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Descubra como a cirurgia bariátrica contribui na remissão da hipertensão

A cirurgia bariátrica pode ser um dos tratamentos indicados para a remissão da hipertensão. Pesquisas recentes apontam a eficácia dessa intervenção cirúrgica comparada ao tratamento clínico. 

A obesidade e a hipertensão são doenças que muitas vezes andam juntas. Muitos pacientes acabam tendo pressão alta em consequência do excesso de peso. Por isso, é importante entender essa relação.

Nesse texto, você vai entender um pouco mais sobre a relação entre obesidade e hipertensão e como a cirurgia bariátrica pode contribuir no controle dessas patologias. Confira!

Qual a relação entre a Obesidade e a Hipertensão? 

A obesidade é uma doença que acaba desencadeando outros problemas de saúde, como diabetes, problemas articulares e a hipertensão. Controlando o excesso de peso, consequentemente muitas dessas doenças também são contidas. 

Segundo a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2018, 41,6 milhões de brasileiros estão acima do peso.

Isso significa que quase 20% da população é obesa e corre o risco de desenvolver a hipertensão

Afinal, estudos mostram que pessoas obesas possuem 4 vezes mais chances de serem hipertensas, comparadas aos indivíduos com peso normal. 

A Vigitel também constatou que o aumentou o número de pessoas diagnosticadas com hipertensão. Se em 2006 esse número era de 22,5% da população, em 2018, subiu para 24,7%. 

A pressão alta é uma doença que não tem cura, e é controlada, na maioria das vezes, por meio de medicamentos, perda de peso e mudança no hábito de vida. A variação média da pressão arterial é 120 por 80. 

Como a cirurgia bariátrica pode contribuir no tratamento?

Do total de obesos no brasil, um terço é elegível para realizar a cirurgia bariátrica. Essa cirurgia é indicada para pessoas com IMC acima de 40 kg/m² (obesidade grau III ou obesidade mórbida).

Além disso, pacientes com IMC entre 35 e 40 (obesidade grau II) com doenças associadas, como a hipertensão, podem realizar a cirurgia bariátrica. 

Esses pacientes devem ter tentado emagrecer através de tratamento clínico por, pelo menos, 2 anos. 

Assim, a cirurgia bariátrica podem ser um grande aliado para aqueles indivíduos que não conseguem emagrecer por meio de tratamentos convencionais, como exercícios, dieta equilibrada e medicamentos.

O que dizem as pesquisas? 

Uma pesquisa brasileira apresentada no Congresso da Associação Americana de Cardiologia (AHA 2019), realizada nos EUA, dividiu 100 pacientes em dois grupos que foram monitorados durante três anos. 

Um grupo se submeteu à cirurgia bariátrica (Bypass gástrico) e o outro continuou com a tratamento clínico. 

A pesquisa mostrou que 72,7% dos pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica reduziram em pelo menos 30% os medicamentos que utilizavam antes da cirurgia. 

Além disso, os pacientes operados tiveram a redução da glicose em 14%, do LDL-colesterol em 29%, os triglicerídios em 47% e o IMC em 28%. 

No segundo grupo, 12,5% dos indivíduos reduziram o número de medicações. Porém, em média, os pacientes terminaram a pesquisa ingerindo 3 vezes mais medicações anti-hipertensivas. 

Para, Marcos Leão Vilas Bôas, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, os resultados dessa pesquisa “ se somam aos grande estudos mundiais que mostram os enormes benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica e que transcendem a perda de peso, resultando na remissão do diabetes tipo 2, da hipertensão arterial, entre outros aspectos”. 

A cirurgia bariátrica pode ser um tratamento eficaz contra a hipertensão. Mas antes de chegarmos a essa solução é necessário a avaliação médica! Apenas com o aval de um profissional é possível saber qual o melhor tratamento. 

E se você quiser entender um pouco mais sobre os graus de obesidade, baixe o nosso ebook “Entenda o que é obesidade: causas, riscos e tratamentos”. 

Fonte: https://www.sbcbm.org.br/estudo-brasileiro-aponta-remissao-da-hipertensao-em-pacientes-submetidos-cirurgia-bariatrica/

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alimentação Cirurgia Bariátrica Obesidade

Confira a Entrevista do Dr. Ivan Resende no Tribuna de Minas

O Jornal Tribuna de Minas, através do programa da Alcione , publicou no último dia 21 uma entrevista com o Dr. Ivan Resende e a paciente da Clínica Babi Boni.

Na entrevista, o médico explicou um pouco sobre o processo da cirurgia de redução de bariátrica, seus benefícios na saúde, a importância do exercício físico e o monitoramento pós-cirurgia.

Babi, que fez a cirurgia a 6 anos atrás, também falou sobre a sua experiência de ter realizado o procedimento e dos benefícios que ele trouxe para a sua vida.

Abaixo você confere a entrevista completa!

E se você quiser entender um pouco mais sobre a Cirurgia Bariátrica baixe o nosso ebook As 20 principais dúvidas sobre Cirurgia Bariátrica.

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Emagrecer de forma rápida pode ser prejudicial à sua saúde?

Emagrecer de forma rápida pode ser prejudicial à saúde. Dietas encontradas na internet, sem acompanhamento nutricional, trazem diversos problemas. As deficiências nutricionais e o enfraquecimento do sistema imunológico são alguns desses males. 

Por isso, nesse texto você irá encontrar os principais erros de quem busca emagrecer rapidamente. Além disso, entenderá quais as consequência da perda de peso acelerada e qual a melhor forma para emagrecer de forma saudável! Confira!

Os principais erros de quem quer emagrecer rapidamente

Emagrecer rápido é o sonho de muitas pessoas. Mas pesquisas mostram que o ideal é emagrecer 1 kilo por semana, de forma saudável! Se alimentar bem, fazer exercícios físicos continuamente e manter bom acompanhamento multidisciplinar. 

Quem perde peso de forma rápida, não perde apenas gordura, mas também músculo e líquidos, além de ter muito mais chances de engordar novamente. É o chamado efeito sanfona. O indivíduo emagrece, volta a comer em excesso, faz novamente a dieta, mas depois volta a engordar… Um ciclo que faz mal à saúde e traz diversos problemas. 

