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Compulsão alimentar: o que é e quais são os tratamentos

O transtorno da compulsão alimentar (TCA) é um distúrbio ocasionado pelo desequilíbrio do organismo em relação à alimentação. Pessoas que apresentam esse problema se descontrolam quando começam a comer e acabam se excedendo. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a compulsão alimentar atinge cerca de 2,6% da população mundial. No Brasil, esse número é bem maior: 4,7%. 

Esse distúrbio está associado a sentimentos de ansiedade e depressão, que estão presentes em grande parte da população. 

Quer entender mais sobre como a compulsão alimentar? Vamos te ajudar a compreender o que é esse transtorno, quais as suas causas, os seus sintomas e tratamentos. 

O que é o transtorno da compulsão alimentar? 

Indivíduos que desenvolvem o transtorno da compulsão alimentar ingerem compulsivamente grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, mesmo sem estarem com fome. 

Dessa forma, esse distúrbio é caracterizado por descontrole alimentar, provocado por questões psicológicas. 

Pessoas com esse distúrbio possuem uma falha de comunicação nos hormônios dos mecanismo de saciedade e do bem estar. Dessa forma, o compulsivo sente a necessidade de comer constantemente, sem oferecer intervalos entre as refeições. 

Na maioria das vezes, o compulsivo busca alimentos mais gordurosos e pesados, como biscoitos, massas e doces.

Mas isso não quer dizer que comem apenas isso. Eles ingerem qualquer alimento em grande quantidade. 

Quais as causas desse distúrbio? 

A compulsão alimentar pode ser desenvolvida por uma série de fatores, principalmente psicológicos. 

Pessoas que fazem dietas muito rígidas e ingerem remédios para emagrecer,  sem acompanhamento profissional, possuem grande risco de desenvolverem esse problema. 

Isso acontece pois essas dietas deixam os indivíduos privados de diversos alimentos de maneira incorreta e, após encerrarem a dieta, o desejo de comer é ampliado. 

Como apresentam dificuldades para emagrecer,  as pessoas se tornam mais impulsivas na ingestão de alimentos, desanimadas e deprimidas.  

Já algumas pessoas veem o alimento como uma maneira de aliviar o estresse e obter 

conforto emocional.

A compulsão alimentar pode ser desencadeada também por outros distúrbios alimentares, como a bulimia e por traumas psicológicos. 

Quais os sinais da compulsão alimentar?

O primeiro grande sinal de compulsão alimentar é quando o indivíduo começa a ter o hábito de comer em grandes quantidades, a todo o momento, sem estar verdadeiramente com fome. 

Outros sinais de indivíduos compulsivos são:

  • Comer rápido demais.
  • Comer escondido.
  • Ingerir alimentos sem estar com fome. 
  • Comer sabendo que irá passar mal. 
  • Se tornar uma pessoa introvertida.
  • Comer para se sentir bem. 
  • Se sentir mal frequentemente após ingerir muita comida. 

Qual é o tratamento?

O tratamento do transtorno da compulsão alimentar deve ser realizado em conjunto por profissionais especializados. 

A compulsão alimentar é muito associada a transtornos psicológicos e depressivos, distúrbios de imagem e descontrole emocional. Por isso é importante a atuação de psiquiatras e psicólogos no tratamento, juntamente com endocrinologista, nutricionista, nutrólogo, entre outros.

A reeducação alimentar é essencial para quem está no tratamento. Um cardápio equilibrado e diversificado elaborado por uma nutricionista é essencial. 

Mudanças no estilo de vida e prática de exercícios são obrigatórios. Meditação e Yoga podem ser boas opções. Eles podem contribuir no controle da ansiedade e na produção de endorfina. 

Medicamentos antidepressivos e indutores de saciedade podem ser indicados em algum caso. Mas deve-se sempre evitar o consumo desses remédios, buscando um tratamento mais de conversa e disciplina. 

A cirurgia bariátrica ajuda no controle da compulsão alimentar?

Estudos mostram que 3 em cada 4 pacientes diagnosticados com compulsão alimentar são obesos e, quando encaminhados para a intervenção cirúrgica, esses pacientes devem ficar atentos. 

Cerca de 40% dos pacientes que desejam fazer a cirurgia bariátrica sofrem com esse tipo de transtorno. Eles têm mais chances de recaídas após a cirurgia, já que o seu objetivo é reduzir a quantidade de alimentos ingeridos e aumentar a saciedade. 

Os pacientes compulsivos têm maior dificuldade de se adaptar a essa nova forma de vida. Por isso a importância dos acompanhamentos profissionais para o sucesso do tratamento cirúrgico. 

A compulsão alimentar é um problema de saúde que afeta muitas pessoas,e, frequentemente, acarreta obesidade. O descontrole emocional e o estresse acabam sendo descontados na comida que, ingeridas em excesso, causam mal à saúde. 

Se identificou com os sinais da compulsão alimentar? Então não deixe de procurar o seu médico para uma avaliação profissional. 

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Cirurgia Bariátrica

Reganho de peso após a cirurgia bariátrica: entenda porque isso acontece

A cirurgia bariátrica e metabólica também é conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago. Ela é destinada ao tratamento da obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

Após a cirurgia, ocorre rápida e progressiva perda de peso.

E se o paciente mantiver o acompanhamento pós-operatório corretamente, alterar os hábitos de vida com alimentação equilibrada e atividade física, após 2 anos de cirurgia, aproximadamente, ocorre a estabilização do peso corporal.

Porém, após o procedimento, muitos pacientes não conseguem seguir as recomendações médicas. Assim, acabam tendo reganho de peso após a cirurgia bariátrica.

Outros podem sentir o efeito platô, que são períodos onde o peso se estabiliza e permanece estável por um determinado tempo.

Você quer entender um pouco mais sobre esse assunto? Nós vamos te ajudar:

É normal engordar após a cirurgia?

A Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), revela que mais de 50% dos pacientes que passam por algum tipo de cirurgia bariátrica acabam tendo reganho de peso.

Recuperar de 5 a 10% do peso reduzido após os 2 anos de cirurgia é considerado normal por especialistas. Ou seja, se o indivíduo, perdeu 60 kg, pode engordar novamente até 6 kg.  Esse reganho deve acontecer de forma gradual e sem causar problemas de saúde.

