O peso é um dos fatores que indicam se a sua saúde está em dia ou não. Existem diversas maneiras de saber se você está no peso certo. Um dos índices mais conhecidos é o IMC – Índice de Massa Corporal, que calcula a relação do peso com a altura ao quadrado. Através desse cálculo, é possível saber se você precisa emagrecer, engordar ou está no peso correto.
O que a maioria das pessoas não sabe é que a alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos são apenas dois dos motivos que podem fazer uma pessoa engordar.
Você sabe o que faz uma pessoa engordar?
Nesse texto você vai saber as principais informações sobre o ganho de peso e entender como esses fatores podem levar ao sobrepeso ou até mesmo à obesidade.
Veja os principais tópicos abordados:
O que faz engordar?
Fatores que determinam o nosso peso
Pronto para conhecer mais sobre os fatores que levam uma pessoa a engordar?
O que faz engordar?
Definitivamente essa é uma das questões mais debatidas pelas pessoas. A preocupação com o peso também é um assunto relacionado à saúde. Contudo, ela está muito associada à estética.
Existem diversos motivos que levam uma pessoa a engordar. Os principais são: a alimentação, o sedentarismo, doenças que favorecem o ganho de peso, uso de medicamentos, genética e idade.
Entenda melhor cada um deles:
1 – Alimentação
É de conhecimento geral que uma alimentação desequilibrada pode fazer uma pessoa engordar. Mas, o que é uma alimentação desequilibrada?
Já ouviu falar que o nosso corpo é uma máquina? A máquina precisa de combustível para funcionar corretamente. Do mesmo modo que os automóveis, os alimentos são os combustíveis que colocam a nossa máquina – corpo – para funcionar.
Assim como existem diferentes tipos de combustíveis, existem diferentes tipos de alimentos. O nosso corpo necessita de uma quantidade suficiente de todos os tipos para engordar ou emagrecer da forma correta.
Existem duas grandes classificações de acordo com a composição de nutrientes dos alimentos: os macronutrientes e os micronutrientes.
Os nutrientes são substâncias encontradas nos alimentos e possuem funções específicas para o nosso organismo.
Todos os nutrientes são necessários para o organismo, mas os macronutrientes devem ser consumidos em quantidades maiores, diariamente.
Os micronutrientes são encontrados em menor quantidade nos alimentos e a falta deles pode fazer com que o organismo fique desnutrido, deixando-o mais suscetível a doenças.

Uma alimentação saudável se baseia no equilíbrio entre estes dois grupos com base nas suas necessidades nutricionais.
Essas necessidades mudam de pessoa para pessoa. É preciso conhecer as suas necessidades (e se você possui tendência para engordar ou emagrecer) para estabelecer uma dieta adequada e equilibrada.
Mas é preciso se atentar: é necessário o acompanhamento de um profissional especializado!
Por meio da digestão, o corpo retira a energia dos alimentos. A quantidade de energia destes alimentos é o que chamamos de caloria. Os diferentes tipos de macronutrientes têm valores calóricos diferentes, o que se reflete na capacidade de engordar.
2 – Sedentarismo
As calorias obtidas através da alimentação tem de ser “queimadas” através da prática de atividades e exercícios físicos. Tudo conta: subir e descer escadas, transportar objetos ou praticar algum exercício físico, como natação, musculação, por exemplo.
No entanto, o que acontece é que, cada vez mais, as pessoas tendem a praticar menos atividades físicas e se movimentar menos, devido às facilidades e confortos da vida moderna.
Computadores, celulares, controles remotos e afins facilitam a nossa rotina, mas também aumentam o sedentarismo.
Além de ajudar a engordar, o sedentarismo é um fator de risco para o aparecimento e ampliação de diversas doenças, como:
- pressão alta;
- doenças cardiovasculares;