Assim, o  principal erro de quem quer emagrecer é, ao alcançar o objetivo, voltar aos mesmos costumes de antigamente. Aqueles que fazem tratamento para emagrecer e muda os hábitos alimentares e cotidianos possuem mais chances de manter o novo peso.

Os riscos de emagrecer de forma rápida sem acompanhamento

Dietas que prometem a perda de peso rápido, na maioria das vezes, incentivam o consumo de muitos poucos nutrientes e calorias. Assim, o organismo pode ser prejudicado. Confira os 4 principais problemas:

Redução do Metabolismo

A perda rápida de peso prejudica o funcionamento do metabolismo, que pode começar a ter dificuldades em seu processo. Pesquisas mostram que o prejuízo pode ser redução de 23% da queima de calorias e continuar após o término da dieta. 

Além disso, certos hormônios são prejudicados, ocasionando também a perda de massa muscular.

Deficiências Nutricionais

As deficiências nutricionais podem trazer diversos problemas ao indivíduo, como anemia, desidratação, escorbuto e problemas de visão. Além disso, problemas intestinais, como diarreia e vômitos, e até cálculos biliares podem surgir.  

A falta de nutrientes também  ocasiona prejuízos ao cabelo e as unhas, que podem enfraquecer e até cair. Assim, privar o organismo de nutrientes essenciais, como sódio, fósforo, potássio, ferro e Vitamina B12 podem causar problemas sérios. 

Problemas no fígado

Emagrecer de forma rápida pode prejudicar o fígado. O órgão pode ter dificuldades para realizar suas funções e ocasionar disfunção hepática.

Queda na Imunidade

O emagrecimento rápido também ocasiona problemas como fraqueza, tonturas, fadiga e fome. Além disso, o sistema imunológico pode ficar prejudicado. Assim, o corpo estará mais propenso a doenças e infecções. 

A melhor forma de emagrecer de forma saudável

Por todos esses motivos, emagrecer corretamente requer cuidado e atenção! É necessário perder peso de forma saudável. Se você estiver muito acima do peso, o ideal é procurar um médico e iniciar um tratamento contra a obesidade. 

O índice de massa corporal (IMC) é o parâmetro utilizado para saber a adequação do peso. De acordo com os valores obtidos através desse cálculo, é possível definir se você está com o peso adequado à sua altura (peso ideal), se apresenta magreza, sobrepeso ou obesidade. Para calcular o seu IMC, acesse nossa página. 

Assim, o tratamento da obesidade depende de vários fatores, como, por exemplo, o grau da doença e a presença ou não de patologias relacionadas (comorbidades). 

Não é um processo fácil e, em hipótese alguma, o tratamento deve ser iniciado sem a avaliação e orientação de um profissional de saúde especializado

Mais do que a perda de peso, o tratamento da obesidade visa a redução ou melhoria das comorbidades. Mudanças no estilo de vida auxilia para que a pessoa retorne à condição de saúde ideal.

Não podemos pensar que, para emagrecer, devemos apenas parar de comer. Tudo depende de um acompanhamento médico e nutricional. Procure o seu médico de confiança e peça uma orientação para perder peso de forma saudável. 

E se você quiser saber um pouco mais sobre a obesidade, baixe o nosso ebook Entenda o que é obesidade: causas, riscos e tratamentos e tire todas as suas dúvidas sobre essa doença.

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Obesidade

O que é diabetes?

A diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pela má produção de insulina pelo organismo ou por resistência da sua ação nos tecidos corporais.

Como consequência, ocorre o aumento do açúcar no sangue e surgimento de diversos problemas de saúde. 

Pessoas obesas estão no grupo de risco dessa doença que atinge mais 6,9% da população brasileira, cerca de 13 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes

Nesse texto você vai entender um pouco mais sobre o que é a diabetes, os seus tipos, os sintomas mais comuns e tratamentos da doença.

Entenda o que é diabetes

Dentre os diversos hormônios que encontramos no corpo humano, existe um responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue: a insulina. 

O pâncreas fabrica a insulina, que possui a função de ajudar a glicose a penetrar nas células. Dessa forma, o excesso desse nutriente é retirado do sangue. 

Porém, quando a produção de insulina é nula ou insuficiente, ou há algum problema no processo de retirada da glicose no sangue, essa glicose começa a se acumular e provoca a diabetes.

Se esse quadro permanecer por um período longo de tempo, há o risco de diversos problemas no corpo, nos órgãos, vasos sanguíneos e nervos. 

Conheça os fatores de risco do diabetes

A Diabetes Melittius, como é chamada, se desenvolve a partir de fatores genéticos e hábitos do estilo de vida do indivíduo. E apresenta relação, também, com outras doenças. 

  • Pressão alta;
  • Colesterol e taxa de triglicérides no sangue altas;
  • Apneia do sono;
  • Desenvolvimento de doenças renais crônicas;
  • Má alimentação (ingestão excessiva de gordura, massa e a açúcar);
  • Sedentarismo.

Além desses fatores, são considerados grupos de risco:

  • Pessoas com sobrepeso ou obesidade;
  • Mulheres grávidas de crianças com mais de 4 kilos;
  • Indivíduos com parentes próximos que desenvolveram diabetes;
  • Mulheres com síndrome do ovário policístico;
  • Indivíduos com distúrbios psiquiátricos (esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar).

Descubra quais os tipos de diabetes 

Existem 4 tipos principais de tipos de diabetes:

Pré-Diabetes – resistência à insulina.

Indivíduos pré-diabéticos ainda não desenvolveram a doença, mas já apresentam altos níveis de glicose no sangue. Essas pessoas tem grandes chances desenvolverem a diabetes tipo 2 se não se cuidarem.

Normalmente, pessoas pré-diabéticas são alertadas para o problema através de exames de sangue. Um dos sinais é a taxa de glicemia de jejum alterada, ou seja, maior que 100 e menor do que 126mg/dL. 

Outro sinal é a hemoglobina glicada (HbA1c) entre 5,7% e 6,4%.