Se o reganho ultrapassar 10% e ocorrer no primeiro ano após a cirurgia ou de forma rápida, associada à outros problemas, você deve ficar atento.

Doenças como diabetes, colesterol e triglicerídeos elevado, apneia de sono e gordura no fígado são alguns das comorbidades que devem causar preocupação.

Caso  a redução de peso após a cirurgia bariátrica for inferior a 50%, o tratamento também deve ser avaliado.

O que leva ao reganho de peso após a cirurgia bariátrica?

Cada paciente que se submeteu a intervenção cirúrgica terá um tratamento pós-operatório individualizado.

Mas, seguir a dieta indicada pelo nutricionista, fazer exercícios físicos e tomar as polivitaminas prescritas são procedimentos essenciais para a perda constante de peso de forma saudável.

O reganho de peso após a cirurgia bariátrica está associado, muitas vezes, ao retorno de maus hábitos alimentares.

A compulsão por alimentos, a ingestão de bebidas alcoólicas e bebidas doces são grandes vilões para o reganho de peso após a cirurgia bariátrica.

Além disso, o padrão de “beliscador”, que consiste em comer biscoitos, salgadinhos e doces em pequenas porções várias vezes ao dia, traz graves consequências. Esses tipos de alimentos são muitos calóricos e não saciam.

Ressaltamos também que a falta de exercício físico contribui para a volta do peso.

Muitas vezes, o paciente está se controlando durante o pós-operatório, mas acaba perdendo a disciplina com o tempo.

Como tratar o reganho de peso?

O tratamento do reganho de peso será definido após a análise do paciente por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, de preferência, a mesma que realizou a cirurgia.

Serão solicitados exame e haverá uma avaliação clínica, nutricional e psicológica. A equipe irá buscar entender como o paciente está se comportando em questões alimentares e se está praticando exercícios físicos suficientes.

Em alguns casos poderão ser prescritos alguns medicamentos para contribuir na redução do peso, assim como antidepressivos e estabilizadores de humor.

Em outros, se observado alterações anatômicas que possam causar o reganho de peso é considerável o uso do plasma de Argônio, a técnica da plicatura gástrica e, em último caso, uma “revisão da cirurgia”.

E o efeito Platô?

Você já ouviu falar no efeito platô? Ele pode ser percebido quando o paciente estagnou o seu peso e não emagrece, mesmo se alimentando bem e fazendo exercícios.

O efeito platô é muito comum para as pessoas que fazem a cirurgia bariátrica e não deve ser causa de grande preocupação. Ele consiste em uma reação de adaptação do organismo ao emagrecimento rápido após o procedimento cirúrgico.

O metabolismo começa a funcionar mais lentamente e armazenar mais calorias ao perceber que está recebendo menos calorias do que antes.

É importante que o paciente não desanime e busque ajuda de sua equipe médica. Se o efeito persistir, a dieta e as atividades físicas podem ser repensadas para o indivíduo continuar a emagrecer.

O reganho de peso após a cirurgia bariátrica deve ser sempre controlado.

Por isso, é fundamental os cuidados no pós-operatório, os retornos nas datas estabelecidas com a equipe médica e multiprofissional e a manutenção de estilo de vida mais saudável com bons hábitos alimentares e exercícios físicos.

Ganhou mais peso do que devia após a cirurgia? Está sofrendo efeito platô? Não deixe de agendar uma avaliação médica.

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5 dicas para manter o sistema digestivo saudável

No dia 29 de maio comemoramos o dia mundial da saúde digestiva.

Essa data foi instituída pela Organização Mundial de Gastroenterologia. O objetivo é estimular a discussão da prevenção de doenças gastrintestinais em todo mundo.

O sistema digestório é composto de diversos órgãos que contribuem na ingestão e digestão dos alimentos. São eles: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

Os problemas mais comuns que encontramos são:

  • gastrites;
  • úlceras;
  • câncer de estômago;
  • câncer de esôfago;
  • câncer colorretal;
  • síndrome do intestino irritável;
  • distúrbios associados a intolerâncias alimentares.

Por isso, selecionamos 5 dicas para manter o sistema digestivo saudável! Confira:

1- Mantenha dieta equilibrada!

Manter alimentação equilibrada é a chave para uma vida sadia.

Estômago e intestino são órgãos muito sensíveis do nosso corpo e, muitas vezes, são os primeiros a serem prejudicados pela má alimentação.

Por isso é necessário criar bons hábitos alimentares, que vão além da escolha certa dos alimentos.

Primeiramente, é necessário mastigar os alimentos devagar pois, assim, a saliva consegue ajudar na quebra dos carboidratos ingeridos.

Além disso, manter-se sempre hidratado contribui para a digestão dos alimentos.Se alimentar em porções pequenas durante o dia também é indicado.

Outra indicação é inserir na dieta probióticos, que podem auxiliar no melhor funcionamento do intestino. São alimentos como iogurte, kefir, água de coco e outros fermentados.

Eles possuem diversas bactérias “boas”, que ajudam na digestão, como os lactobacilos e bífido-bactérias.

Também é importante aumentar o consumo de fibras, solúveis e insolúveis, para manter sistema digestivo saudável

As fibras solúveis estão nos cereais, em frutas e legumes e sementes oleaginosas. Elas formam um gel quando encontram a água e promovem a sensação de saciedade precoce.

Já as fibras insolúveis são encontradas nas verduras folhosas, vegetais, cereais integrais e grãos.

Esses alimentos não absorvem água, fazendo com que os alimentos se movam mais rápido pelo trato gastrointestinal. Eles aumentam o bolo fecal e melhoram, assim, casos de constipação intestinal.

Mas lembre-se de que as dietas devem ser prescritas por médicos e nutricionistas.

2- Pratique atividade física!

Fazer exercícios físicos contribui diretamente para o bom funcionamento do sistema digestório, além de facilitar na perda de peso.

Atividades físicas proporcionam aumento do fluxo de sangue pelo corpo e acelera o metabolismo. Consequentemente, agiliza o processo da digestão.

Isso facilita o esvaziamento gástrico e liberação de diversos hormônios que estimulam os movimentos intestinais.

Outro benefícios das atividades físicas é a redução da flatulência (gases).

3- Evite o consumo de cigarros!

