, no geral, a alimentação após a cirurgia bariátrica segue um padrão. Abaixo você pode conferir como é cada dieta:

Primeira fase: A Dieta Líquida

A alimentação após a cirurgia bariátrica tem como finalidade, além de nutrir, dar “repouso” para o estômago e auxiliar o corpo a se adaptar à nova anatomia. Dessa forma é prescrita a dieta líquida restrita (ou dieta líquida clara).

Esta é uma dieta sem resíduos que favorece o esvaziamento gástrico e não é fermentada pelas bactérias intestinais, evitando a formação de gases e distensão abdominal. A dieta sem resíduo também previne problemas como lesão ou obstrução intestinal.

Assim, são oferecidas refeições com, em média, 20 a 30ml que devem ser consumidas lentamente. Neste primeiro momento podem ser oferecidos líquidos claros como:

  • Chás (cores claras)

  • Água de coco

  • Sucos naturais não ácidos, como melão, melancia e maçã

  • Caldo natural de carne, frango, peixe com legumes

  • Água durante todo o dia, em pequenas porções

Segunda fase: Dieta Cremosa ou líquido-pastosa

Conforme a adaptação à dieta líquida, haverá a evolução para dieta cremosa. Que é composta basicamente de:

  • Vitaminas ralas (batidas e coadas)

  • Leite desnatado

  • Caldo de leguminosas, como feijão e lentilha, desde que seja feito o remolho corretamente

  • Mingau ralo

  • Sopas ralas batidas e coadas

  • Iogurte natural desnatado, que pode ser batido com frutas e depois passado pela peneira

Calcula-se que ao final desta etapa o consumo será de aproximadamente 2 litros de alimento, divididos em 15 refeições durante o dia.

Terceira fase: Dieta Pastosa

Nessa fase são indicados leguminosas, como feijão, lentilha e grão de bico, consumidos como purês batidos e coados, retirando toda a casca.

Vegetais cozidos, amassados ou em purê (como purê de batata, abóbora, batata-doce, couve flor), não devem conter casca, semente ou fiapos. Além disso, estão presentes:

  • Sopas de vegetais, carne ou frango batidas

  • Temperos naturais

  • Iogurte desnatado – natural ou com sabores

Quarta Fase: Dieta Branda

Esta dieta é uma forma de transição para a dieta regular. Neste momento, além dos alimentos presentes na dieta líquida e na dieta pastosa, é possível consumir:

  • Carnes, peixes e frangos – cozidos , moídos ou desfiados.
  • Legumes –cozidos, ou no vapor, que estejam com uma textura purê
  • Ovos cozidos ou mexidos
  • Frutas macias, sem casca e sem semente

Alimentos que devem ser evitados

Alguns alimentos devem ser evitados por prejudicar a recuperação do paciente e por fazerem mal à saúde. São eles:

  • Alimentos ricos em açúcar, como doces, achocolatados, bolachas, bolos e sorvete

  • Temperos prontos e molhos industrializados

  • Bebidas gaseificadas, como refrigerante e água com gás

  • Bebida alcoólica

  • Sucos industrializados que contenham açúcar

  • Chá mate / preto, café, bebidas à base de cola ou xarope de guaraná

  • Pimentas (pó, grão, secas ou in natura) e hortelã

  • Oleaginosas como nozes, castanhas, amêndoas e amendoim (in natura, cremes ou pastas)

Dieta regular

A dieta regular também é conhecida como dieta geral ou dieta normal. Em teoria o paciente está “liberado” para manter uma alimentação após a cirurgia bariátrica sem muitas restrições.

Por esse motivo é tão importante que os hábitos e os comportamentos alimentares tenham sido trabalhados e acompanhados por nutricionista. Que garantirá uma escolha alimentar mais equilibrada e hábitos mais saudáveis.

A dieta regular deve manter a boa alimentação das outras dietas. Assim, irá auxiliar na manutenção do peso após a cirurgia bariátrica e evitar carências nutricionais e possível ganho de peso.

Durante todas as fases da alimentação após a cirurgia bariátrica é necessário priorizar alimentos protéicos para prevenir perda de massa magra. Em alguns casos, é comum a utilização de suplementos proteicos.

É indicado evitar o excesso de fibras, pois retardam o esvaziamento gástrico e podem diminuir a absorção de nutrientes da dieta.

É necessário, também, evitar consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura para evitar Síndrome de Dumping e reganho de peso.

Lembrando que a melhor forma de seguir uma dieta ou um cardápio para cirurgia bariátrica é procurar o nutricionista especializado no assunto! As necessidades calóricas e nutricionais devem ser são tratadas de forma individualizada.

Quer saber mais informações sobre a cirurgia bariátrica? Tire suas dúvidas baixando o nosso ebook: As 20 principais dúvidas sobre Cirurgia Bariátrica.