Além disso, o acúmulo de gordura abdominal, com cintura acima de 94 cm para os homens e 80 cm para as mulheres, pode ser um alerta. 

Pessoas que apresentam esse sinais e são obesos, hipertensos ou possuem alterações na taxa de triglicerídeos podem ser considerados pré-diabéticos. 

Pesquisas mostram que 50% dos pacientes diagnosticados desenvolvem a doença pois continuam a cometer os mesmos erros, como consumo alto de açúcar e sedentarismo. Por isso, é necessário diagnóstico precoce e alteração no hábito de vida.

Diabetes Tipo 1: 

A Diabetes Tipo 1 é caracterizada por ser autoimune. O sistema imunológico ataca erroneamente as células betas presentes no pâncreas e que produzem a insulina. 

Assim, sem a fabricação correta da insulina, a glicose permanece no sangue e não é usada para produzir energia para o corpo. 

A diabetes tipo 1 concentra de 5 e 10% dos casos  da doença e normalmente aparece na infância e adolescência. 

Diabetes tipo 2

Na Diabetes tipo 2, o organismo do indivíduo acaba ganhando resistência à insulina e, dessa forma, a glicose se mantém alta no sangue.

Esse tipo de diabetes se desenvolve geralmente em pessoas adultas obesas, sedentárias, com história familiar positiva para diabetes melitos do tipo 2 e com hábitos alimentares ruins.

O consumo de refrigerantes, doces, gorduras e similares contribuem para o avanço da patologia. 90% dos diabéticos se enquadram nesse tipo. 

Diabetes gestacional

A Diabetes gestacional é aquela desenvolvida por mulheres durante a gravidez. 

Quando a mulher está grávida, os hormônios da placenta reduzem a ação da insulina no sangue e, como consequência, o pâncreas aumenta a sua produção. 

Porém, essa reação do pâncreas não acontece com algumas mulheres, que acabam acumulando a glicose e desenvolvendo uma diabetes temporária. 

Por isso, é importante acompanhar de perto o sangue das gestantes. 2 a 4% de mulheres desenvolvem esse tipo de diabetes na gravidez, sendo necessário a atenção para a doença não permanecer após o nascimento da criança.

Saiba quais são os sintomas da diabetes

Os principais sintomas da diabetes são:

  • Sede excessivas
  • Aumento do Apetite;
  • Cansaço, fraqueza e/ou fadiga. 
  • Nervosismo.
  • Mudanças bruscas de humor.
  • Presença de náusea e vômito.
  • Perda de peso rápida e involuntária;
  • Hálito modificado;
  • Visão embaçada ou turvas;
  • Vontade de urinar várias vezes ao dia;
  • Frequentes infecções;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Formigamento nos pés e mãos.
o que é diabetes

Conheça os tratamentos

A diabetes tipo 1 e 2 não possuem cura. O mais importante, assim, é manter o controle da glicose no sangue.

As principais recomendações são a prática de exercícios físicos, pois quando nos exercitamos, o corpo consegue consumir parte do açúcar sem ação da insulina. Além disso, mudanças de hábitos alimentares são essenciais. 

Para os diabéticos do tipo 1, além do tratamento não medicamentoso, os pacientes necessitam fazer uso da insulina em injeções diárias. 

Paciente com diabetes do tipo 2 podem controlar a doença apenas com alterações de hábitos de vida com dieta adequada e atividade física.

Muitas vezes é recomendado uso de medicamentos orais e outros, em alguns casos, uso de insulina também se faz necessário. 

A cirurgia metabólica é indicada em casos de pacientes com índice de massa corporal acima de 30 kg/m2 e diabetes de difícil controle. 

É importante, e faz parte do tratamento, o controle da glicemia em casa (com o glicosímetro – aparelho capaz de medir a glicose através de uma gota de sangue). 

A especialidade médica responsável pelo tratamento do paciente diabético é a endocrinologia.

Mas, também, é importante acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, educador físico, entre outros. Para auxiliar na mudança e manutenção da terapia. 

A diabetes é uma doença grave mas pode ser controlada. Diabéticos podem ter vida normal se mantiverem bons hábitos e serem acompanhados por especialistas. 

Visite seu médico regularmente!

Se você é obeso ou possui sobrepeso, a atenção é redobrada! 

Quer saber um pouco mais sobre como a obesidade pode afetar a sua vida? Baixe o ebook “O que é a obesidade” e entenda um pouco mais sobre esse tema.

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Obesidade

Obesidade na adolescência: saiba mais sobre as causas e os tratamentos

O número de crianças e adolescentes obesos aumentou 10 vezes nos últimos quarenta anos. Esse dado alarmante foram divulgados em 2017 pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo mostra que em 1975,  1% de meninos e meninas entre 5 e 19 anos eram obesos. Em 2017, a porcentagem foi de 6% de meninas e 8% de meninos.

Outra pesquisa retratando o cenário nacional, de 2014, revela que 15% das crianças entre 5 a 9 anos e 25% dos adolescentes estão obesos ou com sobrepeso.

Esses números mostram que a obesidade na adolescência é recorrente no mundo todo, e não é diferente no Brasil. O número de crianças e jovens obesos só crescem, por diversos fatores.

Por que os adolescentes sofrem com a obesidade?

A obesidade na adolescência possui diversas causas. Mas, na maioria das vezes, ela se desenvolve por uma multiplicidade de fatores que se conectam.

O primeiro fator que mais afeta é o genético. Segundo pesquisas, filhos de pais que não são obesos tem 9% de desenvolverem a doença. Se um dos pais for obeso, esse número sobe para 40%.

Agora, se ambos os pais apresentarem  o quadro, existe 80% de chance do filho também ser obeso.

Isso nos leva para o segundo fator: o metabolismo. Cada organismo se desenvolve de uma maneira e pode ter, ou não, a tendência de ganhar ou perder peso.

O terceiro fator é o ambiental. A má alimentação e a falta de exercícios físicos contribuem para o acúmulo de gordura no corpo!

Doenças é o último fator que deve ser levado em conta. Problemas endocrinológicos e genéticos podem desencadear a obesidade.