O cigarro pode ser um grande vilão para quem busca manter um sistema digestivo saudável. Ele pode causar diversas doenças, incluindo o câncer!

A nicotina diminui a velocidade de contração do estômago, dificultando a digestão. Também é causa de refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago, causando mal estar.

O tabaco também prejudica o paladar de quem o consome.

Além disso, provoca a produção do ácido clorídrico, facilitando a produção de bactérias que causam a úlcera gástrica.

4- Visite o médico regularmente!

Ir ao médico regularmente pode prevenir problemas e evitar futuras doenças.

Muitos são os indivíduos que sentem algum desconforto abdominal, constantemente.

Na maioria das vezes, esses incômodos podem ser controlados apenas com alterações nos hábitos de vida e na alimentação.

Por isso a importância de consultar com profissionais adequados e habilitados.

Gastroenterologista, nutricionista, cirurgião do aparelho digestório quando indicado, e outros profissionais possuem grande importância para manter o sistema digestivo saudável.

5- Reduza o estresse do cotidiano!

Estudos mostram que a vida muito corrida pode auxiliar no ganho de peso, diarréia ou constipação e enjôos.

Isso acontece porque o sistema gastrointestinal é muito sensível a ansiedade e depressão.

A síndrome do intestino irritável, por exemplo, é um quadro clínico que cresce cada vez mais no mundo.

Esse problema causa diversas dificuldades ao sistema digestivo e é ocasionado pela ansiedade associada a uma dieta desequilibrada.

Viver de forma mais tranquila, fazer exercícios físicos e psicoterapia,  podem ajudar a diminuir o estresse.

Um sistema digestivo saudável é essencial manter uma vida mais tranquila! Por isso, procure seguir as nossas dicas e tenha um dia a dia mais feliz.

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Obesidade

Obesidade na adolescência: saiba mais sobre as causas e os tratamentos

O número de crianças e adolescentes obesos aumentou 10 vezes nos últimos quarenta anos. Esse dado alarmante foram divulgados em 2017 pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo mostra que em 1975,  1% de meninos e meninas entre 5 e 19 anos eram obesos. Em 2017, a porcentagem foi de 6% de meninas e 8% de meninos.

Outra pesquisa retratando o cenário nacional, de 2014, revela que 15% das crianças entre 5 a 9 anos e 25% dos adolescentes estão obesos ou com sobrepeso.

Esses números mostram que a obesidade na adolescência é recorrente no mundo todo, e não é diferente no Brasil. O número de crianças e jovens obesos só crescem, por diversos fatores.

Por que os adolescentes sofrem com a obesidade?

A obesidade na adolescência possui diversas causas. Mas, na maioria das vezes, ela se desenvolve por uma multiplicidade de fatores que se conectam.

O primeiro fator que mais afeta é o genético. Segundo pesquisas, filhos de pais que não são obesos tem 9% de desenvolverem a doença. Se um dos pais for obeso, esse número sobe para 40%.

Agora, se ambos os pais apresentarem  o quadro, existe 80% de chance do filho também ser obeso.

Isso nos leva para o segundo fator: o metabolismo. Cada organismo se desenvolve de uma maneira e pode ter, ou não, a tendência de ganhar ou perder peso.

O terceiro fator é o ambiental. A má alimentação e a falta de exercícios físicos contribuem para o acúmulo de gordura no corpo!

Doenças é o último fator que deve ser levado em conta. Problemas endocrinológicos e genéticos podem desencadear a obesidade.

Quais são os perigos da obesidade na adolescência?

A obesidade na adolescência pode trazer graves problemas físicos e emocionais.

Pessoas obesas podem adquirir hipertensão arterial, diabetes (principalmente a tipo 2), alterações no colesterol, doenças hepáticas e biliares, problemas ortopédicos e câncer.

A obesidade acarreta para crianças e adolescentes problemas psicológicos. Baixa autoestima, ansiedade, depressão e transtornos alimentares, como a compulsão.

Eles acabam sofrendo bullying frequentemente, piorando esses quadros psicológicos. O preconceito afeta a autoestima e a formação emocional do jovem, que ainda está se fortalecendo.

As humilhações e constrangimentos podem contribuir para o isolamento social e quadros graves de depressão e pânico.

Quais são os tratamentos disponíveis?

A obesidade deve ser tratada ainda na infância. Pesquisas mostram que 70% de doenças como diabetes e hipertensão podem ser evitadas com o tratamento contra a obesidade nos primeiros 20 anos de vida.

Isso acontece pois as crianças têm o benefício  de crescer e corrigir a proporção de peso e altura. Por isso é importante mudar os hábitos alimentares e de saúde desde pequeno.

Colocar a criança e o adolescente para fazer atividades físicas é fundamental. Esportes coletivos e caminhadas são essenciais para a perda de peso.

A reeducação alimentar também é obrigatória para diminuir a obesidade na adolescência. A dieta deve ser modificada, aumentando o consumo de frutas e legumes, deixando de lado doces e gorduras.

Além disso, os adolescentes devem comer em horários corretos e ter bons hábitos. Deixar as crianças longe da televisão e do computador são ações necessárias.

A obesidade pode ser um grave problema para os jovens. Mas é mais fácil controlá-la na juventude do que quando adulto.

O apoio dos pais é fundamental para o controle da doença. O exemplo e o incentivo deve começar de casa.

Sendo assim, vemos a importância de discutir sobre a obesidade na adolescência! Crianças e adolescentes eutróficos são adultos saudáveis no futuro.


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Cirurgia Bariátrica Obesidade

Saúde mental e o tratamento da obesidade: um enfoque psicológico

A obesidade é uma doença crônica, de evolução lenta que acarreta uma série de complicações psíquicas, físicas e emocionais.

Hoje, nos deparamos com muitos tratamentos que objetivam a perda de peso e a retomada de saúde.

A cirurgia bariátrica tem sido atualmente uma das alternativas mais vistas, para aqueles que almejam alcançar o tão sonhado corpo “magro”.  

Esses indivíduos crescem influenciados por uma sociedade faminta de afeto, de cuidado, de escuta e de compreensão.

Percebemos uma competitividade exacerbada, empobrecida de significados e, contaminada pelo mito da beleza física como retrato de prestígio social e poder.