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Quais profissionais são essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica é um tipo de procedimento médico que necessita ser acompanhado por uma equipe multiprofissional de saúde. Cada profissional irá contribuir de alguma forma para a preparação e recuperação do paciente.

São muitos os especialistas que devem acompanhar o paciente desde o momento que ele é encaminhado para a bariátrica até anos após a intenção cirúrgica.

Eles poderão orientar o paciente quanto a cirurgia e sobre as mudanças que estão por vir. Também são os responsáveis por auxiliar no emagrecimento e na manutenção da saúde física e psicológica.

Mas quais são os profissionais essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica?  Fizemos uma lista com todos eles! Confira:

Médico Endocrinologista

O endocrinologista é o médico especializado no tratamento das disfunções hormonais.

A obesidade muitas vezes está associada a alterações desses hormônios. Assim, o endocrinologista tem um papel importante, principalmente no pré-operatório da cirurgia bariátrica.

É ele que, muitas vezes, irá indicar a cirurgia ao paciente, baseado em seu histórico médico. Para uma pessoa ser encaminha à cirurgia bariátrica deve possuir um IMC maior do que 30 em casos de diabetes não controlada ou IMC acima de 35 com comorbidades ou, ainda, IMC acima de 40. Além de ter tentado tratamento clínico por um período mínimo de 2 anos.

No pós-operatório, o endocrinologista continuará acompanhando o paciente  fiscalizando a manutenção do peso.

Médicos especializados em cardiologia e pneumologia

O cardiologista e o pneumologista são dois essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica

Eles serão responsáveis, cada um em sua especialidade, de encaminhar o paciente para exames e fornecer um relatório completo atestando a indicação para a cirurgia. E fornecendo os riscos cirúrgicos.

Vale lembrar que muitos pacientes obesos são, também, hipertensos. E as vezes, o cardiologista é o primeiro a indicar a cirurgia bariátrica para controle da hipertensão arterial.

Além disso, pela própria obesidade, podem apresentar restrição pulmonar. Sendo fundamental o acompanhamento/avaliação do pneumologista.

Nutricionista ou nutrólogo

O nutricionista ou o nutrólogo são os responsáveis pela nutrição do paciente e se complementam.

O nutrólogo é o profissional que se formou em medicina e se especializou na área de nutrição. Ele busca identificar nos pacientes as principais deficiências nutricionais e diagnósticos de doenças associadas a elas, podendo receitar remédios.

Já o nutricionista é graduado em nutrição e possui o conhecimento maior nas propriedades nutricionais dos alimentos, sendo o profissional ideal para prescrever cardápios.

Assim, pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica muitas vezes acabam visitando esses dois profissionais.

Em conjunto, eles irão auxiliar nas dietas (líquida, pastosa, branda e geral), descobrir quais são as restrições de nutrientes do paciente e quais as polivitaminas e outros remédios eles poderão ingerir.

Psiquiatra ou psicólogo

O psicólogo e o psiquiatra também se complementam e são profissionais essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica.

O psiquiatra é formado em medicina e possui especialização em psiquiatria. Ele ajuda o paciente através do diagnóstico de possíveis problemas psicológicos, podendo intervir através de remédios e conversas.

Já o psicólogo é formado em psicologia e é especializado em entender o comportamento das pessoas, auxiliando- as a entender elas mesmas no contexto da sociedade.

Esses dois profissionais são importantes antes e depois da cirurgia bariátrica. Juntos, irão preparar e ajudar os pacientes a superar as fortes mudanças ocasionadas pela cirurgia.

Também poderão ajudar nos impulsos alimentares, se surgirem.

Cirurgião Bariátrico

O cirurgião bariátrico é o responsável por realizar a intervenção cirúrgica. Ele deve acompanhar o paciente antes e depois do procedimento.

É cirurgião geral e/ou do aparelho digestivo com título de especialista em Cirurgia Bariátrica.

Além do médico cirurgião, ele contará com a ajuda de mais dois cirurgiões auxiliares, o médico anestesiologista, enfermeiros e técnicos de enfermagem e instrumentador cirúrgico.

Outros profissionais

Existem ainda outros profissionais que podem auxiliar na recuperação após a cirurgia bariátrica.

Um desses profissionais é o fisioterapeuta. Ele atuará muito no pós operatório, auxiliando na respiração do paciente, que poderá se alterar com a cirurgia.

O fonoaudiólogo também poderá ter grande contribuição no pós operatório do paciente. Com a mudança alimentar após a cirurgia, o paciente pode ter vômitos, refluxos e engasgos com as refeições. Esse profissional irá ajudar o paciente a se adaptar a essas mudanças.

Já o educador físico é importante pois auxiliará o paciente na realização de exercícios físicos para a manutenção do emagrecimento.

Após a cirurgia, se for necessário realizar uma cirurgia reparadora, o cirurgião plástico também poderá contribuir para o bem estar do paciente.

Bons profissionais são essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica! Uma equipe multidisciplinar formada de bons especialistas garantem o sucesso do procedimento!