Quais são os perigos da obesidade na adolescência?

A obesidade na adolescência pode trazer graves problemas físicos e emocionais.

Pessoas obesas podem adquirir hipertensão arterial, diabetes (principalmente a tipo 2), alterações no colesterol, doenças hepáticas e biliares, problemas ortopédicos e câncer.

A obesidade acarreta para crianças e adolescentes problemas psicológicos. Baixa autoestima, ansiedade, depressão e transtornos alimentares, como a compulsão.

Eles acabam sofrendo bullying frequentemente, piorando esses quadros psicológicos. O preconceito afeta a autoestima e a formação emocional do jovem, que ainda está se fortalecendo.

As humilhações e constrangimentos podem contribuir para o isolamento social e quadros graves de depressão e pânico.

Quais são os tratamentos disponíveis?

A obesidade deve ser tratada ainda na infância. Pesquisas mostram que 70% de doenças como diabetes e hipertensão podem ser evitadas com o tratamento contra a obesidade nos primeiros 20 anos de vida.

Isso acontece pois as crianças têm o benefício  de crescer e corrigir a proporção de peso e altura. Por isso é importante mudar os hábitos alimentares e de saúde desde pequeno.

Colocar a criança e o adolescente para fazer atividades físicas é fundamental. Esportes coletivos e caminhadas são essenciais para a perda de peso.

A reeducação alimentar também é obrigatória para diminuir a obesidade na adolescência. A dieta deve ser modificada, aumentando o consumo de frutas e legumes, deixando de lado doces e gorduras.

Além disso, os adolescentes devem comer em horários corretos e ter bons hábitos. Deixar as crianças longe da televisão e do computador são ações necessárias.

A obesidade pode ser um grave problema para os jovens. Mas é mais fácil controlá-la na juventude do que quando adulto.

O apoio dos pais é fundamental para o controle da doença. O exemplo e o incentivo deve começar de casa.

Sendo assim, vemos a importância de discutir sobre a obesidade na adolescência! Crianças e adolescentes eutróficos são adultos saudáveis no futuro.


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Cirurgia Bariátrica Obesidade

Saúde mental e o tratamento da obesidade: um enfoque psicológico

A obesidade é uma doença crônica, de evolução lenta que acarreta uma série de complicações psíquicas, físicas e emocionais.

Hoje, nos deparamos com muitos tratamentos que objetivam a perda de peso e a retomada de saúde.

A cirurgia bariátrica tem sido atualmente uma das alternativas mais vistas, para aqueles que almejam alcançar o tão sonhado corpo “magro”.  

Esses indivíduos crescem influenciados por uma sociedade faminta de afeto, de cuidado, de escuta e de compreensão.

Percebemos uma competitividade exacerbada, empobrecida de significados e, contaminada pelo mito da beleza física como retrato de prestígio social e poder.

Por isso a importância de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade. Buscamos esclarecer o porquê as pessoas obesas necessitam de um acompanhamento psicológico.

Saúde mental e tratamento da obesidade


Aqueles que distanciam dos padrões estipulados pela sociedade, em especial os obesos, carregam uma tarefa inglória e mutiladora.

Eles são obrigados a superar o preconceito e buscar o reconhecimento a todo custo, a fim de que sua condição física possa ter menos impacto diante do coletivo.

O problema alimentar vem, assim, como muitos outros sintomas perturbadores desta doença, assinalar a necessidade de que a psiquê tem de ser vista e amada.

A obesidade é reflexo de um sintoma de fome de amor não saciada, de raiva não expressada, do medo de rejeição e solidão, escondidas por um silêncio “recheado” de comida.

Assim, o alimento é visto como além dos aspectos fisiológicos, um substituto e compensação.

As normas impostas pela sociedade atual, pela mídia é de que, hoje, só é feliz quem é “magro”. Esse pensamento exerce fortes influências sobre a percepção da imagem corporal.

Dessa forma, a distorção desta imagem, é uma das consequências pós-cirurgia bariátrica.

E isto porque muitos obesos recorrem ao procedimento cirúrgico. Eles acreditam que ele será a solução de todos os seus problemas, uma “luz no fim do túnel”. Por isso a necessidade de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade.

A cirurgia bariátrica e a saúde psicológica

A cirurgia é apenas uma das alternativas para a redução do peso, melhora da qualidade de vida e saúde.

Isso porquê, a obesidade mórbida e suas comorbidades associadas podem levar o paciente à morte, se não bem tratada e diagnosticada.

O preparo psicológico envolve o levantamento de dados históricos pessoais e dados da história familiar.  Ocorre uma análise do que é pertinente ao fator obesidade do indivíduo e o que está sendo projetado na obesidade e na verdade não lhe pertence.

Muitas vezes, os pacientes colocam expectativas depositadas no emagrecimento que não serão cumpridas com a perda de peso.

Isso porque elas dizem respeito ao tratamento de um quadro depressivo, ansioso, ou mesmo de um processo de imaturidade diante da vida.

Frustrações com os resultados cirúrgicos devido às expectativas mal colocadas tendem, a atribuir à cirurgia culpabilidades que não lhe cabem.

Não é raro ouvir um comentário de que alguém deprimiu com a cirurgia bariátrica quando a depressão já estava na entrevista pré-operatória.

O paciente deve saber que cirurgia para perda de peso não trata pânico, depressão ou transtorno bipolar. Esses transtornos devem receber tratamento paralelo à cirurgia.

Qualquer psicólogo que já tenha atuado no campo das cirurgias e, em especial, na cirurgia bariátrica, recebe pacientes que chegam como quem busca retirar um mal. Ou como quem quer reformar uma roupa que não lhe cai bem.

O paciente muitas vezes quer sair da sessão sem aquele defeito, ou mazela. Ele quer fugir de questões maiores ou reflexões sobre causas ou efeitos das reformas realizadas.

Este tipo de paciente exige do psicólogo um trabalho bem específico.

Ele inclui: o estudo da fisiologia, da psicopatologia, da genética, dos modelos relacionais de casal e familiares e também do trabalho em equipes multidisciplinares.