Por isso a importância de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade. Buscamos esclarecer o porquê as pessoas obesas necessitam de um acompanhamento psicológico.

Saúde mental e tratamento da obesidade


Aqueles que distanciam dos padrões estipulados pela sociedade, em especial os obesos, carregam uma tarefa inglória e mutiladora.

Eles são obrigados a superar o preconceito e buscar o reconhecimento a todo custo, a fim de que sua condição física possa ter menos impacto diante do coletivo.

O problema alimentar vem, assim, como muitos outros sintomas perturbadores desta doença, assinalar a necessidade de que a psiquê tem de ser vista e amada.

A obesidade é reflexo de um sintoma de fome de amor não saciada, de raiva não expressada, do medo de rejeição e solidão, escondidas por um silêncio “recheado” de comida.

Assim, o alimento é visto como além dos aspectos fisiológicos, um substituto e compensação.

As normas impostas pela sociedade atual, pela mídia é de que, hoje, só é feliz quem é “magro”. Esse pensamento exerce fortes influências sobre a percepção da imagem corporal.

Dessa forma, a distorção desta imagem, é uma das consequências pós-cirurgia bariátrica.

E isto porque muitos obesos recorrem ao procedimento cirúrgico. Eles acreditam que ele será a solução de todos os seus problemas, uma “luz no fim do túnel”. Por isso a necessidade de discutir a relação entre a saúde mental e o tratamento da obesidade.

A cirurgia bariátrica e a saúde psicológica

A cirurgia é apenas uma das alternativas para a redução do peso, melhora da qualidade de vida e saúde.

Isso porquê, a obesidade mórbida e suas comorbidades associadas podem levar o paciente à morte, se não bem tratada e diagnosticada.

O preparo psicológico envolve o levantamento de dados históricos pessoais e dados da história familiar.  Ocorre uma análise do que é pertinente ao fator obesidade do indivíduo e o que está sendo projetado na obesidade e na verdade não lhe pertence.

Muitas vezes, os pacientes colocam expectativas depositadas no emagrecimento que não serão cumpridas com a perda de peso.

Isso porque elas dizem respeito ao tratamento de um quadro depressivo, ansioso, ou mesmo de um processo de imaturidade diante da vida.

Frustrações com os resultados cirúrgicos devido às expectativas mal colocadas tendem, a atribuir à cirurgia culpabilidades que não lhe cabem.

Não é raro ouvir um comentário de que alguém deprimiu com a cirurgia bariátrica quando a depressão já estava na entrevista pré-operatória.

O paciente deve saber que cirurgia para perda de peso não trata pânico, depressão ou transtorno bipolar. Esses transtornos devem receber tratamento paralelo à cirurgia.

Qualquer psicólogo que já tenha atuado no campo das cirurgias e, em especial, na cirurgia bariátrica, recebe pacientes que chegam como quem busca retirar um mal. Ou como quem quer reformar uma roupa que não lhe cai bem.

O paciente muitas vezes quer sair da sessão sem aquele defeito, ou mazela. Ele quer fugir de questões maiores ou reflexões sobre causas ou efeitos das reformas realizadas.

Este tipo de paciente exige do psicólogo um trabalho bem específico.

Ele inclui: o estudo da fisiologia, da psicopatologia, da genética, dos modelos relacionais de casal e familiares e também do trabalho em equipes multidisciplinares.

E é na avaliação feita pelo profissional que o paciente pode falar dos seus sentimentos. Suas angústias, expectativas e a buscar dentro de si a compreensão de sua doença.

Além de reduzir a angústia do indivíduo relacionada à cirurgia, esse processo aumenta a possibilidade de que o paciente vincule ao tratamento psicológico pós-operatório.

A avaliação psicológica tem também um caráter preventivo, pois pode indicar riscos nestes pacientes.

Por exemplo, ele não ter tendência a respeitar as orientações médicas com relação à algumas orientações. Como alimentação, atividades físicas e acompanhamento após a cirurgia.

Por isso a saúde mental e o tratamento da obesidade necessitam de um acompanhamento direto e minucioso.

O pós operatório e o tratamento psicológico

No pós-operatório ocorrem mudanças rápidas tanto relacionadas aos hábitos alimentares. Já as mudanças na própria imagem corporal exigem do paciente uma reflexão, emergindo as próprias questões emocionais.

Para emagrecer, efetivamente, é preciso preparação e reorganização da vida.

Eliminar a obesidade mórbida e permanecer não-obeso é uma condição que exige aptidão, habilidade e aceitação para lidar com a nova realidade corporal.

Após a intervenção cirúrgica é preciso uma nova corporeidade, mais consciente, mais responsável.

As pessoas poderão beneficiar-se da cirurgia, desde que, consigam desenvolver maior autonomia e responsabilidade pelo cuidado com a própria vida.

Elas devem compreender que tornar-se magro e com um corpo “aceito” pela sociedade não implica a solução final de todos seus problemas.

O tratamento psicológico irá contribuir durante todo o processo de emagrecimento. Antes e depois da cirurgia bariátrica é necessário que o paciente seja acompanhado por um psicólogo.

A saúde mental e o tratamento da obesidade devem ser analisadas em conjunto. Esse é um ponto crucial antes da realização de qualquer cirurgia ou recurso médico contra a obesidade.

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Cirurgia Bariátrica Obesidade

Obesidade Mórbida: descubra a importância do tratamento

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo humano. Quando ela se apresenta em indivíduos com o IMC maior ou igual a 40 kg/m², ela é chamada de obesidade mórbida.

Essa doença é a mais severa quando se trata de obesidade. Ela coloca em risco a saúde do indivíduo, podendo levar à morte. Por isso a importância de um tratamento efetivo.

A obesidade mórbida é uma grave doença, mas que possui controle! O tratamento requer esforço do próprio indivíduo juntamente com profissionais qualificados. É de extrema importância que haja o acompanhamento de médicos, nutricionistas e outros especialistas.

Preparamos esse texto para você entender um pouco mais sobre essa doença, suas principais causas, consequências e tratamentos. Confira:

Quais as causas da obesidade?

A obesidade pode se desenvolver em um indivíduo por uma série de fatores.

A ingestão de alimentos com alto teor de gordura e açúcar contribuem para a evolução da doença. O sedentarismo, ou seja, a falta de atividades físicas também ajudam o corpo a ficar parado. Não há o estímulo da queima da gordura, que se acumula.

