O número de crianças e adolescentes obesos aumentou 10 vezes nos últimos quarenta anos. Esse dado alarmante foram divulgados em 2017 pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo mostra que em 1975,  1% de meninos e meninas entre 5 e 19 anos eram obesos. Em 2017, a porcentagem foi de 6% de meninas e 8% de meninos.

Outra pesquisa retratando o cenário nacional, de 2014, revela que 15% das crianças entre 5 a 9 anos e 25% dos adolescentes estão obesos ou com sobrepeso.

Esses números mostram que a obesidade na adolescência é recorrente no mundo todo, e não é diferente no Brasil. O número de crianças e jovens obesos só crescem, por diversos fatores.

Por que os adolescentes sofrem com a obesidade?

A obesidade na adolescência possui diversas causas. Mas, na maioria das vezes, ela se desenvolve por uma multiplicidade de fatores que se conectam.

O primeiro fator que mais afeta é o genético. Segundo pesquisas, filhos de pais que não são obesos tem 9% de desenvolverem a doença. Se um dos pais for obeso, esse número sobe para 40%.

Agora, se ambos os pais apresentarem  o quadro, existe 80% de chance do filho também ser obeso.

Isso nos leva para o segundo fator: o metabolismo. Cada organismo se desenvolve de uma maneira e pode ter, ou não, a tendência de ganhar ou perder peso.

O terceiro fator é o ambiental. A má alimentação e a falta de exercícios físicos contribuem para o acúmulo de gordura no corpo!

Doenças é o último fator que deve ser levado em conta. Problemas endocrinológicos e genéticos podem desencadear a obesidade.

Quais são os perigos da obesidade na adolescência?

A obesidade na adolescência pode trazer graves problemas físicos e emocionais.

Pessoas obesas podem adquirir hipertensão arterial, diabetes (principalmente a tipo 2), alterações no colesterol, doenças hepáticas e biliares, problemas ortopédicos e câncer.

A obesidade acarreta para crianças e adolescentes problemas psicológicos. Baixa autoestima, ansiedade, depressão e transtornos alimentares, como a compulsão.

Eles acabam sofrendo bullying frequentemente, piorando esses quadros psicológicos. O preconceito afeta a autoestima e a formação emocional do jovem, que ainda está se fortalecendo.

As humilhações e constrangimentos podem contribuir para o isolamento social e quadros graves de depressão e pânico.

Quais são os tratamentos disponíveis?

A obesidade deve ser tratada ainda na infância. Pesquisas mostram que 70% de doenças como diabetes e hipertensão podem ser evitadas com o tratamento contra a obesidade nos primeiros 20 anos de vida.

Isso acontece pois as crianças têm o benefício  de crescer e corrigir a proporção de peso e altura. Por isso é importante mudar os hábitos alimentares e de saúde desde pequeno.

Colocar a criança e o adolescente para fazer atividades físicas é fundamental. Esportes coletivos e caminhadas são essenciais para a perda de peso.

A reeducação alimentar também é obrigatória para diminuir a obesidade na adolescência. A dieta deve ser modificada, aumentando o consumo de frutas e legumes, deixando de lado doces e gorduras.

Além disso, os adolescentes devem comer em horários corretos e ter bons hábitos. Deixar as crianças longe da televisão e do computador são ações necessárias.

A obesidade pode ser um grave problema para os jovens. Mas é mais fácil controlá-la na juventude do que quando adulto.

O apoio dos pais é fundamental para o controle da doença. O exemplo e o incentivo deve começar de casa.

Sendo assim, vemos a importância de discutir sobre a obesidade na adolescência! Crianças e adolescentes eutróficos são adultos saudáveis no futuro.