E é na avaliação feita pelo profissional que o paciente pode falar dos seus sentimentos. Suas angústias, expectativas e a buscar dentro de si a compreensão de sua doença.

Além de reduzir a angústia do indivíduo relacionada à cirurgia, esse processo aumenta a possibilidade de que o paciente vincule ao tratamento psicológico pós-operatório.

A avaliação psicológica tem também um caráter preventivo, pois pode indicar riscos nestes pacientes.

Por exemplo, ele não ter tendência a respeitar as orientações médicas com relação à algumas orientações. Como alimentação, atividades físicas e acompanhamento após a cirurgia.

Por isso a saúde mental e o tratamento da obesidade necessitam de um acompanhamento direto e minucioso.

O pós operatório e o tratamento psicológico

No pós-operatório ocorrem mudanças rápidas tanto relacionadas aos hábitos alimentares. Já as mudanças na própria imagem corporal exigem do paciente uma reflexão, emergindo as próprias questões emocionais.

Para emagrecer, efetivamente, é preciso preparação e reorganização da vida.

Eliminar a obesidade mórbida e permanecer não-obeso é uma condição que exige aptidão, habilidade e aceitação para lidar com a nova realidade corporal.

Após a intervenção cirúrgica é preciso uma nova corporeidade, mais consciente, mais responsável.

As pessoas poderão beneficiar-se da cirurgia, desde que, consigam desenvolver maior autonomia e responsabilidade pelo cuidado com a própria vida.

Elas devem compreender que tornar-se magro e com um corpo “aceito” pela sociedade não implica a solução final de todos seus problemas.

O tratamento psicológico irá contribuir durante todo o processo de emagrecimento. Antes e depois da cirurgia bariátrica é necessário que o paciente seja acompanhado por um psicólogo.

A saúde mental e o tratamento da obesidade devem ser analisadas em conjunto. Esse é um ponto crucial antes da realização de qualquer cirurgia ou recurso médico contra a obesidade.

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Obesidade Mórbida: descubra a importância do tratamento

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo humano. Quando ela se apresenta em indivíduos com o IMC maior ou igual a 40 kg/m², ela é chamada de obesidade mórbida.

Essa doença é a mais severa quando se trata de obesidade. Ela coloca em risco a saúde do indivíduo, podendo levar à morte. Por isso a importância de um tratamento efetivo.

A obesidade mórbida é uma grave doença, mas que possui controle! O tratamento requer esforço do próprio indivíduo juntamente com profissionais qualificados. É de extrema importância que haja o acompanhamento de médicos, nutricionistas e outros especialistas.

Preparamos esse texto para você entender um pouco mais sobre essa doença, suas principais causas, consequências e tratamentos. Confira:

Quais as causas da obesidade?

A obesidade pode se desenvolver em um indivíduo por uma série de fatores.

A ingestão de alimentos com alto teor de gordura e açúcar contribuem para a evolução da doença. O sedentarismo, ou seja, a falta de atividades físicas também ajudam o corpo a ficar parado. Não há o estímulo da queima da gordura, que se acumula.

Do mesmo modo, os fatores emocionais e distúrbios emocionais, como depressão e  ansiedade, podem contribuir para a compulsão alimentar do indivíduo. Quanto mais come, mais engorda.

Outro ponto que contribui para a obesidade é o fator genético. Quando os pais ou a família é obesa, maior a chance do indivíduo também apresentar essa doença.

Por fim, as alterações hormonais também podem desencadear a obesidade. Alterações nas funções da glândula tireóide, como o hipotireoidismo, a síndrome dos ovários policísticos e a síndrome de Cushing são algumas delas.

Quais as principais consequências da Obesidade Mórbida?

A obesidade pode desencadear diversas outras doenças graves. Entre elas, encontramos o Diabetes Mellitus, problemas cardíacos e nas articulações, apneia do sono, trombose, infertilidade e câncer.

Além dos problemas físicos, existe o risco do desenvolvimento de depressão e outros distúrbios psicológicos. Eles acabam encontrando dificuldades de fazer atividades do dia a dia que normalmente uma pessoa com boa saúde faria.

Os obesos mórbidos podem encontrar dificuldades em subir escadas, amarrar seus cadarços e sentar em uma cadeira, por exemplo. Além disso, possuem dificuldades em manter relações sexuais e afetivas.

Esse é um fator importante a ser considerado é que constantemente o obeso mórbido é discriminado. Eles encontram dificuldades em encontrar roupas do tamanho correto e utilizar o transporte público.

Ações do dia a dia,  que para a maioria seria fácil, causam fadiga e cansaço para o obeso mórbido. Isso pode desencadear problemas psicológicos, como a ansiedade.

Qual o melhor tratamento para a Obesidade Mórbida?

O tratamento da obesidade depende de vários fatores. O grau da doença e a presença ou não de comorbidades (de outras doenças associadas) são os principais pontos que devem ser observados pelos especialistas.

Normalmente, o tratamento da obesidade segue etapas. A primeira é a reeducação alimentar em conjunto com exercícios físicos. Depois, se necessário, utiliza-se medicamentos.

O tratamento cirúrgico é indicado para aqueles pacientes que possuem 40 kg/m², obesos mórbidos, e aqueles com IMC maior ou igual a 35 kg/m² e alguma comorbidade grave.

A cirurgia bariátrica só é realizada quando é extremamente necessária e quando o paciente já tentou todos os outros tratamentos.  

Existem 3 técnicas para cirurgia bariátrica: Restritivas, Disabsortivas e Técnicas mistas.

Restritivas

As técnicas restritivas/hormonais reduzem a quantidade de alimentos no estômago e proporcionam a sensação de saciedade no paciente.

Aquelas que são apenas restritivas não alteram a fome do paciente: balão intragástrico e banda gástrica ajustável.

As que são restritivas e metabólicas induzem à saciedade precoce reduzindo, também, o grau de fome. A gastrectomia vertical, conhecida como Sleeve, é uma dessas.

Disabsortivas

Já as técnicas disabsortivas alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos, dificultando a absorção pelo intestino delgado.