Do mesmo modo, os fatores emocionais e distúrbios emocionais, como depressão e  ansiedade, podem contribuir para a compulsão alimentar do indivíduo. Quanto mais come, mais engorda.

Outro ponto que contribui para a obesidade é o fator genético. Quando os pais ou a família é obesa, maior a chance do indivíduo também apresentar essa doença.

Por fim, as alterações hormonais também podem desencadear a obesidade. Alterações nas funções da glândula tireóide, como o hipotireoidismo, a síndrome dos ovários policísticos e a síndrome de Cushing são algumas delas.

Quais as principais consequências da Obesidade Mórbida?

A obesidade pode desencadear diversas outras doenças graves. Entre elas, encontramos o Diabetes Mellitus, problemas cardíacos e nas articulações, apneia do sono, trombose, infertilidade e câncer.

Além dos problemas físicos, existe o risco do desenvolvimento de depressão e outros distúrbios psicológicos. Eles acabam encontrando dificuldades de fazer atividades do dia a dia que normalmente uma pessoa com boa saúde faria.

Os obesos mórbidos podem encontrar dificuldades em subir escadas, amarrar seus cadarços e sentar em uma cadeira, por exemplo. Além disso, possuem dificuldades em manter relações sexuais e afetivas.

Esse é um fator importante a ser considerado é que constantemente o obeso mórbido é discriminado. Eles encontram dificuldades em encontrar roupas do tamanho correto e utilizar o transporte público.

Ações do dia a dia,  que para a maioria seria fácil, causam fadiga e cansaço para o obeso mórbido. Isso pode desencadear problemas psicológicos, como a ansiedade.

Qual o melhor tratamento para a Obesidade Mórbida?

O tratamento da obesidade depende de vários fatores. O grau da doença e a presença ou não de comorbidades (de outras doenças associadas) são os principais pontos que devem ser observados pelos especialistas.

Normalmente, o tratamento da obesidade segue etapas. A primeira é a reeducação alimentar em conjunto com exercícios físicos. Depois, se necessário, utiliza-se medicamentos.

O tratamento cirúrgico é indicado para aqueles pacientes que possuem 40 kg/m², obesos mórbidos, e aqueles com IMC maior ou igual a 35 kg/m² e alguma comorbidade grave.

A cirurgia bariátrica só é realizada quando é extremamente necessária e quando o paciente já tentou todos os outros tratamentos.  

Existem 3 técnicas para cirurgia bariátrica: Restritivas, Disabsortivas e Técnicas mistas.

Restritivas

As técnicas restritivas/hormonais reduzem a quantidade de alimentos no estômago e proporcionam a sensação de saciedade no paciente.

Aquelas que são apenas restritivas não alteram a fome do paciente: balão intragástrico e banda gástrica ajustável.

As que são restritivas e metabólicas induzem à saciedade precoce reduzindo, também, o grau de fome. A gastrectomia vertical, conhecida como Sleeve, é uma dessas.

Disabsortivas

Já as técnicas disabsortivas alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos, dificultando a absorção pelo intestino delgado.

Essas cirurgias causam um grande desvio intestinal. Isso faz com que haja redução do tempo do alimento no trânsito pelo intestino delgado e a capacidade de absorção do mesmo. A diminuição de absorção acaba induzindo ao emagrecimento.

Neste tipo de cirurgia o paciente deve estar ciente da necessidade e da importância do controle dos micronutrientes (vitaminas).

Técnicas puramente disabsortivas são pouco utilizadas devido às complicações inerentes dos procedimentos.

Mistas

Por fim, temos as técnicas mistas, que reduzem a ingestão de alimentos pela redução do estômago e a causam disabsorção com o desvio de trânsito intestinal.

A principal técnica mista é o by-pass gástrico em Yde Roux, utilizado em 75% das cirurgias realizadas no Brasil. Também é considerada uma cirurgia metabólica.

Você pode saber mais sobre essas técnicas de cirurgia baixando o nosso ebook.

A cirurgia bariátrica é o principal tratamento para a obesidade mórbida. É necessário ficar atento ao seu IMC para não chegar a um nível de gordura que atrapalhe a sua saúde. Você pode medir o seu IMC em nossa calculadora!

Faça sempre exames periódicos e, se já estiver com sobrepeso, procure um médico. A obesidade é uma doença grave e deve-se ficar atento as doenças a ela relacionadas.


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Os riscos do câncer associado à obesidade

Os riscos do câncer associado à obesidade são bem conhecidos. Diversos estudos mostram que o excesso de peso está relacionado ao desenvolvimento de pelo menos 14 tipos de câncer.

Um desses estudos foi publicado em 2018. Ele foi realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Harvard e com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).

Essa pesquisa estima que, em 2025, o Brasil terá 29 mil casos de câncer associados à obesidade, o que corresponderá à aproximadamente 5% do total dos casos da doença no país. Em 2012, esse número foi de 15 mil casos.

A questão que essa pesquisa traz à tona é de que 29 mil casos de câncer podem ser evitados com a diminuição da obesidade no Brasil.  

Atualmente, o tabaco é a principal causa de mortalidade por câncer evitável. Mas a obesidade está quase alcançando o primeiro lugar.

A relação entre o IMC e o Câncer

Não só pessoas que possuem obesidade correm maior risco de sofrer com o câncer. Indivíduos com sobrepeso também podem sofrer com esse mal.

Para classificar alguém com sobrepeso ou obesidade, utilizamos o Índice de Massa Corporal (IMC). É um cálculo simples: o peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²).

Se a pessoa tiver um  IMC acima de 25 kg/m² e inferior a 30 kg/m² ele terá sobrepeso. Já os graus de obesidade serão estabelecidos a partir das regras abaixo:

  • IMC à partir de 30 e inferior a  35 kg/m²: Obesidade grau I;
  • IMC à partir de 35 e inferior a  40 kg/m²: Obesidade grau II;
  • IMC à partir de 40: Obesidade grau III

Pesquisas mostram que o sobrepeso aumenta muito os riscos e a mortalidade por câncer. Se o IMC for maior que 40, os riscos de desenvolver a doença podem aumentar mais de 50% em relação às pessoas com IMC normal.