A OMS – Organização Mundial da Saúde – recomenda a prática de atividades físicas para a redução de doenças. De acordo com a OMS, diferentes faixas de idade possuem níveis recomendáveis diferentes:
- Crianças de 5 a 17 anos: pelo menos 60 minutos de atividade física diária, de moderada a vigorosa;
- Adultos com idade entre 18 a 64 anos: no mínimo 150 minutos de atividades físicas aeróbicas moderadas por semana ou 75 minutos de atividades físicas aeróbicas semanais intensas;
- Idosos (maiores de 64 anos): pelo menos 150 minutos de atividades físicas aeróbicas moderadas durante a semana ou 75 minutos de atividades físicas aeróbicas de alta intensidade por semana.
Para garantir ainda mais benefícios à saúde dos idosos, são recomendados 300 minutos de atividades aeróbicas moderadas ou 150 minutos de atividades aeróbicas de alta intensidade, ambos de frequência semanal.
3 – Doenças que aumentem a tendência de engordar
Mesmo quando seguem uma dieta nutricional elaborada por um profissional especializado e realizam atividades físicas sob a orientação de um preparador físico, algumas pessoas não conseguem deixar de engordar.
Nesse caso, o mais indicado é procurar um médico para verificar se possui alguma doença que aumente as chances de engordar.
Uma das principais é o hipotireoidismo, doença causada pela baixa produção de hormônios pela tireoide. Ela é responsável por secretar hormônios que regulam o metabolismo, chamados T3 e T4.
Quando há uma baixa secreção desses hormônios, o hipotireoidismo, o metabolismo tende a ficar mais lento, podendo fazer a pessoa engordar e até levar à obesidade.
Outra doença que pode fazer engordar é a presença da síndrome de ovários policísticos em mulheres. Assim como o hipotireoidismo, essa síndrome desregula a produção de hormônios.
No caso da síndrome dos ovários policísticos, os hormônios afetados são alguns dos responsáveis pelo funcionamento da insulina no corpo humano (LH, FSH, estrógeno, progesterona e testosterona).
A insulina é um dos responsáveis pela sensação de fome e pelo armazenamento de energia nas células de gordura, principalmente na região abdominal.
Com essa disfunção na produção da insulina, a mulher enfrenta maior facilidade em engordar, além de apresentar sintomas de irregularidade menstrual e aumento de pelos no corpo.
Outras doenças que também causam obesidade são a Síndrome de Cushing, Depressão, além de algumas doenças genéticas.

4 – Uso de medicamentos
Existem medicamentos que fazem com que a pessoa tenha mais facilidade em engordar. A maioria desses medicamentos tem esse efeito por conta do aumento do apetite, do cansaço e a maior retenção de líquidos.
Confira abaixo alguns desses remédios:
Antialérgicos: existem alguns antialérgicos que levam ao aumento do apetite, fazendo com que a pessoa tenha mais facilidade em engordar. O motivo disso é que esse tipo de medicação reduz o efeito da histamina, substância responsável por diminuir o apetite.
Antipsicóticos: esses medicamentos são os maiores vilões. No entanto, não são todos os medicamentos que podem fazer a pessoa engordar. Um exemplo é a Olanpazina.
O efeito é resultado do aumento da proteína cerebral, responsável por regular a sensação de fome.
Antidepressivos tricíclicos: são usados para tratar depressão e enxaqueca e possuem uma ação de redução da histamina.
5 – Genética
Mais uma pra conta dos pais: a tendência de engordar também sofre influência dos genes passados de geração para geração. A tendência de filhos de pais obesos também sofrerem com a obesidade é maior do que quem possui pais com peso normal.
A chance aumenta quando ambos os pais são obesos. Nesse caso a chance de adquirir obesidade é de cerca de 80%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Já quando apenas um dos pais é obeso, a chance de adquirir obesidade é de 50%. Entretanto, a genética não influencia somente nos casos onde a pessoa tem a tendência a engordar: quem tem o biotipo mais magro pode ter herdado dos pais.
Nesse caso, é preciso tentar driblar a genética para conseguir emagrecer ou engordar. A recomendação é consultar um profissional de saúde especializado, que poderá recomendar uma dieta de acordo com as suas necessidades energéticas, a prática de atividades físicas e a mudança de hábitos.
6 – Idade
A idade também influencia na tendência de engordar ou emagrecer. O processo de envelhecimento gera mudanças que provocam variações no nosso corpo.
Por exemplo: os idosos acabam passando por mudanças no peso, por conta da redução da massa magra.
Já os bebês possuem o cálculo do peso diferenciado, de acordo com o ritmo de crescimento da criança.
Os pediatras utilizam as curvas de crescimento, que são medidas por uma tabela internacional criada e atualizada pela OMS.
Elas possibilitam monitorar o estado nutricional dessa faixa etária (a curva é utilizada para crianças e adolescentes de 0 a 19 anos) e verificar se precisam engordar ou emagrecer.