O diálogo entre os médicos e demais profissionais é essencial para que os pacientes tenham confiança na equipe que realiza a cirurgia.

Possui mais dúvidas sobre a cirurgia bariátrica? Então não deixe de baixar os nossos conteúdos!

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Gravidez após cirurgia bariátrica: quais as recomendações?

Muitas mulheres que realizam a cirurgia bariátrica necessitam emagrecer para engravidar. O excesso de peso pode ocasionar problemas hormonais e quadros de infertilidade.

Pesquisas mostram que, quando falamos de pacientes que se submetem a cirurgia bariátrica, a maioria são mulheres e 80% delas estão na idade fértil.

Assim, existem muitas dúvidas em relação aos cuidados da gravidez após a cirurgia bariátrica. Nesta postagem vamos esclarecer essas questões!

A Cirurgia Bariátrica como solução

A obesidade traz diversos problemas para a nossa saúde. Doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e até mesmo o câncer são algumas dessas doenças associadas ao excesso de gordura.

Nas mulheres, a obesidade pode desencadear a dificuldade para engravidar ou até mesmo a propensão a abortos e o nascimento de bebês prematuros.

Doenças como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e a hipertensão arterial ocasionada pela gestação também são comuns. Por isso é importante que a mulher perca o excesso de peso antes de engravidar.

Saiba mais sobre o imc!

Quando o IMC da mulher for maior que 35, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção. Os médicos avaliam diversos fatores para indicarem a cirurgia.

Na maioria das vezes ela é eficaz para aqueles que tentam há anos perder peso através de atividades física, dietas e medicamentos.

Normalmente, o paciente que submeteu a cirurgia perde 10% do seu peso no primeiro mês, mais 6% no segundo e no terceiro totaliza 20% de redução de peso. A perda dos outros 20% acontece até o final do segundo ano.

Cada organismo poderá se comportar de uma forma diferente, sendo que alguns podem perder mais ou menos de 40% do peso.

Dessa forma, a gravidez após a cirurgia bariátrica pode ser uma opção para aquelas mulheres que desejam engravidar com qualidade de vida para elas mesmas e para o bebê.

Gravidez após a cirurgia bariátrica

Existem diversos cuidados que as mulheres que se submeteram a cirurgia bariátrica devem ter para engravidar após o procedimento.

Segundo especialistas, após a cirurgia o ideal é que a mulher espere de 18 a 24 meses para engravidar. Isso acontece pois o corpo tem que se adaptar a perda de peso e estabilizar os nutrientes e eletrólitos no organismo.

O emagrecimento progressivo provavelmente irá melhorar a fertilidade das mulheres e, por isso, o anticoncepcional pode ser um aliado.

Mas muitas vezes o anticoncepcional oral não é indicado. As cirurgias bariátricas Mistas e Disabsortivas diminuem a absorção intestinal. Assim, a pílula não fará efeito.  

Assim, são indicados anticoncepcionais injetáveis e outros métodos contraceptivos, como uso de camisinha ou implante de DIU, entre outros.

Suplementação é fundamental

Antes e durante a gravidez a suplementação é fundamental para a paciente.

O acompanhamento da ginecologista e outros profissionais da saúde é necessário para que a gravidez ocorra de forma tranquila.

As polivitaminas são suplementos que devem começar a ser utilizados no pós-operatório e provavelmente mantidos pelo resto da vida.

A recomendação da Associação Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica é a de que o polivitamínico deve possuir: Zinco, Ácido fólico, Biotina, Vitamina K, Selênio, Ferro e Cobre.

Além disso, para as mulheres grávidas, é essencial a Vitamina B12, o Ferro, o Cálcio e a Vitamina D.

A suplementação vai variar de acordo com cada caso e somente os profissionais de saúde –  ginecologistas, nutricionistas e nutrólogos ou o próprio cirurgião bariátrico poderão prescrever qual será administrado e a dosagem.

Também é necessário uma dieta diferenciada e balanceada que deve ser prescrita pelo nutricionista.

O ganho de peso na gravidez é normalmente de 8 a 12 quilos, o mesmo que de uma grávida que não passou pela cirurgia bariátrica.

O Pós-parto e a amamentação

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), as crianças que nascem de uma Gravidez após cirurgia bariátrica tem em média 2,950 kg e altura de 48 cm.

Normalmente, um bebê saudável possui entre 2,7 a 3,5 kg.

A amamentação é recomendada e deve ser realizada. A suplementação deve continuar de acordo com a orientação dos profissionais de saúde para que o bebê possa obter os nutrientes necessários.

A gravidez após a cirurgia bariátrica não é um risco. Mas é necessário o acompanhamento de uma equipe de profissionais para que ela ocorra de forma satisfatória.

As grávidas devem seguir à risca as orientações de ginecologistas, nutricionistas e outros especialistas para que os bebês nasçam saudáveis e elas possam continuar com qualidade de vida.

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