Esses dados foram divulgados por uma  pesquisa realizada em 2003, publicada na revista médica The New England Journal of Medicine.  

Ela revelou que, quando comparamos um homem com um IMC normal com homens com IMC maior que 40, o risco de morrer de câncer é 52% mais alto. Nas mulheres, nessa mesma comparação, o aumento do risco foi de 62%.

Pessoas com obesidade grau III tiveram mais mortes relacionadas aos cânceres de  esôfago, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim, mieloma múltiplo e linfoma não Hodgkin.

Os fatores que relacionam o câncer à obesidade

Mas por que a obesidade pode ocasionar diversos tipos de neoplasia, o termo médico utilizado para o câncer?

As células que armazenam a gordura em nosso corpo são as chamadas adipócitos. Além de armazenar a gordura, elas fabricam algumas substâncias e hormônios que contribuem para o funcionamento do organismo.

Quando essas células estão entupidas de gordura, elas aumentam a produção de certas proteínas e hormônios. Em excesso na corrente sanguínea, esses elementos ocasionam a multiplicação das células tumorais.

Sem esse estímulo é muito provável que essas essas células maléficas fossem eliminadas pelo corpo naturalmente. Assim, a o excesso de gordura no corpo acaba incentivando o câncer e acelerando a sua proliferação.

Outro ponto importante das consequências da obesidade é o Diabetes tipo 2.  

Quando uma pessoa possui esse tipo de diabetes, acaba tendo mais radicais livres no organismo. Eles atacam os DNA e criam as mutações cancerígenas.

Os tipos de câncer associados à obesidade

Segundo a pesquisa realizada pela USP, existem 14 câncer associados à obesidade. São elas:

  • O câncer de mama na pós-menopausa;
  • O câncer de cólon;
  • O câncer reto;
  • O câncer o câncer de útero;
  • O câncer da vesícula biliar;
  • O câncer do rim;
  • O câncer de  fígado;
  • O câncer de ovário;
  • O câncer de próstata,
  • O câncer mieloma múltiplo (células plasmáticas da medula óssea);
  • O câncer de esôfago;
  • O câncer de pâncreas;
  • O câncer de estômago;
  • O câncer de tireoide.

A pesquisa mostra que os câncer de mama, útero e cólon são as que mais se relacionam com a obesidade nas mulheres. Nos homens, são o câncer de cólon, próstata e fígado.

No caso das mulheres, após a menopausa, os ovários diminuem a produção de estrogênio. Já as célula adiposa com gordura em excesso geram quantidades grandes de hormônios femininos. O excesso acaba se dirigindo para útero e as mamas e causando câncer.

Nos homens, a obesidade diminui a produção de testosterona e contribui para o surgimento do câncer de próstata.

Os câncer de cólon e reto são diretamente relacionadas ao aumento da produção de insulina pelo corpo. O aumento da pressão arterial pode contribuir com o câncer nos rins.

O tratamento da obesidade é essencial para se prevenir e tratar de outros problemas de saúde causadas pela doença. Agora que você já conhece os riscos do câncer associado à obesidade é hora de procurar um médico!

O câncer é uma doença séria que, se diagnosticada cedo, pode ter tratamento e cura. Não deixe a sua saúde de lado! Marque um especialista já e comece a melhorar os seus hábitos.

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alimentação Cirurgia Bariátrica

Alimentação após cirurgia bariátrica: saiba quais alimentos consumir

Ter uma alimentação saudável é necessário para qualquer pessoa viver bem. Porém, quando o assunto é a cirurgia bariátrica, uma dieta sadia é questão vital.

As orientações da dieta no pós-operatório da cirurgia bariátrica devem ser feita por profissional capacitado que possa elaborar dieta personalizada.

Cada paciente possui certas especificidades em relação às condições de saúde, tipo de cirurgia, velocidade de perda de peso e hábitos alimentares. Assim, pode ser necessário a inclusão ou exclusão de determinados alimentos.

Mas, no geral, a alimentação após a cirurgia bariátrica segue um padrão. Abaixo você pode conferir como é cada dieta:

Primeira fase: A Dieta Líquida

A alimentação após a cirurgia bariátrica tem como finalidade, além de nutrir, dar “repouso” para o estômago e auxiliar o corpo a se adaptar à nova anatomia. Dessa forma é prescrita a dieta líquida restrita (ou dieta líquida clara).

Esta é uma dieta sem resíduos que favorece o esvaziamento gástrico e não é fermentada pelas bactérias intestinais, evitando a formação de gases e distensão abdominal. A dieta sem resíduo também previne problemas como lesão ou obstrução intestinal.

Assim, são oferecidas refeições com, em média, 20 a 30ml que devem ser consumidas lentamente. Neste primeiro momento podem ser oferecidos líquidos claros como:

  • Chás (cores claras)

  • Água de coco

  • Sucos naturais não ácidos, como melão, melancia e maçã

  • Caldo natural de carne, frango, peixe com legumes

  • Água durante todo o dia, em pequenas porções

Segunda fase: Dieta Cremosa ou líquido-pastosa

Conforme a adaptação à dieta líquida, haverá a evolução para dieta cremosa. Que é composta basicamente de:

  • Vitaminas ralas (batidas e coadas)

  • Leite desnatado

  • Caldo de leguminosas, como feijão e lentilha, desde que seja feito o remolho corretamente

  • Mingau ralo

  • Sopas ralas batidas e coadas

  • Iogurte natural desnatado, que pode ser batido com frutas e depois passado pela peneira

Calcula-se que ao final desta etapa o consumo será de aproximadamente 2 litros de alimento, divididos em 15 refeições durante o dia.

Terceira fase: Dieta Pastosa

Nessa fase são indicados leguminosas, como feijão, lentilha e grão de bico, consumidos como purês batidos e coados, retirando toda a casca.

