A obesidade é doença crescente no Brasil e no mundo. Atualmente, cerca de 20% da população brasileira é considerada obesa. Isso significa que 1 em cada 5 brasileiros possuem o IMC maior do que 30.

É considerada um problema de saúde pública por favorecer o aparecimento de outras doenças, como diabetes e hipertensão arterial.

Sua etiologia é multifatorial, ou seja, resulta da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais.

Segundo a  Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) muitos já nascem com alterações no sistema neuroendócrino, que acaba interferindo no apetite e saciedade, além de interferir no estoque de energia do corpo.

Essas alterações associadas a uma rotina de maus hábitos do mundo moderno acaba ocasionando a obesidade.

Neste post você vai entender um pouco mais sobre quais são os graus de obesidade e como preveni-las. Alguns assuntos que iremos abordar são:

  • Quais os graus de obesidade.
  • Riscos de um IMC maior do que 30.
  • Quais hábitos modificar para diminuir o IMC.

Contudo, vale um parênteses desde já: a leitura deste post não substitui a consulta com um profissional da saúde especializado!

Preparado para aprender um pouco mais e tomar alguma atitude?

Quais são os graus da obesidade?

Para saber se uma pessoa é considerada obesa utiliza-se o cálculo do IMC. O Índice de Massa Corporal é um cálculo muito simples: o peso dividido pela altura elevada ao quadrado (kg/m²).

Abaixo você pode conferir uma tabela da classificação internacional da obesidade, de acordo com o IMC:

Como você pode perceber são considerado obesos aqueles que possuem o IMC maior do que 30. Há 3 níveis de obesidade: I, II e II. As pessoas que chegam a algum desses resultados devem procurar atendimento médico.

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O IMC pode ser utilizado como um rastreamento inicial. Sua combinação com a avaliação da circunferência abdominal pode trazer um resultado ainda mais completo.

Essa avaliação é importante pois o tamanho da barriga é consequência da gordura localizada entre os órgãos do abdômen, o que pode ser perigoso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres com medidas de circunferência abdominal maior ou igual a 80 cm possuem maior risco de doenças associadas à obesidade. Para homem, essa medida é de 94 cm.

Existem, ainda, outras formas de diagnosticar a obesidade.

Para isso, os profissionais da área de saúde poderá realizar a medição da gordura localizada nos depósitos debaixo da pele; indicarem exames que analisam a composição corporal (oferecendo a quantidade de músculos, ossos e gordura) e avaliar a espessura do tecido adiposo nas dobras de pele e outros tecidos mais profundos, como o abdômen.

Mas é importante lembrar que o IMC pode ser usado isoladamente para calcular o grau de obesidade, de acordo com as Diretrizes Brasileira de Obesidade.

Por isso é relevante saber quais os riscos de ter um IMC maior do que 30.

Quais são os riscos de um IMC maior do que 30?

Um IMC maior do que 30, ou seja, uma pessoa obesa tem diversos problemas pontuais de saúde como falta de ar, compulsão alimentar, cansaço, autoestima baixa e dores no corpo. Além disso, estão associadas outras doenças, como:

Ainda segundo a Abeso, 80 a 85% das pessoas que apresentam diabetes tipo 2 possuem sobrepeso ou obesidade.

Outro estudo realizado em Framingham, nos EUA, mostra que 23% dos casos de doenças cardiovasculares nos homens é causada pela obesidade. Nas mulheres, esse número é de 15%.

O que fazer?

Para tratamento das comorbidades, é fundamental a perda de peso. Com mudanças no estilo de vida, alimentação balanceada e atividade física regular.

Melhore sua Alimentação

Alimentação saudável requer disciplina e persistência.

Primeiramente, é importante reduzir alimentos com muita gordura, açúcar e sal.

O excesso de sódio no organismo pode aumentar a pressão arterial e a propensão à doenças cardiovasculares. Já o açúcar, encontrado em massas e carboidratos, pode ocasionar doenças como diabetes, problemas cardiovasculares e até mesmo câncer.

Inclua verduras, legumes e frutas na sua dieta diária. Evite alimentos industrializados com muitos aditivos químicos, conservantes e corantes.

Adicione também fibras na alimentação, como aveia, linhaça, chia, gergelim e amaranto. Elas podem ser consumidas juntamente com frutas, sucos e em saladas. São ótimas para eliminar toxinas, aumentar a saciedade e ajudar no funcionamento do intestino.

É importante também seguir uma rotina e evitar ficar muito tempo sem comer. Recomenda-se fazer pequenas refeições de três em três horas. Frutas secas e nutz – como nozes, amêndoas e castanhas – podem ser opções para a hora do lanche.

Para resultados concretos consulte sempre o nutricionista.

Faça mais exercícios

Exercícios físicos são essenciais para emagrecer de forma saudável e, atualmente, existem diversas formas de realizar essas atividades.

Comece com coisas simples. Faça uma caminhada, suba mais escadas e evite utilizar elevadores. Procure se movimentar mais e fazer atividades que peçam um gasto de energia.

A orientação de profissional de educação física e a liberação do médico é importante passo para início das atividades físicas regulares.

Beba água

Pode ser uma dica simples, mas aumentar o consumo diário de água pode contribuir para um organismo mais sadio e imunizado.

A água contribui na eliminação de toxinas, diminuição de pressão e no funcionamento do intestino, além de ajudar no funcionamento do metabolismo.

Durma bem

Sabia que dormir bem também contribuiu para reduzir a obesidade?

Pesquisas comprovaram que pessoas que dormem menos do que o recomendado, de 7 a 9 horas, possuem mais chances de sobrepeso e obesidade.

Um estudo divulgado pelo The American Journal of Clinical Nutrition, realizado com 1200 voluntários, mostrou que aquelas pessoas que dormiam menos de 7 horas eram, em média, 2 quilos mais pesadas em comparação as que dormiam o recomendado.

Mas não pense que dormir muito ajuda. O mesmo estudo mostrou que aqueles que dormiam acima de 9 horas também engordaram: 4 quilos a mais.

Vá ao médico regularmente

Se o seu grau de obesidade for o nível I, II ou III,  é necessário procurar um médico e fazer um check up completo. Seu médico poderá lhe ajudar a dar os primeiros passos para emagrecer e encaminhar para os especialistas.

Lembrando que obesidade é doença crônica e requer tratamento contínuo e persistente.

Em nosso ebook sobre obesidade você encontra os principais tipos de tratamento e qual é indicado para cada caso.

Os tipos de tratamento para obesidade incluem, além de mudança no estilo de vida, tratamento medicamentoso e até cirurgia bariátrica, quando o paciente não obtém êxito com o tratamento clínico por 2 anos, em diabéticos de difícil controle e nos casos de síndrome metabólica.