Essas cirurgias causam um grande desvio intestinal. Isso faz com que haja redução do tempo do alimento no trânsito pelo intestino delgado e a capacidade de absorção do mesmo. A diminuição de absorção acaba induzindo ao emagrecimento.

Neste tipo de cirurgia o paciente deve estar ciente da necessidade e da importância do controle dos micronutrientes (vitaminas).

Técnicas puramente disabsortivas são pouco utilizadas devido às complicações inerentes dos procedimentos.

Mistas

Por fim, temos as técnicas mistas, que reduzem a ingestão de alimentos pela redução do estômago e a causam disabsorção com o desvio de trânsito intestinal.

A principal técnica mista é o by-pass gástrico em Yde Roux, utilizado em 75% das cirurgias realizadas no Brasil. Também é considerada uma cirurgia metabólica.

Você pode saber mais sobre essas técnicas de cirurgia baixando o nosso ebook.

A cirurgia bariátrica é o principal tratamento para a obesidade mórbida. É necessário ficar atento ao seu IMC para não chegar a um nível de gordura que atrapalhe a sua saúde. Você pode medir o seu IMC em nossa calculadora!

Faça sempre exames periódicos e, se já estiver com sobrepeso, procure um médico. A obesidade é uma doença grave e deve-se ficar atento as doenças a ela relacionadas.


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Obesidade

Os riscos do câncer associado à obesidade

Os riscos do câncer associado à obesidade são bem conhecidos. Diversos estudos mostram que o excesso de peso está relacionado ao desenvolvimento de pelo menos 14 tipos de câncer.

Um desses estudos foi publicado em 2018. Ele foi realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Harvard e com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).

Essa pesquisa estima que, em 2025, o Brasil terá 29 mil casos de câncer associados à obesidade, o que corresponderá à aproximadamente 5% do total dos casos da doença no país. Em 2012, esse número foi de 15 mil casos.

A questão que essa pesquisa traz à tona é de que 29 mil casos de câncer podem ser evitados com a diminuição da obesidade no Brasil.  

Atualmente, o tabaco é a principal causa de mortalidade por câncer evitável. Mas a obesidade está quase alcançando o primeiro lugar.

A relação entre o IMC e o Câncer

Não só pessoas que possuem obesidade correm maior risco de sofrer com o câncer. Indivíduos com sobrepeso também podem sofrer com esse mal.

Para classificar alguém com sobrepeso ou obesidade, utilizamos o Índice de Massa Corporal (IMC). É um cálculo simples: o peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²).

Se a pessoa tiver um  IMC acima de 25 kg/m² e inferior a 30 kg/m² ele terá sobrepeso. Já os graus de obesidade serão estabelecidos a partir das regras abaixo:

  • IMC à partir de 30 e inferior a  35 kg/m²: Obesidade grau I;
  • IMC à partir de 35 e inferior a  40 kg/m²: Obesidade grau II;
  • IMC à partir de 40: Obesidade grau III

Pesquisas mostram que o sobrepeso aumenta muito os riscos e a mortalidade por câncer. Se o IMC for maior que 40, os riscos de desenvolver a doença podem aumentar mais de 50% em relação às pessoas com IMC normal.

Esses dados foram divulgados por uma  pesquisa realizada em 2003, publicada na revista médica The New England Journal of Medicine.  

Ela revelou que, quando comparamos um homem com um IMC normal com homens com IMC maior que 40, o risco de morrer de câncer é 52% mais alto. Nas mulheres, nessa mesma comparação, o aumento do risco foi de 62%.

Pessoas com obesidade grau III tiveram mais mortes relacionadas aos cânceres de  esôfago, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim, mieloma múltiplo e linfoma não Hodgkin.

Os fatores que relacionam o câncer à obesidade

Mas por que a obesidade pode ocasionar diversos tipos de neoplasia, o termo médico utilizado para o câncer?

As células que armazenam a gordura em nosso corpo são as chamadas adipócitos. Além de armazenar a gordura, elas fabricam algumas substâncias e hormônios que contribuem para o funcionamento do organismo.

Quando essas células estão entupidas de gordura, elas aumentam a produção de certas proteínas e hormônios. Em excesso na corrente sanguínea, esses elementos ocasionam a multiplicação das células tumorais.

Sem esse estímulo é muito provável que essas essas células maléficas fossem eliminadas pelo corpo naturalmente. Assim, a o excesso de gordura no corpo acaba incentivando o câncer e acelerando a sua proliferação.

Outro ponto importante das consequências da obesidade é o Diabetes tipo 2.  

Quando uma pessoa possui esse tipo de diabetes, acaba tendo mais radicais livres no organismo. Eles atacam os DNA e criam as mutações cancerígenas.

Os tipos de câncer associados à obesidade

Segundo a pesquisa realizada pela USP, existem 14 câncer associados à obesidade. São elas:

  • O câncer de mama na pós-menopausa;
  • O câncer de cólon;
  • O câncer reto;
  • O câncer o câncer de útero;
  • O câncer da vesícula biliar;
  • O câncer do rim;
  • O câncer de  fígado;
  • O câncer de ovário;
  • O câncer de próstata,
  • O câncer mieloma múltiplo (células plasmáticas da medula óssea);
  • O câncer de esôfago;
  • O câncer de pâncreas;
  • O câncer de estômago;
  • O câncer de tireoide.

A pesquisa mostra que os câncer de mama, útero e cólon são as que mais se relacionam com a obesidade nas mulheres. Nos homens, são o câncer de cólon, próstata e fígado.

No caso das mulheres, após a menopausa, os ovários diminuem a produção de estrogênio. Já as célula adiposa com gordura em excesso geram quantidades grandes de hormônios femininos. O excesso acaba se dirigindo para útero e as mamas e causando câncer.

Nos homens, a obesidade diminui a produção de testosterona e contribui para o surgimento do câncer de próstata.

Os câncer de cólon e reto são diretamente relacionadas ao aumento da produção de insulina pelo corpo. O aumento da pressão arterial pode contribuir com o câncer nos rins.