Vegetais cozidos, amassados ou em purê (como purê de batata, abóbora, batata-doce, couve flor), não devem conter casca, semente ou fiapos. Além disso, estão presentes:

  • Sopas de vegetais, carne ou frango batidas

  • Temperos naturais

  • Iogurte desnatado – natural ou com sabores

Quarta Fase: Dieta Branda

Esta dieta é uma forma de transição para a dieta regular. Neste momento, além dos alimentos presentes na dieta líquida e na dieta pastosa, é possível consumir:

  • Carnes, peixes e frangos – cozidos , moídos ou desfiados.
  • Legumes –cozidos, ou no vapor, que estejam com uma textura purê
  • Ovos cozidos ou mexidos
  • Frutas macias, sem casca e sem semente

Alimentos que devem ser evitados

Alguns alimentos devem ser evitados por prejudicar a recuperação do paciente e por fazerem mal à saúde. São eles:

  • Alimentos ricos em açúcar, como doces, achocolatados, bolachas, bolos e sorvete

  • Temperos prontos e molhos industrializados

  • Bebidas gaseificadas, como refrigerante e água com gás

  • Bebida alcoólica

  • Sucos industrializados que contenham açúcar

  • Chá mate / preto, café, bebidas à base de cola ou xarope de guaraná

  • Pimentas (pó, grão, secas ou in natura) e hortelã

  • Oleaginosas como nozes, castanhas, amêndoas e amendoim (in natura, cremes ou pastas)

Dieta regular

A dieta regular também é conhecida como dieta geral ou dieta normal. Em teoria o paciente está “liberado” para manter uma alimentação após a cirurgia bariátrica sem muitas restrições.

Por esse motivo é tão importante que os hábitos e os comportamentos alimentares tenham sido trabalhados e acompanhados por nutricionista. Que garantirá uma escolha alimentar mais equilibrada e hábitos mais saudáveis.

A dieta regular deve manter a boa alimentação das outras dietas. Assim, irá auxiliar na manutenção do peso após a cirurgia bariátrica e evitar carências nutricionais e possível ganho de peso.

Durante todas as fases da alimentação após a cirurgia bariátrica é necessário priorizar alimentos protéicos para prevenir perda de massa magra. Em alguns casos, é comum a utilização de suplementos proteicos.

É indicado evitar o excesso de fibras, pois retardam o esvaziamento gástrico e podem diminuir a absorção de nutrientes da dieta.

É necessário, também, evitar consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura para evitar Síndrome de Dumping e reganho de peso.

Lembrando que a melhor forma de seguir uma dieta ou um cardápio para cirurgia bariátrica é procurar o nutricionista especializado no assunto! As necessidades calóricas e nutricionais devem ser são tratadas de forma individualizada.

Quer saber mais informações sobre a cirurgia bariátrica? Tire suas dúvidas baixando o nosso ebook: As 20 principais dúvidas sobre Cirurgia Bariátrica.

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Cirurgia Bariátrica

Quais profissionais são essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica é um tipo de procedimento médico que necessita ser acompanhado por uma equipe multiprofissional de saúde. Cada profissional irá contribuir de alguma forma para a preparação e recuperação do paciente.

São muitos os especialistas que devem acompanhar o paciente desde o momento que ele é encaminhado para a bariátrica até anos após a intenção cirúrgica.

Eles poderão orientar o paciente quanto a cirurgia e sobre as mudanças que estão por vir. Também são os responsáveis por auxiliar no emagrecimento e na manutenção da saúde física e psicológica.

Mas quais são os profissionais essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica?  Fizemos uma lista com todos eles! Confira:

Médico Endocrinologista

O endocrinologista é o médico especializado no tratamento das disfunções hormonais.

A obesidade muitas vezes está associada a alterações desses hormônios. Assim, o endocrinologista tem um papel importante, principalmente no pré-operatório da cirurgia bariátrica.

É ele que, muitas vezes, irá indicar a cirurgia ao paciente, baseado em seu histórico médico. Para uma pessoa ser encaminha à cirurgia bariátrica deve possuir um IMC maior do que 30 em casos de diabetes não controlada ou IMC acima de 35 com comorbidades ou, ainda, IMC acima de 40. Além de ter tentado tratamento clínico por um período mínimo de 2 anos.

No pós-operatório, o endocrinologista continuará acompanhando o paciente  fiscalizando a manutenção do peso.

Médicos especializados em cardiologia e pneumologia

O cardiologista e o pneumologista são dois essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica

Eles serão responsáveis, cada um em sua especialidade, de encaminhar o paciente para exames e fornecer um relatório completo atestando a indicação para a cirurgia. E fornecendo os riscos cirúrgicos.

Vale lembrar que muitos pacientes obesos são, também, hipertensos. E as vezes, o cardiologista é o primeiro a indicar a cirurgia bariátrica para controle da hipertensão arterial.

Além disso, pela própria obesidade, podem apresentar restrição pulmonar. Sendo fundamental o acompanhamento/avaliação do pneumologista.

Nutricionista ou nutrólogo

O nutricionista ou o nutrólogo são os responsáveis pela nutrição do paciente e se complementam.

O nutrólogo é o profissional que se formou em medicina e se especializou na área de nutrição. Ele busca identificar nos pacientes as principais deficiências nutricionais e diagnósticos de doenças associadas a elas, podendo receitar remédios.

Já o nutricionista é graduado em nutrição e possui o conhecimento maior nas propriedades nutricionais dos alimentos, sendo o profissional ideal para prescrever cardápios.

Assim, pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica muitas vezes acabam visitando esses dois profissionais.

Em conjunto, eles irão auxiliar nas dietas (líquida, pastosa, branda e geral), descobrir quais são as restrições de nutrientes do paciente e quais as polivitaminas e outros remédios eles poderão ingerir.

Psiquiatra ou psicólogo

O psicólogo e o psiquiatra também se complementam e são profissionais essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica.

O psiquiatra é formado em medicina e possui especialização em psiquiatria. Ele ajuda o paciente através do diagnóstico de possíveis problemas psicológicos, podendo intervir através de remédios e conversas.

Já o psicólogo é formado em psicologia e é especializado em entender o comportamento das pessoas, auxiliando- as a entender elas mesmas no contexto da sociedade.

Esses dois profissionais são importantes antes e depois da cirurgia bariátrica. Juntos, irão preparar e ajudar os pacientes a superar as fortes mudanças ocasionadas pela cirurgia.

Também poderão ajudar nos impulsos alimentares, se surgirem.

Cirurgião Bariátrico

O cirurgião bariátrico é o responsável por realizar a intervenção cirúrgica. Ele deve acompanhar o paciente antes e depois do procedimento.

