Mitos e Verdades

Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.

MITO.
Isso só acontece quando o paciente não segue as orientações dos médicos de mudanças de hábitos para saudáveis. Mesmo após a cirurgia, é preciso controlar a dieta com alimentos menos calóricos e mais nutritivos, além da realização de atividades físicas regulares.

Existem vários métodos para realizar a cirurgia.

VERDADE.
As cirurgias podem ser divididas em dois tipos: o primeiro, onde há uma redução do tamanho do estômago, com técnicas denominadas: banda vertical ajustável; gastroplastia vertical;gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux. Esta última, chamada Capella ou Fobi-Capella, é a mais utilizada e foi desenvolvida por cirurgiões. O segundo tipo de Cirurgia Bariátrica é a disabsortivaonde não há grande diminuição do estômago, que fica com 2/3 do seu tamanho. O que funciona aqui é o grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso.

Qualquer um pode fazer uma cirurgia bariátrica.

MITO.
A redução do estômago é indicada apenas para pacientes a partir de 16 anos, que têm o índice de massa corpórea, IMC, acima de 40 com ou sem doenças associadas, como diabetes, hipertensão, e entre 35 e 40 com doenças associadas.

Não existe contraindicação.

MITO.
A cirurgia não pode ser realizada em pacientes portadores de doenças psiquiátricas que impeçam a adesão ao tratamento pós-cirúrgico, usuários de drogas e alcóolatras, pacientes que sofrem de compulsão alimentar e em quem tem doença cardíaca em estágio avançado.

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.

VERDADE.
A perda mais significativa ocorre nesse período; após, é preciso manter, com disciplina, as recomendações médicas para continuar perdendo peso e ganhando saúde.

A mulher pode engravidar no pós-operatório.

VERDADE.
Por isso é importante o uso de métodos contraceptivos nos primeiros meses após a cirurgia. A paciente é liberada para engravidar, sem riscos, após 15 meses de pós-operatório. Anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.

Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.

VERDADE.
Com exceção de pacientes submetidos a cirurgias abdominais prévias.

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.

MITO.
Mas sempre é indicado o acompanhamento psicólogo para deixar o paciente preparado antes e depois do procedimento.

Há tendência à anemia no pós-operatório.

VERDADE.
E a maior incidência está nas mulheres por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. A situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro ou suplementos vitamínicos.

Depois da operação, é comum a intolerância a leite.

MITO.
Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Muitos médicos incluem esses alimentos para suprir as necessidades do cálcio, principalmente nas mulheres.

VERDADE.
Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

A cirurgia causa problemas renais. 

MITO.
Não há nenhum estudo cientifico que comprove tal problema.

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório.

MITO.
Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório, porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos.

O paciente que sofre de gastrite pode ser operado.

VERDADE.
Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite.

Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva.

MITO.
Nem sempre é necessário. Cada caso deve ser avaliado individualmente por um especialista.

Dá para fazer plásticas e tirar o excesso de pele logo após a cirurgia bariátrica.

MITO.
O paciente deve esperar, em média, dois anos antes de realizar uma cirurgia plástica.O ideal é que o paciente perca todo o peso esperado e esteja bem para ser operado novamente.

Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto. 

VERDADE.
Algumas situações exigem. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório.

As unhas podem ficar quebradiças e o cabelo pode cair após a cirurgia.

VERDADE.
Isso pode acontecer nos primeiros meses, mas pode ser corrigido com suplementos vitamínicos.