O tratamento da obesidade é essencial para se prevenir e tratar de outros problemas de saúde causadas pela doença. Agora que você já conhece os riscos do câncer associado à obesidade é hora de procurar um médico!

O câncer é uma doença séria que, se diagnosticada cedo, pode ter tratamento e cura. Não deixe a sua saúde de lado! Marque um especialista já e comece a melhorar os seus hábitos.

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Entenda quais são os graus de obesidade e como preveni-los

A obesidade é doença crescente no Brasil e no mundo. Atualmente, cerca de 20% da população brasileira é considerada obesa. Isso significa que 1 em cada 5 brasileiros possuem o IMC maior do que 30.

É considerada um problema de saúde pública por favorecer o aparecimento de outras doenças, como diabetes e hipertensão arterial.

Sua etiologia é multifatorial, ou seja, resulta da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais.

Segundo a  Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) muitos já nascem com alterações no sistema neuroendócrino, que acaba interferindo no apetite e saciedade, além de interferir no estoque de energia do corpo.

Essas alterações associadas a uma rotina de maus hábitos do mundo moderno acaba ocasionando a obesidade.

Neste post você vai entender um pouco mais sobre quais são os graus de obesidade e como preveni-las. Alguns assuntos que iremos abordar são:

  • Quais os graus de obesidade.
  • Riscos de um IMC maior do que 30.
  • Quais hábitos modificar para diminuir o IMC.

Contudo, vale um parênteses desde já: a leitura deste post não substitui a consulta com um profissional da saúde especializado!

Preparado para aprender um pouco mais e tomar alguma atitude?

Quais são os graus da obesidade?

Para saber se uma pessoa é considerada obesa utiliza-se o cálculo do IMC. O Índice de Massa Corporal é um cálculo muito simples: o peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²).

Abaixo você pode conferir uma tabela da classificação internacional da obesidade, de acordo com o IMC:

Como você pode perceber são considerado obesos aqueles que possuem o IMC maior do que 30. Há 3 níveis de obesidade: I, II e II. As pessoas que chegam a algum desses resultados devem procurar atendimento médico.

Para saber mais sobre o IMC, baixe o nosso ebook gratuito!

O IMC pode ser utilizado como um rastreamento inicial. Sua combinação com a avaliação da circunferência abdominal pode trazer um resultado ainda mais completo.

Essa avaliação é importante pois o tamanho da barriga é consequência da gordura localizada entre os órgãos do abdômen, o que pode ser perigoso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres com medidas de circunferência abdominal maior ou igual a 80 cm possuem maior risco de doenças associadas à obesidade. Para homem, essa medida é de 94 cm.

Existem, ainda, outras formas de diagnosticar a obesidade.

Para isso, os profissionais da área de saúde poderá realizar a medição da gordura localizada nos depósitos debaixo da pele; indicarem exames que analisam a composição corporal (oferecendo a quantidade de músculos, ossos e gordura) e avaliar a espessura do tecido adiposo nas dobras de pele e outros tecidos mais profundos, como o abdômen.

Mas é importante lembrar que o IMC pode ser usado isoladamente para calcular o grau de obesidade, de acordo com as Diretrizes Brasileira de Obesidade.

Por isso é relevante saber quais os riscos de ter um IMC maior do que 30.

Quais são os riscos de um IMC maior do que 30?

Um IMC maior do que 30, ou seja, uma pessoa obesa tem diversos problemas pontuais de saúde como falta de ar, compulsão alimentar, cansaço, autoestima baixa e dores no corpo. Além disso, estão associadas outras doenças, como:

Ainda segundo a Abeso, 80 a 85% das pessoas que apresentam diabetes tipo 2 possuem sobrepeso ou obesidade.

Outro estudo realizado em Framingham, nos EUA, mostra que 23% dos casos de doenças cardiovasculares nos homens é causada pela obesidade. Nas mulheres, esse número é de 15%.

O que fazer?

Para tratamento das comorbidades, é fundamental a perda de peso. Com mudanças no estilo de vida, alimentação balanceada e atividade física regular.

Melhore sua Alimentação

Alimentação saudável requer disciplina e persistência.

Primeiramente, é importante reduzir alimentos com muita gordura, açúcar e sal.

O excesso de sódio no organismo pode aumentar a pressão arterial e a propensão à doenças cardiovasculares. Já o açúcar, encontrado em massas e carboidratos, pode ocasionar doenças como diabetes, problemas cardiovasculares e até mesmo câncer.

Inclua verduras, legumes e frutas na sua dieta diária. Evite alimentos industrializados com muitos aditivos químicos, conservantes e corantes.

Adicione também fibras na alimentação, como aveia, linhaça, chia, gergelim e amaranto. Elas podem ser consumidas juntamente com frutas, sucos e em saladas. São ótimas para eliminar toxinas, aumentar a saciedade e ajudar no funcionamento do intestino.

É importante também seguir uma rotina e evitar ficar muito tempo sem comer. Recomenda-se fazer pequenas refeições de três em três horas. Frutas secas e nutz – como nozes, amêndoas e castanhas – podem ser opções para a hora do lanche.

Para resultados concretos consulte sempre o nutricionista.

Faça mais exercícios

Exercícios físicos são essenciais para emagrecer de forma saudável e, atualmente, existem diversas formas de realizar essas atividades.

Comece com coisas simples. Faça uma caminhada, suba mais escadas e evite utilizar elevadores. Procure se movimentar mais e fazer atividades que peçam um gasto de energia.

A orientação de profissional de educação física e a liberação do médico é importante passo para início das atividades físicas regulares.

Beba água

Pode ser uma dica simples, mas aumentar o consumo diário de água pode contribuir para um organismo mais sadio e imunizado.

A água contribui na eliminação de toxinas, diminuição de pressão e no funcionamento do intestino, além de ajudar no funcionamento do metabolismo.

Durma bem

Sabia que dormir bem também contribuiu para reduzir a obesidade?

Pesquisas comprovaram que pessoas que dormem menos do que o recomendado, de 7 a 9 horas, possuem mais chances de sobrepeso e obesidade.