É cirurgião geral e/ou do aparelho digestivo com título de especialista em Cirurgia Bariátrica.

Além do médico cirurgião, ele contará com a ajuda de mais dois cirurgiões auxiliares, o médico anestesiologista, enfermeiros e técnicos de enfermagem e instrumentador cirúrgico.

Outros profissionais

Existem ainda outros profissionais que podem auxiliar na recuperação após a cirurgia bariátrica.

Um desses profissionais é o fisioterapeuta. Ele atuará muito no pós operatório, auxiliando na respiração do paciente, que poderá se alterar com a cirurgia.

O fonoaudiólogo também poderá ter grande contribuição no pós operatório do paciente. Com a mudança alimentar após a cirurgia, o paciente pode ter vômitos, refluxos e engasgos com as refeições. Esse profissional irá ajudar o paciente a se adaptar a essas mudanças.

Já o educador físico é importante pois auxiliará o paciente na realização de exercícios físicos para a manutenção do emagrecimento.

Após a cirurgia, se for necessário realizar uma cirurgia reparadora, o cirurgião plástico também poderá contribuir para o bem estar do paciente.

Bons profissionais são essenciais para o sucesso da cirurgia bariátrica! Uma equipe multidisciplinar formada de bons especialistas garantem o sucesso do procedimento!

O diálogo entre os médicos e demais profissionais é essencial para que os pacientes tenham confiança na equipe que realiza a cirurgia.

Possui mais dúvidas sobre a cirurgia bariátrica? Então não deixe de baixar os nossos conteúdos!

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Cirurgia Bariátrica

Gravidez após cirurgia bariátrica: quais as recomendações?

Muitas mulheres que realizam a cirurgia bariátrica necessitam emagrecer para engravidar. O excesso de peso pode ocasionar problemas hormonais e quadros de infertilidade.

Pesquisas mostram que, quando falamos de pacientes que se submetem a cirurgia bariátrica, a maioria são mulheres e 80% delas estão na idade fértil.

Assim, existem muitas dúvidas em relação aos cuidados da gravidez após a cirurgia bariátrica. Nesta postagem vamos esclarecer essas questões!

A Cirurgia Bariátrica como solução

A obesidade traz diversos problemas para a nossa saúde. Doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e até mesmo o câncer são algumas dessas doenças associadas ao excesso de gordura.

Nas mulheres, a obesidade pode desencadear a dificuldade para engravidar ou até mesmo a propensão a abortos e o nascimento de bebês prematuros.

Doenças como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e a hipertensão arterial ocasionada pela gestação também são comuns. Por isso é importante que a mulher perca o excesso de peso antes de engravidar.

Saiba mais sobre o imc!

Quando o IMC da mulher for maior que 35, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção. Os médicos avaliam diversos fatores para indicarem a cirurgia.

Na maioria das vezes ela é eficaz para aqueles que tentam há anos perder peso através de atividades física, dietas e medicamentos.

Normalmente, o paciente que submeteu a cirurgia perde 10% do seu peso no primeiro mês, mais 6% no segundo e no terceiro totaliza 20% de redução de peso. A perda dos outros 20% acontece até o final do segundo ano.

Cada organismo poderá se comportar de uma forma diferente, sendo que alguns podem perder mais ou menos de 40% do peso.

Dessa forma, a gravidez após a cirurgia bariátrica pode ser uma opção para aquelas mulheres que desejam engravidar com qualidade de vida para elas mesmas e para o bebê.

Gravidez após a cirurgia bariátrica

Existem diversos cuidados que as mulheres que se submeteram a cirurgia bariátrica devem ter para engravidar após o procedimento.

Segundo especialistas, após a cirurgia o ideal é que a mulher espere de 18 a 24 meses para engravidar. Isso acontece pois o corpo tem que se adaptar a perda de peso e estabilizar os nutrientes e eletrólitos no organismo.

O emagrecimento progressivo provavelmente irá melhorar a fertilidade das mulheres e, por isso, o anticoncepcional pode ser um aliado.

Mas muitas vezes o anticoncepcional oral não é indicado. As cirurgias bariátricas Mistas e Disabsortivas diminuem a absorção intestinal. Assim, a pílula não fará efeito.  

Assim, são indicados anticoncepcionais injetáveis e outros métodos contraceptivos, como uso de camisinha ou implante de DIU, entre outros.

Suplementação é fundamental

Antes e durante a gravidez a suplementação é fundamental para a paciente.

O acompanhamento da ginecologista e outros profissionais da saúde é necessário para que a gravidez ocorra de forma tranquila.

As polivitaminas são suplementos que devem começar a ser utilizados no pós-operatório e provavelmente mantidos pelo resto da vida.

A recomendação da Associação Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica é a de que o polivitamínico deve possuir: Zinco, Ácido fólico, Biotina, Vitamina K, Selênio, Ferro e Cobre.

Além disso, para as mulheres grávidas, é essencial a Vitamina B12, o Ferro, o Cálcio e a Vitamina D.

A suplementação vai variar de acordo com cada caso e somente os profissionais de saúde –  ginecologistas, nutricionistas e nutrólogos ou o próprio cirurgião bariátrico poderão prescrever qual será administrado e a dosagem.

Também é necessário uma dieta diferenciada e balanceada que deve ser prescrita pelo nutricionista.

O ganho de peso na gravidez é normalmente de 8 a 12 quilos, o mesmo que de uma grávida que não passou pela cirurgia bariátrica.

O Pós-parto e a amamentação

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), as crianças que nascem de uma Gravidez após cirurgia bariátrica tem em média 2,950 kg e altura de 48 cm.

Normalmente, um bebê saudável possui entre 2,7 a 3,5 kg.

A amamentação é recomendada e deve ser realizada. A suplementação deve continuar de acordo com a orientação dos profissionais de saúde para que o bebê possa obter os nutrientes necessários.

A gravidez após a cirurgia bariátrica não é um risco. Mas é necessário o acompanhamento de uma equipe de profissionais para que ela ocorra de forma satisfatória.

As grávidas devem seguir à risca as orientações de ginecologistas, nutricionistas e outros especialistas para que os bebês nasçam saudáveis e elas possam continuar com qualidade de vida.

Tem mais dúvidas em relação a cirurgia bariátrica?

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