Um estudo divulgado pelo The American Journal of Clinical Nutrition, realizado com 1200 voluntários, mostrou que aquelas pessoas que dormiam menos de 7 horas eram, em média, 2 quilos mais pesadas em comparação as que dormiam o recomendado.

Mas não pense que dormir muito ajuda. O mesmo estudo mostrou que aqueles que dormiam acima de 9 horas também engordaram: 4 quilos a mais.

Vá ao médico regularmente

Se o seu grau de obesidade for o nível I, II ou III,  é necessário procurar um médico e fazer um check up completo. Seu médico poderá lhe ajudar a dar os primeiros passos para emagrecer e encaminhar para os especialistas.

Lembrando que obesidade é doença crônica e requer tratamento contínuo e persistente.

Em nosso ebook sobre obesidade você encontra os principais tipos de tratamento e qual é indicado para cada caso.

Os tipos de tratamento para obesidade incluem, além de mudança no estilo de vida, tratamento medicamentoso e até cirurgia bariátrica, quando o paciente não obtém êxito com o tratamento clínico por 2 anos, em diabéticos de difícil controle e nos casos de síndrome metabólica.


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Obesidade masculina: entenda como o excesso de peso afeta a saúde do homem

A obesidade é um dos problemas que afeta boa parte da população brasileira.

Segundo pesquisa publicada pelo IBGE em 2015, 16,8% dos homens brasileiros está obeso, ou seja, possui o IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 30kg/m2.

Essa alta porcentagem se dá muitas vezes pela falta de exercício e pela má alimentação.

Os homens consomem, comparado às mulheres, menos verduras, saladas e frutas. Já o consumo de cerveja e bebidas destiladas é 5 vezes maior do que às mulheres.

Esses dados, também do IBGE, revelam como os homens se preocupam muito pouco com a alimentação e com os excessos em relação ao álcool. O resultado são o aumento de peso e as consequências na saúde.

Mas não é só a saúde física que é prejudicada. O sobrepeso afeta também a saúde psicológica e o desempenho sexual do homem. Muitos obesos acabam tendo disfunção erétil.

Pensando nisso, criamos uma lista com os principais riscos ocasionados pela obesidade masculina:

 

Problemas cardiovasculares

Trombose

Diabetes

Apneia do sono

Disfunção erétil

Câncer

Problemas cardiovasculares

Problemas cardiovasculares são comuns em homens diagnosticados com obesidade.

A gordura que se estabelece em volta dos órgãos da cavidade abdominal do homem pode ocasionar o entupimento das artérias, e, consequentemente, prejudicar a livre circulação do sangue pelo corpo.

As células gordurosas produzem substâncias inflamatórias que se acumulam nos vasos sanguíneos e formam placas de gordura, que impedem a passagem de sangue.

Esse processo acaba contribuindo para que o coração não desempenhe bem seu papel e que doenças como hipertensão arterial, infarto e derrame surjam.

A trombose venosa profunda é outro grave problema de saúde que é ocasionado. Por causa dos problemas relacionados ao bombeamento de sangue e ao excesso de peso, um coágulo pode se formar em uma veia nas pernas e bloquear o fluxo sanguíneo

Ocasionalmente, esse trombo pode se desprender e o mesmo processo pode acontecer nos pulmões, o que é conhecido como embolia pulmonar. Como sintoma teremos dificuldade e dor para respirar.

A embolia pulmonar é muito grave e o paciente deve ser encaminhado para o hospital o mais rápido possível aos primeiros sintomas, se não tratada pode levar a óbito.

 

Diabetes

diabetes tipo II é um dos problemas que mais afeta homens obesos.

Com o aumento do peso, o metabolismo produz mais insulina, pois o corpo está crescendo. Em contrapartida, os tecidos ficam menos sensíveis aos efeitos da substância, causando resistência à insulina.

A gordura abdominal, além de fatores genéticos e familiares, acaba sendo o fator ainda mais agravante para a diabetes.

 

Apneia do sono

O excesso de peso também pode ocasionar graves problemas com o sono, como a apneia. Homens têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.

A obesidade faz com que os músculos da língua e dos tecidos em volta da traqueia também cresçam, comprimindo a garganta e gerando dificuldade de respiração.

Durante o sono essa situação piora, pois o corpo está relaxado e o cérebro não manda grandes estímulos para respirarmos.

A apneia do sono muitas vezes pode nem ser percebida, pois os sintomas incluem roncos e cansaço após o sono.

Outros sintomas são: dor no peito, garganta seca pela manhã, sensação de sufocamento ao acordar, irritabilidade e impotência sexual.

 

Disfunção Éretil

Dentre os problemas ocasionados pela obesidade masculina, a disfunção erétil é o que mais preocupa os homens.

Isso porque a obesidade por si só não é um fator agravante para a satisfação sexual do homem. Mas alguns fatores biológicos acabam atrapalhando na hora do desempenho sexual.

O sobrepeso masculino prejudica, principalmente, o sistema circulatório do corpo, reduzindo o fluxo de sangue que chega a região peniana. Enquanto o hormônio masculino decai, ocorre a maior produção do hormônio feminino estradiol.

Além disso, ocorre o descontrole da produção de espermatozoides e testosterona.

Assim, um homem obeso pode apresentar diminuição de libido, problemas com a ereção, dificuldade de ejacular, baixa contagem de espermatozóide no sêmen, baixo nível de testosterona e não responder prontamente aos estimulantes sexuais.

Se não bastassem todos problemas, baixa autoestima e problemas psicológicos também prejudicam a vida sexual.

 

Câncer

A obesidade aumenta a chance, em até 3 vezes, do indivíduo desenvolver alguns tipos de câncer.

Nos homens, a maior incidência de câncer ocasionado pela gordura acontece no cólon, na próstata e no fígado.

 

Tem alguns dos sintomas? Saiba o que fazer:

A obesidade masculina pode ocasionar diversas afecções, por isso é importante que o homem esteja atento a sua saúde.

A perda de peso, muitas vezes, é a melhor medida terapêutica. Para tanto, é importante manter estilo de vida saudável com exercícios físicos regulares, alimentação adequada e consultas médicas periódicas.

 

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